segunda-feira, 30 de junho de 2014

Copa do Mundo e eleições no mesmo trem

O trem político brasileiro roda em dois trilhos paralelos, à mesma velocidade, à mesma direção e ao mesmo sentido: A velocidade da Copa do Mundo, a direção das eleições presidenciais e parlamentares de outubro e o sentido da definição do poder no Brasil.

As competições da Copa do Mundo seguem para as quartas de final, com o Brasil vacilante, sem pinta de campeão, e o patriotismo acendrado dos torcedores. As eleições começam a se delinear na polarização entre o Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB) em coalizão com o Partido dos Trabalhadores (PT),  e o Partido da Social Democracia Brasileira(PSDB).Com pretensões de se tranformar em terceiro pólo, desponta o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Dando nomes aos competidores, o primeiro pólo tem a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer tentando a reeleição; o segundo pólo Aécio Neves, que desejava a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal ,Ellen Gracie, como vice na chapa, mas acabou ficando com o senador paulista Aloísio Nunes Ferreira;e  o terceiro pólo o governador de Pernembuco,Eduardo Campos, tendo como vice a ex-ministra Marina Silva.

Se as eleições presidenciais tomarem o rumo do segundo turno, Aécio e Eduardo Campos tendem a  compor uma aliança na qual o menos votado apoiará o mais votado contra Dilma.Esse cenário vai se tornando cada vez mais possível, considerando-se a crescente rejeição do eleitorado dos grandes centros à reeleição de Dilma, que encontra desafetos até mesmo dentro do PT, os quais a consideram pouco afinada com a linha ideológica petista. Soma-se a essa rejeição uma certa dose de osteoporose do PMDB, que vem afastando potenciais aliados, e que ainda vem sendo amenizada pela presença marcante do vice Michel Temer.

Se o Brasil perder a Copa, será difícil a reeleição de Dilma, embora se possa considerar que o evento transcorreu com grande êxito até aqui, para a imagem do Brasil, que gastou 32 bilhões de reais, e para a FIFA, que  vai faturar 22 bilhões de dólares, segundo estimativas não oficiais.

Até a final da Copa, no dia 13 de julho, o Brasil  e o mundo saberão se o trem chegará à estação final sem  acidentes ou se prenunciará tempestades políticas e sociais. Em princípio, PMDB/PT e PSDB representam  a manutenção do status quo, e o PSB, mesmo como alternativa, idem.. Não haverá grandes mudanças.  

terça-feira, 24 de junho de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Ricardo Teixeira trouxe a Copa
O grande e principal responsável por trazer a copa para o Brasil foi o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que, também, era membro efetivo e com prestigio do comando da FIFA. Lula, como presidente, foi na boa onda nacional. Naquela então merecida euforia nacional, o que apareceu de "pai da criança' nas fotos foi brincadeira!  Efim, é da vida. A corja de venais e hipócritas que hoje tripudia em Teixeira é a mesma que antes bajulava o sisudo comandante da CBF.  Tenho ânsia de vômito!
Reserva Paulinho
Dois sábios analistas da Folha de São Paulo, PVC e Juca Kfoury, finalmente, admitiram que o jogador Paulinho não tem futebol para ser titular da seleção brasileira. É mais do que óbvio que um atleta, no caso o Paulinho, reserva do time dele na Inglaterra, não tem qualidades técnicas para ser titular da seleção pentacampeã do mundo.
Ingratidão
Para o senador Eduardo Braga, trata-se de uma "tremenda ingratidão" o provável rompimento do ex-governador Omar Aziz e do atual governador, José Melo, do Amazonas, com a presidenta Dilma.
Eduardo Braga, líder do governo no Senado, lembra e salienta que "Dilma ajudou Omar e Melo, ajudou o Amazonas e prorrogou as isenções fiscais da zona franca de Manaus por mais 50 anos". Braga lidera com folga as pesquisas eleitorais para o governo do Amazonas.
Um milhão de empregos
A Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 está gerando cerca de 1 milhão de empregos no país. O número equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais registrados ao longo do governo da presidenta Dilma Rousseff.
“É um número extremamente significativo que nós estamos comemorando neste momento. É um legado humano extraordinário”, ressaltou o presidente da Embratur, Vicente Neto, durante entrevista coletiva ontem (19) no Centro Aberto de Mídia João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Os dados são de estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a pedido do Ministério do Turismo. O levantamento faz comparação entre projeção dos impactos gerados pelo Mundial e informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre histórico de janeiro de 2011 a março de 2014.
 Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporários (todos com carteira assinada), segundo o presidente da EMBRATUR. “São números significativos para qualquer comparação”, afirmou Neto. Só na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo, legado que o presidente da EMBRATUR considera bastante significativo.
Folclore
Um investimento de R$15,5 milhões no 49º Festival Folclórico de Parintins e no Município de Parintins (a 369 km de Manaus) é feito este ano pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado da Cultura.
Farsa jornalística
Um colossal vexame jornalístico, a entrevista de Mário Conti com o técnico Felipão. O leitor foi enganado com a farsa. Uma gracinha para poucos, uma irresponsabilidade para a maioria.  Conti, veterano e ingênuo, coitado, comprou gato por lebre. Entrevistou um sósia de Felipão. Tremendo e leviano engodo.   Nenhum leitor gosta de assinar, comprar ou acessar a Folha de São Paulo e ser tratado como trouxa, já que comprou produto falso e enganoso. Resta saber quem merece ser punido pelo PROCON, o jornal ou Conti, o açodado autor da farsa impressa. Duplo papelão, da Folha e do Conti. Seguramente, Conti deixou bons alunos na revista "Veja", onde ensinou, se dedicou e estimulou esta notável técnica jornalística

Liberalismo ou imperialismo?


Adriano Benayon * - 23.06.2014

Objetividade

1. Ao nos ocuparmos das questões nacionais, não devemos nos precipitar, pois há pressa, e não se deve desperdiçar tempo em assuntos e discussões de importância secundária.  A situação é grave demais para que se tire o foco do que interessa.
2. Um tema que não deveria merecer gasto de nossa energia são as eleições presidenciais.   Em artigo recente, “Eleições e Modelo Dependente”, escrevi: “O real sistema de poder manobra sempre para que todos os candidatos com chance de chegar ao 2º turno estejam comprometidos com a realização destes objetivos: ampliar e aprofundar a desnacionalização da economia, desindustrializá-la, servir a dívida -  inflada pela composição de juros absurdos – e  propiciar ganhos desmedidos às grandes empresas transnacionais.”
3. Portanto, com  qualquer “eleito”, a vitória será do    sistema imperial e de saqueio, comandado pela oligarquia financeira angloamericana, através de carteis transnacionais e coadjuvada por concentradores locais.
4.  Sessenta anos de atraso tecnológico aumentando e crescente perda de autodeterminação política e econômica geraram condições deterioradas de vida no País. 
5. Essa deterioração tem sido acompanhada por doses maciças de desinformação, sendo a natural revolta popular manipulada por opositores diretamente vinculados àquela oligarquia financeira e principalmente por entidades controladas por esta, que agem para desestabilizar a presente gerência petista.
6. Esta, na verdade, atende ao sistema de poder da oligarquia, contra o qual a revolta deveria se dirigir.  É como culpar só o gerente do restaurante que manda servir alimentos estragados e que, se não o fizer, será sumariamente demitido. 
7.  De qualquer forma, não é tolerável  a lesividade das  políticas do atual governo, como: 1) os leilões do petróleo; 2) o agravamento da situação do setor de energia elétrica no quadro de um sistema predador, que se diz “de mercado”; 3) as parcerias público-privadas; 4)  novas elevações das absurdas taxas de juros dos títulos públicos, que sangram o Tesouro, em favor dos concentradores financeiros.
8. Há que denunciar também a continuidade:
1) das alienações de terras usadas predatoriamente, em grandes plantations,  para exportação; 2) da extrema desnacionalização da economia; 3) do favorecimento aos carteis transnacionais, praticantes de preços extorsivos e de transferência; 4) da liberdade de exportação, com baixa ou nula tributação, de inestimáveis recursos minerais, preciosos  e estratégicos, inclusive o nióbio, em que o pouco caso com os interesses nacionais recebe o  aval da CODEMIG,  estadual de Minas Gerais.
9. Entre os crimes mais graves das gerências petistas estão como os decretos e medidas para  liberar as sementes transgênicas e os agrotóxicos a elas associados.  A urgente proibição dessas sementes tem de ser exigida nas mobilizações populares sem as quais o processo de desintegração do País não terá solução de continuidade.
10. Mais de 800 cientistas de 82 países assinaram carta aberta, na qual pedem a suspensão imediata das licenças ambientais para cultivos transgênicos e produtos derivados, tanto comercialmente como em testes em campo aberto, durante ao menos cinco anos.
11. Eles proclamam: “as patentes dos organismos vivos, dos processos, das sementes, das linhas de células e genes devem ser revogadas e proibidas.”
12.  Apontam agrônomos e biólogos: "Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, nem reprodução da flora; sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana."
13. Isso não é  pouco, e  há mais que isso. Os cientistas confirmam que os cultivos transgênicos prejudicam os agricultores, inclusive por envolver o  aumento do uso de herbicidas e o empobrecimento do solo. Ademais, intensificam o monopólio das grandes empresas sobre os alimentos, o que está levando os agricultores familiares à miséria e impedindo a  segurança alimentar e a saúde no mundo.
14. Até mesmo nos EUA e no Reino Unido, fontes do próprio Estado  reconhecem o perigo dos transgênicos para a biodiversidade e a saúde humana e animal. A transferência horizontal de genes acarreta a difusão de genes que tornam incuráveis as doenças infecciosas e  criam vírus e bactérias causadores de doenças e mutações capazes de provocar o câncer.
Liberalismo ou imperialismo?
15. A oligarquia financeira mundial tem investido no Brasil – durante mais de um século, de forma crescente -  na (de)formação de opiniões e na deseducação, gerando confusão mental e animosidade entre grupos sociais e indivíduos, associadas a doutrinas e ideologias.
16. Os saqueadores e seus adeptos -  remunerados ou não -  encobrem a verdadeira natureza das  políticas que realizam o saqueio imperial, fazendo que até mesmo os críticos delas as qualifiquem de liberais e neoliberais.
17. Esses nomes não costumam causar repulsa geral e até  exercem atração sobre as pessoas que os associam a termos da mesma raiz, como “livre” , libertário”, “liberdade”.  Palavras  bonitas e antigos ideários das revoluções francesa e norte-americana, que  passaram a ser evocados por mentores das políticas de escravização através da economia.
18. Do mesmo modo que as oligarquias nos países centrais, os defensores, no Brasil,  dos privilégios aos carteis transnacionais e de seus contatos coloniais ou semicoloniais também se dizem e são chamados de (neo)liberais. 
19. Então, o que, na realidade, não passa de mera apropriação dos recursos naturais e dos frutos do trabalho de um país, fica sendo discutido como se fosse questão doutrinária.
20. O engodo é ainda maior, porque se atribui aos liberais ser contrários à intervenção do Estado, e porque a grande maioria das pessoas ignora que atualmente, na maioria dos países, o Estado é controlado pela oligarquia e que ele intervém, em favor desta, nas finanças e na economia.
21. Por causa disso - mas sem que o público perceba que é por isso -  o  Estado comporta-se como insaciável coletor de impostos e taxas, sem prestar serviços, nem investir bem, nem assegurar direitos sociais básicos.
22. A própria incompetência adrede instalada no Estado, serviu para fazer aumentar ainda mais a concentração predadora, através das privatizações.
23. Essas estão sendo desfeitas em alguns países como Rússia e França, enquanto no  Brasil o Estado só aumenta de tamanho como repassador de recursos a concentradores estrangeiros e locais.
24. Antes, tivemos excelentes avanços tecnológicos em estatais, mas elas foram sendo minadas para “justificar” as privatizações. Tudo em nome da “livre” iniciativa, na qual  carteis e monopólios sufocam a iniciativa, impedem a concorrência e apropriam-se das poucas tecnologias não impedidas de surgir.
25.  Entretanto, nenhum país se desenvolveu sem a liderança do Estado, o único instrumento de a sociedade organizar-se para evoluir e defender-se, papel que ainda desempenha em alguns países, ainda que nem sempre a contento geral. 
26. Sem o Estado a seu serviço, a sociedade  transforma-se em massa amorfa, composta por indivíduos sem personalidade e sem liberdade alguma, como ocorre no grande número de países dominados pela oligarquia financeira mundial, inclusive em suas sedes -   EUA, Reino Unido.
27.  Assim, as instituições formalmente democráticas, mesmo quando não violadas por desestabilizações e golpes de Estado, ficam sob controle daquela oligarquia. Os “governantes” são prepostos ou acuados.
28. De fato, não existe democracia sob regimes que não estabelecem limite à concentração econômico-financeira.  A falsa que temos aqui leva à convulsão, com chance de o que vier depois, levar à guerra civil, à desintegração e a ainda maior submissão ao império mundial.
29.  Portanto, nossa sobrevivência depende de os brasileiros não mais se deixarem pautar pela  agenda e pelos conceitos do império. Só começará a ser viabilizada, quando a consciência dos fatos deixar de ser obscurecida por ideologias,  e quando os brasileiros deixarem de repelir-se entre si por divergências de opinião, inclusive esquerda ou direita.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Espanha muda o Rei e a seleção de futebol


Muita coincidência entre a desclassificação da Espanha da Copa do Mundo no Brasil e a abdicação do Rei Juan Carlos, em favor de seu filho Felipe VI, dois eventos ocorridos ontem, simultaneamente.

O time espanhol não chegou a participar da Copa, conforme dizem os comentaristas, mas a verdade é que aparentou um cansaço, um desentrosamento e uma falta de criatividade indignos de um Campeão do Mundo. O seu toque –de-bola cheio de preciosismo, querendo fazer o gol sem chutes de fora-da-área, simplesmente foi um convite irrecusável à Holanda e ao Chile para uma goleada.

Quanto ao Rei Juan Carlos, seu papel , durante 39 anos de reinado,foi importante após o Franquismo, quando o ditador Generalíssimo Franco manteve o poder na Espanha a ferro-e-fogo, de 1939 a 1976, etapa encerrada não sem uma tentativa de um golpe-de-estado, em 1981, liderado pelo coronel Antonio Tejera Molina, que chegou a invadir o Parlamento  e chegar à tribuna com arma em punho.

Debeladas as ameaças de golpes, foi assinado o Pacto de Moncloa, e coube ao Rei Juan Carlos consolidar a democracia parlamentar e apaziguar uma sociedade que viveu uma Guerra Civil , de 1936 a 1936, que resultou em cerca de um milhão de mortos.

O Rei Juan Carlos era sobrinho de Dom Pedro de Orleans e Bragança, da Família Real do Brasil. Muitas vezes hospedou Dom Pedro  em sua residência, no Palácio de Zarzuela- um vínculo familiar e dinástico muito importantes para as relações entre o Brasil e a Espanha.
Em sua despedida do trono, Juan Carlos mereceria, talvez, um melhor resultado da seleção espanhola na Copa do Mundo, ao menos uma classificação para as oitavas ou quartas-de-final, mas, em política, o sol se põe para quem se afasta do poder e nasce para quem assume. O time espanhol, com o novo Rei Felipe VI, certamente sofrerá uma mudança geral, a começar pelo técnico Del Bosco, para se adaptar ao novo monarca

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Volta Hulk
Ganso de fora, esquecido. Resolveria todos os problemas do meio-campo e do Neymar. Como não tem bom meio-campo, que lance, que toque, que faça um-dois, abrindo espaços e levando os beques adversários para trás, Neymar vem toda hora ao meio buscar a bola. Não é leão. muito menos Pelé. Até Pelé precisava de alguém para tabelar, abrir espaços em duas colunas.
Tostão reclamou ,observou, alertou para a falta de meio criativo.  Nesta linha, .creio que Felipão mexeu bem. mas os três que entraram também fracassaram. Reitero o que escrevi depois do jogo com a Croácia: Precisamos jogar muito mais, para encarar Alemanha e Argentina. Idem, observei que todos os jogos seriam pedreira para o Brasil.
Pelé afirmou: não tem jogo fácil. Posso até estar cometendo um exagero, mas Felipão poderia colocar Dante de zagueiro e avançar mais para o meio-campo o esplendoroso e lúcido Tiago Silva no lugar do Paulinho. Nisso tudo, é duro admitir que Hulk fez falta. Sério.A verdade tem que ser dita. Estou em boa companhia, Tostão  concorda comigo. Hulk tem uma jogada forte pelos dois lados do campo. Ali pela bandeirinha do corner. Usa da força para driblar, arrancar, fazer tabelas, passar para quem vem de trás, geralmente os laterais e, chuta forte em gol.  Volta logo, Hulk!
Vivaldão
Foi emocionante, mesmo pela televisão, conhecer o novo estádio Vivaldo Palma Lima, o eterno Vivaldão. É feio esquecer o bem que as pessoas fazem pela coletividade e pela sua terra. Sem esse horror de Arena. Futebol é estádio. Arena é de touro e foi o nome de um partido politico que marcou época.  Mas como conheço o ser humano em geral, é possível que não exista mais nem uma placa lembrando o nome do médico e senador Vivaldo Palma Lima. Vendo aquele estádio bonito, novo e lotado, sendo palco de jogo de Copa do Mundo, Nossa Senhora, levei meu coração para bem perto de meu pai, Andréa, e de meu tio, Flaviano. Pois foi a luta e a dedicação de Flaviano que elevaram bem alto o nome do futebol do Amazonas.
Não é possível que Flaviano Limongi não seja lembrado e merecidamente homenageado. Quanto ao jogo Itália e Inglaterra, evidente que o maestro italiano Pirlo encantou todo o planeta da bola e da copa. A mim, sobretudo. Porque Pirlo  também é craque no nome. Chama-se Andrea. Como meu inesquecivel pai. Que saúdo e beijo em nome dos deuses do futebol
Seleção acima de governo
Em artigo divulgado neste domingo (15), a presidenta Dilma Rousseff defende que, por representar a nossa nacionalidade, a Seleção Brasileira está acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo. Confira a íntegra:
“Em 1970, eu estava na cadeia. Naquela época, havia segmentos que diziam: “Se você torcer pelo Brasil, você estará fortalecendo a ditadura”. Isso era uma sandice. Para mim, esse dilema nunca existiu.
 Eu havia sido presa em 16 de janeiro e, como agora, a Copa começava em junho. Naquela época, muitas pessoas que eram de oposição ao regime militar inicialmente começaram a levantar a questão de que a gente fortaleceria a ditadura se torcesse pela Seleção Brasileira. Eram muitas pessoas, no início. Elas foram diminuindo progressivamente. Até que não sobrou ninguém. Com o decorrer dos jogos, todos, os que estavam na cadeia e os que estavam fora, torceram de forma apaixonada pela Seleção Brasileira.
Vivíamos sob uma ditadura. Não havia direito de manifestação, direito de organização, direito à divergência. Havia tortura, perseguição e repressão. Mas essa nunca foi a questão. Eu e as minhas companheiras de cela nunca tivemos dúvidas e todas torcemos pelo Brasil, porque o futebol está acima da política.
 O nosso sentimento pode ser traduzido no verso de Camões, em Os Lusíadas: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta”.
A Seleção Brasileira representa a nossa nacionalidade. Está acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo.
 Ontem, hoje e sempre, o povo brasileiro ama e confia em sua Seleção.”
Corrente
Acho legal, emocionante, pessoas simples, humildes, caseiros, jardineiros, porteiros, zeladores, assalariados, etc, colocar-afixar na porta cartaz colorido com letras enormes: SOU BRASILEIRO. Como fez meu vizinho  da frente. Alegre e uniformizado de torcedor feliz e otimista. Boa lição, excelente exemplo, para a praga que infelicita o Brasil dos politicamente corretos.
Aquela que só eles prestam, criticam e botam defeitos em tudo. Até no sol e na lua. Insistem em se fantasiar  de corretos e puros, embora não passem de vestais grávidas. Sem senso de ridiculo das menores coisas. Além de pessimistas crônicos.
Pretensioso
Folha de São Paulo escolhe uns tipinhos estranhos para escrever idiotices no Caderno da Copa. O mais recente é um imbecil chamado Marcelo Tas. Um careca com jeito afrescalhado que se acha engraçado. Não passa de um reles e desprezivel gaiato que comanda outra porcaria, o CQC. Ou seja, canalhas que adoram cacete. O sacripanta Tas usa o titulo da música do Chico, "Apesar de Você" para insultar quem dedicou a vida pelo futebol penta campeão do mundo. É o caso de se perguntar ao pinóia Marcelo Tas o que ele já fez de produtivo pelo desenvolvimento do futebol. Sugiro que Tas volte ao esgoto onde nasceu,  faça um supletivo sobre futebol e lave a boca com detergente antes de vomitar frustrações e recalques contra figuras que não são da sua laia.
Seis por meia dúzia
O PSol trocou Randolfo Rodrigues por Luciana Genro, na chapa para a Presidência da República. Não é nada não é nada, não é nada mesmo.
Chocolate
Jogo sensacional. O melhor da copa até agora. Poderia escalar um time de adjetivos para enaltecer o jogaço EspanhaxHolanda que não estaria exagerando. Quem gosta do verdadeiro futebol ficou encantado com o jogo. Quem não viu que trate de ver o video-tape. Evidente que Felipão e os jogadores brasileiros ficaram grudados na televisão. Escrevi ontem que o Brasil só vai encontrar pedreira pela frente. Reafirmo hoje. De jeito nenhum o Brasil deve achar que o que jogo contra a Croácia é o suficiente para encarar timaços como Alemanha, Espanha, Argentina, Holanda e Itália. O Brasil não deve subestimar nenhum adversário, sob pena de ser castigado pelos deuses do futebol. O holandês Robben é um monstro. Altamente técnico, inteligente e rapidíssimo.
A defesa brasileira que fique esperta. Robben se mexe o campo todo. Confunde os marcadores. Fez dois gols, a meu ver os mais bonitos da copa até o momento. Além de outro gol lindo, do atacante holandês que joga na Inglaterra. De cabeça, com um chamado peixinho maravilhoso.
O carequinha Robben botou no bolso o carequinha espanhol Iniesta, que, sabidamente, também joga muito. Show de bola dos holandeses. Botaram a atual campeã do mundo na roda. Sem choro nem vela. Robben e companhia encarnaram os toureiros, enquanto a Espanha era o touro. Cansado. Cravado com punhais e espadas. Esperando a hora de cair morto. Com o público gritando "olé".
Oportunista
Cara-de-pau para dizer o mínimo, do folgado, cretino e oportunista presidente do TCU. Palmas para Dilma, pelo desprendimento e grandeza de atitude por levar o malaça Nardes no avião presidencial.
Ainda a Croácia
O importante é que o  Brasil venceu. Não se abalou com o gol contra. Jogou como time grande. Todos os jogos serão pedreira. Oscar começou vacilante mas acabou se tornando o grande nome do jogo.
O especialista Arnaldo Cesar Coelho não viu penalti no Fred, mas foi. Felipão fez substituições corretas. Luiz Gustavo foi um monstro. Discreto e perfeito. É preciso ter cuidado com os cartões amarelos. Não sei como são os critérios do uso deles em copa do mundo. A guerra de 1 mês continua.
 A vitória alivia, relaxa e dar moral. Mas é preciso jogar sempre mais e melhor. Sobretudo contra seleções mais fortes do que a Croácia, como Alemanha e Argentina. A bola precisa chegar mais ao Neymar na frente, aberto pela esquerda, fazendo jogadas com Marcelo. Não pode Neymar vir muito ao meio-campo buscar a bola. Até chegar perto do gol se não aparecer alguém para tabelar, Neymar vai apanhar muito, ou, então, cair. Fred isolado na frente. Precisa se mexer mais. Quem vem do meio-campo tem que enxergar o Fred, tentar jogar com ele.
Teatro em Manaus 
A agenda teatral de Manaus está repleta de atrações até o final da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014. Ao todo, 52 espetáculos de diversos segmentos estão sendo encenados dentro do projeto “Amazonas de Todas as Artes”, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, até o dia 13 de julho.

No Grande Jogo , As FFAA e os Governos, Ainda a Questão Indígena

Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)

No  grande  jogo
 - A propaganda do boom do gás de xisto que fazia vislumbrar a independência energética dos EUA está se revelando falaciosa. O órgão federal de coleta de dados  corrigiu drasticamente a estimativa das reservas de petróleo de folhelhos do Campo de Monterey, reduzindo-a em 96% dos prognósticos anteriores, indicando que o petróleo dos folhelhos será muito mais difícil de extrair e bem menos rentável. Esse Campo, pretensamente um dos maiores em potencial de produção do mundo, passa a ter uma reserva projetada  suficiente apenas para atender 33 dias de consumo de petróleo dos EUA.
Em consequencia, os EUA não poderão se afastar do Oriente Médio nem fornecer gás para a Europa e abre novas perspectivas para o nosso pré-sal .
 - Recursos naturais: Atlântico Sul na mira
     Após as intervenções no Afeganistão e no Iraque e contidos no Irã e na Síria, os EUA/OTAN talvez reorientem sua projeção de poder sobre as margens do Atlântico Sul por suas reservas de hidrocarbonetos e demais recursos naturais. Na África já está em funcionamento um “Comando África” e no Atlântico Sul, a Quarta Frota. Desde que se auto intitulou uma espécie de "gendarmeria global", após o 11 de setembro, a OTAN não faz segredo de suas pretensões de projetar-se sobre o Atlântico Sul, como a pretensão dos EUA de estabelecer uma "OTAS" com os países no oceano meridional não foi adiante em especial, pela nossa reação, a OTAN optou por uma estratégia de aproximação convidando  países para participar das suas manobras navais, às quais o Brasil juntou-se este ano. É difícil de entender a motivação das nossas autoridades em aceitar o convite, o que na prática, lhes conferiu um "selo" de aprovação tácita.
      Como seria previsível, o "combate ao terrorismo" é o principal pretexto para as intervenções na África, como presumivelmente a defesa das minorias indígenas será o pretexto para intervenções na nossa terra. Contudo, a barbárie de alguns grupos terroristas como o Boko Haram, após o sequestro de 270 adolescentes, exigem uma intervenção internacional, à qual poderíamos nos juntar sem desdouro.
     Não obstante, Washington não oculta a relevância atribuída ao controle de recursos .
 - É impossível ignorar as analogias entre a crise da Ucrânia e o caso dos Sudetos. Em ambos os casos um país confiante em si tomou a defesa de sua gente sob o domínio de outro Estado. Será que nós defenderemos os brasilguaios e a nossa gente perseguida na Bolívia, ou que (já que temos terras vazias), os convidaríamos a regressar à Pátria Mãe e os acolheríamos como nossos patrícios, que na realidade são?
 -  Ainda em nosso País é evidente a analogia entre a pré revolução (63) e o atual 2014. Tal como nas vésperas da Revolução o caos social com greves e badernas por todo lado está deixando a classe média ansiando por um governo forte e há ameaças á disciplina, que é a base da organização militar. Se na época do Jango era a incitação à revolta dos sargentos agora é a perseguição aos que cumpriram ordens durante o governo militar o que significa para qualquer Exército que a responsabilidade é de quem cumpre e não (só) de quem manda ou seja, o subordinado é quem deveria julgar se a ordem deve ser cumprida.  O incitamento a indisciplina ou a tentativa de punir aos que cumpriram ordens é algo que nenhum Exército pode tolerar.
     Em 1964, Jango teria ainda continuado no governo (para azar do País) se tivesse voltado atrás em algumas medidas, como anistiar os Fuzileiros indisciplinados.  
As Forças Armadas e os governos
        Com exceção da quartelada da Proclamação da República, todas as intervenções militares na política foram a pedido da sociedade e sempre teve importantes segmentos batendo às portas dos quartéis solicitando alguma ação e dentro dos quartéis haviam facções políticas que apoiavam um ou outro lado. Em 1964 também era assim, mas a incompetência governamental, as greves contínuas e o incitamento à indisciplina jogaram todo o Exército contra o Governo como aliás o mesmo aconteceu com quase toda a população  .
        Castello Branco, limitando o tempo de permanência dos generais, retirou muito da possibilidade de que se firmassem lideranças e também os despolitizou, pois acabou com a regra de esperar indefinidamente para ser promovido. Isto explica muito do retraimento dos militares ante as mazelas dos últimos governos. Entretanto, as Forças Armadas continuam a ser a instituição melhor avaliada e confiável para o povo brasileiro em todas as pesquisas, a despeito da campanha negativa coordenada pelos vencidos de ontem. Para estes, as Forças Armadas seriam um perigo a ser neutralizado, tendo apenas cuidado de não ultrapassar o limite do desespero que provocaria a reação.
        No momento se constata uma mudança: a preocupação com o papel das Forças Armadas está tomando lugar na atenção do governo. O fato é que a presidente Dilma está reforçando as Forças Armadas, cujo papel,-a defesa do Estado, não pode mais ser desprezado. Quem tem jazidas da magnitude do pré-sal acaba sendo vitima de ações de fora, sem falar nas jazidas minerais das serras que separam o nosso País da Venezuela, atualmente englobadas pelas terras indígenas cuja independência está sendo forçadas pelos EUA/OTAN que só esperam pela oportunidade  para se apoderarem daqueles recursos indispensáveis à industria moderna.
       Talvez ainda a principal preocupação do Governo seja outra: com a realização da Copa do Mundo, haverá a presença de chefes de Estado e de governo e em face de manifestações cada vez mais agressivas e com as polícias se permitindo fazer greveso governo passa a depender mais das Forças Armadas, que teriam um papel essencial na manutenção da ordem.
      Sem dúvida, o tratamento que a atual governante dispensa às Forças Armadas é superior aos de seus antecessores FHC e Lula, mas os militares não estão muito satisfeitos com o governo. Além das desconfianças dos que viveram a revolução ,há justas reações a atuação da Comissão da Verdade e ao debate sobre revisão da Lei de Anistia. Este último, programa do PT, do qual a Presidente ainda guarda distanciamento, pode por em risco relação com as Forças Armadas que Dilma pretende promover.
        Essas reflexões, ainda um tanto vagas, alertam que a situação interna poderá se transformar ou não em função da insatisfação, que a população demonstra face à desordem interna, face à corrupção desenfreada e face à intemperança indigenista e dos movimentos ditos sociais, somada a impossibilidade das Forças Armadas aceitarem que subordinados possam recusar-se a cumprir ordens, como a Comissão da “Verdade” pretende estabelecer. Ou Dilma conseguirá controlar seus inconsequentes partidários, ou poderemos esperar problemas mais sérios. No momento, registra-se que a ordem na Copa depende das Forças Armadas, no bom sentido.
Ainda a Questão Indígena
  - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), (órgão de fachada da Monarquia britânica), reuniu-se em Genebra ,no ano de”1981, com mais de mil membros que compõem os diversos conselhos de defesa dos índios e do meio ambiente e entre outras estratégias decidiram:  “ É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico. "
      As diretrizes e estratégias do CMI são seguidas religiosamente pela ONG religiosa  “Conselho Indigenista  Missionário, composto por um punhado de maus sacerdotes e pasmem,também por órgãos governamentais como o Ministério do Meio Ambiente e  FUNAI,que fazem tudo exatamente de acordo com as referidas estratégias.
     Em função da atuação desses órgãos compostos por gente que trai a Deus e a Pátria, as demarcatórias de territórios indígenas são feitas com SIMULAÇÃO, DOLO e FRAUDE, violando diversos artigos da Constituição Federal.
 - Um grupo de índios, conduzido pelas ONGs, estiveram em Brasília dia 27 para exigir a demarcação imediata de mais 37 terras indígenas. Além das ameaças de ocupar um território maior do que Alagoas e tentarem, por sugestão de um antropólogo, violar a taça da Copa. Reuniram-se aos protestos já existentes, o transformaram em violento e acabaram flechando um policial militar. A Polícia, manietada pelos “direitos humanos, como sempre não pode reagir a altura.
     O processo demarcatório, que pretensamente visava garantir o legítimo direito dos índios e não índios foi transformado em instrumento de violência contra os não índios, espoliados de suas legítimas propriedades. Recentemente até um inveterado indigenista como o Secretário Geral da Presidência, reconheceu que o Governo não mais pode continuar aplicando a formula expropriatória, ainda que os indigenistas e governos estrangeiros continuem insistindo para que o faça.
     Desta vez, os índios (e as ONGs) saíram de Brasília de mãos abanando. Algo indica que o melhor dos mundos para as ONGs está chegando ao fim .
  - Uma nova campanha contra futuros projetos de barragens na Região Amazônica e países vizinhos foi desfechada pelo aparato indigenista. A investida foi decidida no Seminário sobre Mineração e Hidrelétricas em Reservas Indígenas, realizado em Cantá (RR), entre 20 e 22 de maio. O evento teve a participação de cerca de 200 pessoas, entre indígenas e militantes do Conselho Indigenista de Roraima (CIR), Organização Regional dos Povos Indígenas do Amazonas (ORPIA), Instituto Socioambiental (ISA) e o indefectível Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Na ocasião, foi aprovada uma campanha contra novas barragens no Brasil, Venezuela e Guiana, além de divulgado um documento contendo os pontos principais da agenda indigenista.
     No documento, as razões alegadas para se opor à construção de hidrelétricas no Norte do País é a suposta falta de esclarecimento sobre os seus impactos ambientais. "Nós sabemos que parte da nossa terra poderá ser inundada, que vai alagar parte da floresta e matar os animais. Nós não queremos destruição nas nossas aldeias", protestou o líder ianomâmi Davi Kopenawa, eles devidamente orientados pelas ONGs, constroem novas aldeias exatamente nas áreas que sabem que serão inundadas, prevendo grandes e polpudas indenizações.
- A última do Conselho Indigenista Missionário (CIMI): tentativa de transformar as vítimas em culpados - Em Faxinalzinho (RS), índios Kaingang  assassinaram dois irmãos, pequenos agricultores que se recusaram apagar pedágio em um bloqueio ilegal da estrada. Obviamente os índios foram insuflados pelas ONGs, inclusive pelo CIMI.
     Os assassinos foram presos. Por isto, o delegado responsável pela prisão está sendo perseguido pelo CIMI, cujos advogados o acionaram judicialmente por suposta ação arbitrária na condução das investigações. Logo depois do assassinato, o CIMI mandou uma nota “acusando” os  assassinados de terem  tentado “afastar à força os indígenas” para liberar a via e de “seqüestrar” e usar como refém uma criança na tentativa de romper o bloqueio, portanto os mortos pelos índios é que seriam os culpados pelo próprio assassinato. A tática de transformar os algozes em vítimas é prática velha do CIMI.
 Que caras de pau!
Que Deus ilumine todos nós!

Tripolarização eleitoral com direito a rapsódia petista


Em pleno desenrolar da Copa do Mundo, os principais partidos políticos envolvidos na disputa e manutenção do poder começam a marcar seus territórios para as eleições presidenciais e parlamentares de outubro.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB-, líder da coalizão com o Partido dos Trabalhadores - PT-, que governa o Brasil, firma sua posição como governo e não como “partido do governo”, segundo palavras do vice-presidente da República, Michel Temer, uma das principais lideranças da agremiação. Para bom entendedor, o PMDB não abre mão de ser protagonista, como já vem sendo controlando o Congresso Nacional, mas deseja mais ministérios caso seja reeleita a chapa Dilma/Temer.

O PT, por sua vez, se movimenta em busca de autonomia no poder, embora tendo sua imagem associada à Presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma depende do PT e foi eleita com apoio do partido, mas é considerada como, ideologicamente, vinculada ao Partido Democrático Trabalhista - PDT-, outrora agremiação do legendário Leonel Brizola. Essa falta de vínculo histórico com o PT gera ranço de algumas lideranças petistas contra a atual presidente, algo com efeito de águas que não se misturam e ideias que não se sintonizam.

A relação de Dilma Rousseff com o PT, à exceção de sua linha direta com Lula (linha às vezes curto-circuitada) mais parece uma rapsódia política, com variadas melodias populares em torno do tema principal da permanência do partido no poder, ainda que completamente desfigurado de sua fisionomia original.

O mais importante fato político-eleitoral dos últimos dias  é essa demarcação territorial que vem sendo feita pelos partidos. O PMDB, o PT e o Partido da Social Democracia Brasileira –PSDB- trocam farpas, estabelecendo uma tripolarização da disputa em outubro. O candidato do PSDB, Aécio Neves, propôs um “tsunami” para varrer esse governo que considera contaminado pela corrupção. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, figura de maior destaque do partido, corrobora a proposta de Aécio Neves, causando irritação e resposta imediata do seu êmulo, o ex-presidente Lula, que acusou Fernando Henrique de comprar no Congresso Nacional votos para sua reeleição.

O Partido Socialista Brasileiro –PSB- que tem o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato presidencial, compondo chapa com a ex-senadora Marina da Silva, não aceita ficar como mero espectador dessa partilha territorial eleitoral, e começa  a criticar o Governo Dilma Rousseff, embora mantendo-se distante dos ataques pessoais trocados entre Fernando Henrique e Lula.

Assim, fica bem clara a distribuição espacial dos territórios eleitorais em outubro, no day after da Copa do Mundo, com ou sem vitória da Seleção Brasileira: PMDB ,PT  e alguns outros menores partidos de esquerda, juntos , apoiando Dilma, enfrentam PSDB, DEM (Democratas) e PSB, restando ainda a incógnita sobre o lado para o qual   penderá o Partido Social Democrático –PSD-, uma agremiação mais propensa a se definir pelo voto útil, conforme o desempenho dos candidatos em primeiro turno.

 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto


 Renan e os servidores
Discordo, e muito, de algumas das recentes decisões de Renan Calheiros na presidência do Senado. Ninguém é infalível. Muito menos Renan, que, a meu ver, acerta muito no atacado e também erra no varejo. Contudo, não posso concordar nem admitir plantações de noticias debochando de Renan com apelidos. Seguramente não se consegue nada de bom e saudável agindo assim. Embora atingidos pela lança e pelo tacape de Calheiros, servidores da Câmara Alta não avançarão em suas pretensões e queixas sem diálogo. Sem uma boa conversa. Nesta linha, é preciso que Renan também ofereça margens para dialogar. Que mostre-se sensível aos apelos dos servidores.
Reitero que os servidores do Senado são profissionais capacitados e dedicados. É preciso repudiar com firmeza a tolice,  a canalhice e a desinformação segundo as quais o funcionário do senado é relapso e incompetente. Os próprios senadores sabem disso. O servidor é peça-instrumento valioso e fundamental para o sucesso e o bom andamento do trabalho parlamentar.
Saiba Renan que cortar e mutilar salários de servidores não engrandece em nada sua vitoriosa trajetória pessoal e politica. Sob o comando de Calheiros, o Senado tem discutido, votado e aprovado pleitos relevantes de amplo alcançe social. Providências que trarão benefícios ao povo. É preciso que a população tome conhecimento do enorme elenco de boas iniciativas transformadas em leis e que atendem os clamores da sociedade. Mãos à obra...
Tostão e Ganso
O colunista Tostão escreveu, depois do amistoso com o Panamá, que a seleção brasileira é boa, mas o meio-campo é ruim.  Na sua coluna na Folha de 7 de junho, Tostão comenta o jogo-treino com a Sérvia, salientando que "mais uma vez o meio-campo foi muito marcador e pouco criativo".Vamos lá, Tostão, coragem para admitir que falta o criativo, objetivo e cerebral Paulo Henrique Ganso na seleção.
Ceticismo
Gostaria de sugerir ao cético leitor Gilberto de Camargo Cunha (Painel do Leitor da Folha), ativista dos que torcem contra a copa, que fique em casa, cuidando da sua amargura e pessimismo. Ligue a televisão e torça contra o Brasil a vontade. Não saia às ruas. Não tente estragar a alegria e o otimismo alheio. Deixe de azucrinar a paciência, a boa fé e os sentimentos de carinho, esperança e garra da maioria do povo brasileiro. Gilberto e outros chorões já encheram as medidas.
CNJ de olho em São Paulo
O Conselho Nacional de Justiça, em função de informações oriundas de São Paulo deve iniciar sigilosa investigação em relação às atividades de alguns escritórios de advocacia de São Paulo, que estão promovendo ostensivo e escandaloso lobby junto a magistrados daquele estado, motivo de preocupação do Novo Presidente do TJ de São Paulo.
Conforme noticiado pela imprensa e no programa do jornalista Amaury Jr., um comerciante da Rua 25 de março de São Paulo hospedou em sua luxuosíssima suíte num famoso hotel cassino de Las Vegas, desembargadores do TJ de São Paulo (Desemb. Kauy, Desemb. Franscine Godoi, Desemb. Ivan Sartori este frustrado pela não indicação de seu nome ao STF (Revista Veja – 14/12/2012 http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/presidente-do-tj-sp-fez-lobby-com-miranda-visando-stf)) tudo organizado, conforme a reportagem, pelo advogado paulista Antonio Augusto Coelho e sua senhora, também advogada, que, além dos comes e bebes ,seguiu-se por jogatinas.
O escritório Gonçalves Coelho tem promovido jantares caríssimos no Hotel Fasano em São Paulo, com distribuição de mimos para as senhoras dos desembargadores presentes. Inclusive, em um deles, com a presença de um Ministro do Supremo Tribunal Federal. 
Cabral acadêmico
O ex-ministro e ex-senador Bernardo Cabral foi eleito, por unanimidade, para membro da Academia de Letras do Brasil, presidida pelo acadêmico  e jurista Fontes de Alencar, ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça.  Cabral ocupará a cadeira do acadêmico José Geraldo Pio de  Mello, cujo patrono é Cruz e Souza.
Marcello Alencar
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, lamentou a morte do ex-governador do Rio de Janeiro, Marcello Alencar, nesta terça-feira, 10, e ressaltou que mesmo sabendo que ele estava debilitado, é sempre uma surpresa receber a notícia.
O prefeito lembrou que Alencar foi advogado de presos políticos e está entre os parlamentares que perderam mandato de senador, após o AI5 (Ato Inconstitucional n° 5), que suspendeu garantias constitucionais durante a ditadura militar.
“Apesar da diferença de idade, eu vi a carreira política dele nascer e ele viu meus primeiros passos na vida pública. Ele advogava para presos políticos e, inclusive, me tirou da cadeia.”, relembrou Arthur Neto.
O prefeito destacou ainda que Marcelo o tratava como se fosse um grande filho e inclusive tentou levá-lo para o Rio a fim de que Arthur seguisse carreira política por lá. Mesmo ficando por Manaus, o prefeito afirmou que não perdeu contato com o político.
“Marcelo se elegeu prefeito do Rio de Janeiro ao mesmo tempo que fui eleito prefeito de Manaus, pela primeira vez. Tivemos uma relação muito boa e trocamos experiências administrativas. Enfim, uma pessoa muito querida.”, declarou o prefeito.
Marcello Alencar governou o Rio de Janeiro 1995 a 1999, foi um dos fundadores do PSDB e também presidiu o partido por duas vezes. Ele morreu em casa, aos 88 anos, na madrugada desta terça-feira, 10, por volta das 4h20, por complicações de saúde após três acidentes vasculares cerebrais (AVC). O velório está marcado para as 9h desta quarta-feira, 11 no Palácio da Cidade.
Marin
Fico perplexo,Renato, com a colossal má vontade contra José Maria Marin, que deu declarações e informações preciosas para Jorge Luiz Rodrigues envolvendo a seleção, rumos do futebol brasileiro e repúdio aos parasitas e inocentes inúteis empenhados e usados para azucrinar a paciência e a alegria dos milhões de verdadeiros torcedores. Cairão do cavalo. Quebrarão a cara.
Pena que usem o telescópio da NASA para pinçar e destacar somente a declaração final da longa entrevista de Marin. Declaração esta, a meu ver, totalmente procedente. Sincera, clara, firme e corajosa. Ou você queria que Marin fosse dissimulado e tapasse o sol com a peneira? Palpites infelizes, arrogantes e idiotas dão diariamente sábios da crônica esportiva, sem, todavia, nenhum reparo ou blague da tua parte. Este timeco, sim, deveria ter autocritica e calar a boca. Ótima copa para todos nós.
Festa em Manaus
O anfiteatro do Complexo Turístico Ponta Negra será, a partir de hoje,  dia da abertura da Copa, com o jogo entre Brasil e Croácia, palco da FIFA Fan Fest™ em Manaus, evento realizado em todas as cidades-sedes da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™ para a transmissão dos 64 jogos, além da apresentação de atrações musicais.
Neste primeiro dia, excepcionalmente, a programação começará às 11h, horário também de abertura dos portões, com shows de Israel Novaes, do grupo Canto da Mata, DJs, além da apresentação de curtas nos telões instalados no complexo. Até o final da Copa, serão 13 atrações nacionais e dezenas de shows.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"Revolução de veludo" às avessas



Intenta-se, no Brasil, instaurar uma “revolução de veludo” às avessas daquela empreendida na Tchecoslováquia, em 1989, que resultou na saída dos comunistas do poder e na eleição à presidência do escritor Václav Havel. Os comunistas brasileiros consolidariam, constitucionalmente, um status quo do qual já vêm desfrutando, gradativamente, embora não parcimoniosamente.
A cultura política é quem dita a modelagem de regimes abertos ou fechados, de golpes, reformas e revoluções, e, no caso brasileiro, às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, a população parece distraída com o circo montado, enquanto nebulosas maquinações são concretizadas, no Palácio do Planalto e nas hostes do Partido dos Trabalhadores –PT- São medidas cautelares de manutenção do PT no poder, caso o day after da Copa seja marcado por revolta popular em caso de perda da taça pela seleção brasileira.
Não seria outro o sentido do decreto bolivariano número 8.243/2014, assinado na surdina pela presidente Dilma Rousseff ,no último dia 23, que determina a criação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Na prática, prevê a implantação de “conselhos populares”, formados por integrantes de movimentos populares, vinculados a órgãos públicos. Tudo sob a tutela do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria- Geral da Presidência da República – uma espécie de Golbery de da nova geração no poder.
Na Câmara dos Deputados, nove partidos políticos  acionaram a luz vermelha –Democratas, DEM-Partido Progressista Social- PPS -,Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, Solidariedade, Partido Republicano-PR, Partido Verde-PV, Partido da Social Democracia Brasileira -PSD, Partido Socialista Brasileiro –PSB-  e Partido Republicano da Ordem Social - Pros – assinando um pedido para votar, em regime de urgência, decreto legislativo que anule os efeitos do decreto presidencial.
Embora a transferência de votos não seja automática, juntas, as agremiações contabilizam 229 dos 513 deputados – são necessários 257 votos para aprovar um decreto legislativo. A decisão de colocar a proposta em votação cabe ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ainda não se manifestou. No Senado, os partidos de oposição também tentam suspender o texto presidencial.
A propósito, publico na íntegra texto redigido pelo general Clóvis Purper Bandeira, assessor especial da Presidência do Clube Militar, com sede no Rio de Janeiro:
SOVIETES PETISTAS
Gen Clovis Purper Bandeira
“Chamado por um editorial do Estadão de “um conjunto de barbaridades jurídicas” e por Reinaldo Azevedo de “a instalação da ditadura petista por decreto”, o Decreto 8.243/2014 foi editado pela Presidência da República em 23/05/14, tendo sido publicado no Diário Oficial no dia 26 e entrado em vigor na mesma data.
“Decreto”, no mundo jurídico, é o nome que se dá a uma ordem emanada de uma autoridade – geralmente do Poder Executivo – que tem por objetivo dar detalhes a respeito do cumprimento de uma lei. Um decreto se limita a isso – detalhar uma lei já existente, ou, em latinório jurídico, ser “secundum legem”. Ao elaborá-lo, a autoridade não pode ir contra uma lei (“contra legem”) ou criar uma lei nova (“præter legem”). Se isso ocorrer, o Poder Executivo estará legislando por conta própria, o que é o exato conceito de “ditadura”. Ou seja: um decreto emitido em contrariedade a uma lei já existente deve ser considerado um ato ditatorial.
Para o Dr. Ives Gandra, trata-se de um decreto ditatorial.
Em princípio, a coisa toda parece de uma inocência singular. Seu art. 1º esclarece tratar-se de uma nova política pública, “a Política Nacional de Participação Social”, que possui “o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”. Ou seja: tratar-se-ia apenas de uma singela tentativa de aproximar a “administração pública federal” – leia-se, o governo – da “sociedade civil”.
O problema começa exatamente nesse ponto, ou seja, na expressão “sociedade civil”. Quando usado em linguagem corrente, não se trata de um termo de definição fácil: prova disso é que sobre ele já se debruçaram inúmeros pensadores desde o século XVIII.
Para o Decreto, contudo, “sociedade civil” tem um sentido bem determinado, exposto em seu art. 2º, I: dá-se esse nome aos “cidadãos, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.
Muita atenção a esse ponto, que é de extrema importância. O Decreto tem um conceito preciso daquilo que é considerado como “sociedade civil”. Dela fazem parte não só o “cidadão” – eu e você, como pessoas físicas – mas também “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja: todos aqueles que, controlados pela extrema esquerda e pelo Ministério do Caos Social de Gilberto Carvalho, promovem manifestações, quebra-quebras, passeatas, protestos, e saem por aí reivindicando terra, “direitos” trabalhistas, passe livre, saúde e educação – MST, MTST, MPL, CUT, UNE, sindicatos, dissidências sindicais… Pior: há uma brecha que permite a participação de movimentos “não institucionalizados” – conceito que, na prática, pode abranger absolutamente qualquer coisa.
A Administração Federal está obrigada, desde o dia 26 de maio, a só permitir a colaboração de movimentos sociais, sejam institucionalizados, sejam não institucionalizados.
Mas o que se entende por “institucionalizado” não se sabe, nem se decretou ─ seguramente não serão as associações civis que têm estatutos registrados em cartório. Na medida em que os sindicatos, os institutos, as Ordens (OAB p.ex.), as associações profissionais, os partidos políticos (com o perdão de Gramsci) etc. não são organizações de movimentos sociais, não pertencem aos grupos sociais que podem legalmente assessorar a administração federal - não pertencem à sociedade dita civil. A menos que estejam incluídos na palavra “coletivos” - mas ônibus também são “coletivos”...
A esse respeito, Reinaldo Azevedo é arrasador: Atenção para o truque, leitores! Tudo o que não é “institucionalizado é não institucionalizado”, certo? Vocês querem ver eu abarcar cem por cento da humanidade? Basta que eu me refira a “todos os corintianos e não corintianos” (fatalmente, todas as pessoas do mundo são uma coisa ou outra); a “todos os vegetarianos e não vegetarianos”; a “todos os admiradores do Bolero de Ravel e aos não admiradores”; a “todos os apreciadores de comida japonesa e aos não apreciadores”.
Dilma se dá o direito de definir o que é “sociedade civil” — são os movimentos sociais — que, na prática, ela transforma em instâncias da República não eleitas por ninguém. E cria mais milhares de cargos públicos, em todos os níveis do poder, cabides de emprego para os comissários e fonte de despesas de custeio na falida administração pública federal.
Já tendo incursionado na área do Judiciário, com a criação da malfadada Comissão da Meia Verdade, um tribunal de exceção, ataca agora na área do Legislativo, criando órgãos não eleitos para discutir e aprovar leis.
Trata-se de uma forma descarada de golpe branco na democracia representativa. Com esse decreto, os petistas outorgam a si mesmos o poder permanente, eterno, já que a esmagadora maioria desses grupos é ligada ao PT.
O Decreto 8.243 reforma toda a Administração Federal, criando enorme estrutura burocrática paralela, conveniente aos que pretendem eternizar-se no poder. Há os “conselhos de políticas públicas”, que decidem sobre as políticas públicas e sua gestão.
Depois, as “comissões de políticas públicas”, em que a “sociedade civil” e o ”governo” dialogarão sobre “objetivo específico” dado pelo tema determinado para discussão.
Segue-se a “conferência nacional”, para debater, formular e avaliar “temas específicos de interesse público”. Note-se que essa “conferência” não cuida apenas de políticas públicas federais: poderá “contemplar etapas estaduais, distrital (sic), municipais ou regionais para propor diretrizes e ações acerca do tema tratado”. Quantos cargos para preencher com “cumpanheiros”!
Há uma “Ouvidoria”, que cuidará também dos “elogios às políticas e aos serviços púbicos prestados sob qualquer forma ou regime...”.
E há, finalmente, a “mesa de diálogo”, mecanismo de “debate e negociação com a participação de setores da sociedade civil (não mais “movimentos sociais”) e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais”.
Convém prestar atenção às finalidades das “mesas de diálogo” que devem “prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais”. A Justiça do Trabalho pode dizer “adeus” a uma de suas funções; os conflitos entre índios e proprietários de terra não irão mais à Justiça, mas passarão pela “mesa” que o resolverá, da mesma maneira que qualquer outro “conflito social”. Criou-se uma “Justiça” paralela.
Depois da “mesa”, temos o “fórum interconselhos”, que permitirá o “diálogo entre representantes de conselhos e comissões de políticas públicas... formulando recomendações para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade” (beleza!). Num arroubo de fato participativo, abre-se “consulta pública”  a qualquer interessado disposto a se manifestar “por escrito”...
Alega-se como amparo legal para esse golpe o Art. 1º, parágrafo único da Constituição, que reza: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Atenção: o “exercício direto” do “poder do povo” se dá “nos termos desta Constituição”, na forma de “plebiscito, referendo e iniciativa popular”, conforme estabelece o Artigo 14. A Constituição brasileira não autoriza os “sovietes” de Gilberto Carvalho e de Dilma.
Felizmente, parece que o Poder Legislativo, alertado mais uma vez pela imprensa que o PT quer amordaçar, acordou e está reagindo ao ataque. Nove partidos já se pronunciaram sobre o assunto, na defesa das prerrogativas exclusivas da Câmara e do Senado”

 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Paulo Octávio
Protesto, com veemência, contra a prisão de Paulo Octávio. A meu ver foi uma ação policial e, evidente, também politica, violenta, injusta, descabivel, burra, desnecessária, cretina, absurda, patética, arbitrária, abjeta, autoritária, covarde, odiosa e rancorosa.  Brasília toda conhece a trajetória de trabalho e determinação de Paulo Octávio.  Empresário e homem público como Paulo Octávio cujas empresas empregam mais de cinco mil famílias, deveria é ser medalhado pelas autoridades e não ter que passar pelo constrangimento de ser preso sem culpa firmada, esclarecida.
Marin
Quebraram a cara dos que torciam contra a gestão de José Maria Marin na presidência da CBF. Inventaram o diabo na inútil e torpe tentativa de desestabilizar Marin no comando do futebol brasileiro. Por sua vez, Marin manteve-se sempre focado no trabalho e nos preparativos visando o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. Jamais permitiu servir de pasto para saciar o apetite dos maledicentes, levianos e pregoeiros do caos. O trabalho sempre foi marcante na vida de José Maria Marin.

No comando da CBF Marin colecionou vitórias: conquistou a Copa das Confederações e o Torneio Mundial sub-21, na França, entregou à seleção a nova e moderna Granja Comary, retomou a credibilidade da seleção penta campeã aos olhos do mundo, dinamizou a valorizou a autoestima dos jogadores, inaugurou a sede definitiva da CBF e, sobretudo, trouxe de volta a confiança dos torcedores na disputa pelo hexa na copa do mundo.
Maluf
Maluf foi certeiro e correto: Lula é mesmo estadista. É preciso respeitar a trajetória politica e pessoal de quem foi líder metalúrgico e chegou a Presidente da República. Alguns adversários, os inteligentes, respeitam Lula, porque sabem que realmente ele é um monstro na articulação politica e com um microfone na mão.

Os desafetos da banda burra e cretina fazem pouco caso de Lula porque são incompetentes e eternos recalcados. Torciam para Lula não superar o câncer. Pobres diabos. Cambada de cretinos. Maluf, por sua vez, também é excelente politico. Reelege-se quantas vezes quiser, além de eleger e reeleger quem desejar.
Maluf foi um extraordinário administrador em cargos como governador e prefeito de São Paulo. É constantemente atacado e insultado por fariseus e parasitas. O legado de Maluf é sua extraordinária vocação para o trabalho. Embora com 82 anos de idade, poucos, raros, homens públicos, têm a capacidade de trabalho de Maluf.
Landri Cambraia
A Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal acaba de aprovar, em caráter terminativo, projeto de lei do deputado Sebastião Bala Rocha (PDT/AP) denominando "Landri de Oliveira Cambraia" o trecho que vai de Macapá a Oiapoque da BR-156. Nascido em 1929 e falecido em 1994, Cambraia foi o topógrafo que ajudou a expandir e integrar o antigo território federal e hoje estado do Amapá. Sua família (a viúva Ruth Cambraia, professora aposentada, e os sete filhos Regina, José Landri, Cláudio, Mário, Maria Izabel, Francinete e Ana) comemoram esse justo tributo às memória do patriarca.
Novamente Maluf
É incrível a orquestração torpe do timeco dos fariseus, das carpideiras, dos desocupados e dos inocentes inúteis, desapontados e perplexos porque Paulo Maluf bateu o martelo e decidiu apoiar Alexandre Padilha, para a prefeitura de São Paulo.  Pensam (foi mal) que a difícil e fascinante arte da politica se faz com o fígado ao invés do cérebro. Maluf é do ramo. Foi competente administrador, como governador e como prefeito paulistano. O legado de Maluf é trabalho.
A mesma patrulha de venais e parasitas insulta também Maluf porque destacou a importância de Lula na politica brasileira. Não se pode, em sã consciência, desmerecer, debochar e esquecer, a trajetória vitoriosa de Lula.
Ex-metalúrgico que chegou à Presidente da República, graças a seus méritos pessoais. Faço votos para que os pseudos cientistas políticos estudem mais. Parem de dizer e escrever sandices. Por fim, concordo com Maluf quando afirma que Dilma será eleita já no primeiro turno. Vamos às urnas!
Milton Hatoum
Milton Hatoum deve estar com tifo, malária ou dengue. Exibindo seu colossal ego oco, Milton mostra no O Globo de hoje, dia 2, um sentimento de raiva impotente, que pode acometê-lo de tremores, azia e dores renais. Milton resolveu jogar as patas nos governantes de Manaus, sobretudo nos prefeitos, a pretexto de criticar a copa no Brasil. Ou seja, cospe na terra onde nasceu e cresceu. Depois foi para Brasília e São Paulo. Casou e descasou seis vezes, segundo ele próprio. Freud talvez explique, então, tanta ira e revolta.
Creio que os livros de Hatoum são vendidos não por causa da competência do autor, mas porque a editora dele sabe das coisas. Conhece os caminhos das pedras. Fantasiado de arquiteto, engenheiro, pedreiro e mestre-de-obras, Hatoum insulta os administradores de Manaus, sem, contudo, apresentar sugestões que melhorem a cidade. É a manjada tônica dos arrogantes e pretensiosos. Milton diz ao Globo que não vai assistir a copa. Problema dele. Sugiro que aproveite o tempo para tentar escrever uma obra que realmente preste e encante o leitor. Sem precisar das muletas da editora.
Sandice
O site da folha mantém, ainda, apesar das sandices e recalques do autor do texto medonho, um artiguete, com foto, do Collor, sob o título "Para pesquisador, caso Collor mostra que Brasil não é um país sério”. Faz tempo que não leio tanta idiotice, recheada de torpezas e colossais desinformações. O pior, o artiguete do pobre diabo do "pesquisador" é de, pasme, 25 de maio!