quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Discurso de Trump
O discurso de posse de Donald Trump foi duro e verdadeiro. Trump é o que é. Não faz gênero nem é dissimulado, como a maioria dos políticos. Evidente que muitas ameaças de campanha, que assustaram o mundo, não serão cumpridas.
No fervor da campanha Trump se fez de grosseiro, antipático, intolerante e homofóbico. Passou a perna nos analistas. Convenceu o eleitor e se elegeu. Trump não tem interesse em se passar por intelectual.
É pragmático e fala o que a maioria dos americanos quer ouvir: respeito aos Estados Unidos, a preservação de empregos para americanos, reconstrução da economia, segurança, tolerância zero com o terrorismo, fortalecer laços de amizade com outros países, utilização da  infraestrutura para modernizar rodovias , o combate firme, sem trégua, aos baderneiros e vândalos e a reconquista da autoestima do cidadão.
Galhofeiros e cretinos nas televisões e jornais, aqui, nos Estados Unidos e no resto do mundo perdem tempo e saliva. Não intimidarão Trump com críticas superficiais e amargas. Trump é do ramo. Tem presença marcante nas redes sociais e sabe como se expressar na  televisão. Diz com firmeza e sinceridade o que o povo gosta e quer ouvir.  As "viúvas de Obama", como definiu respeitado jornalista, dispõem de quatro anos para chorar a vontade e atear fogo às vestes. Bom proveito. 
Zavascki
Fatalidade ou sabotagem? As especulações são duras e dramáticas, mas opiniões  não podem ser afastadas. Não é cômodo nem fácil tratar da morte do ministro Teori Zavascky sem analisar os mais complexos aspectos envolvendo a figura profissional do vigoroso ministro do STF.  Ações da lava-jato eram de responsabilidade de Teori.
O ministro atuava com rigor fundamentado nos autos. Como deve proceder todo magistrado da Suprema Corte. Centenas de poderosos empresários e políticos  estavam sob o crivo e espada do rigoroso Teori Zavascky.
O Brasil acompanhava com interesse as ações e decisões de Teori. Com a morte de Teori fica a impressão que abriu-se um buraco de desesperança  nos corações dos brasileiros. Tomara que seja desmentido pelos próximos fatos e passos do episódio
Antecipação
Analiso. Não torço, nem distorço. Não brigo com os fatos. Não tenho espaço em jornal grande nem sou colunista consagrado. Porém, dia 8, escrevi artigo no site diario.do.poder.com.br  salientando que a ministra Carmen Lúcia estava ganhando preciosos espaços  políticos que deveriam ser de Michel Temer. Título do meu artigo: "Quem governa, Temer ou Carmen Lúcia?". Repito, meu texto foi do dia 8.
Nessa linha,dia 15, o assunto foi tratado com destaque por Élio Gaspari, no Globo,  como se o colunista tivesse  descoberto vacina que vai curar todos os males da humanidade. Título da análise do Gaspari: "A presidente Carmen Lúcia".  "De leve", diria Ibrahim Sued, comemorando notícia que publicava antes dos outros. 
Maracanã abandonado
O cenário de abandono e destruição do Maracanã indica o Brasil penta campeão do mundo sem autoridades nem leis. O outrora maior estádio do mundo está em ruínas. Destroçado e saqueado. Parece  um campo de batalha. Lembra parte da Síria ou do Iraque. Sujo, imundo, ultrajado e triste.  Vergonha para o Brasil aos olhos do mundo. O maracanã está entregue aos ratos. Virou   um filme de terror. O torcedor sofre com o caos, a imundície e a insanidade que tomaram conta do estádio Mário Filho. 
Intrigante
O folclórico Juca Kfoury insiste em tentar saciar seus apetites doentios contra a CBF, através de uma rede de intrigas. Ela nasce na Folha de São Paulo e funciona assim: Na ausência de Kfoury,  quem sangra ódio pelos olhos e poros é Mariliz Pereira Jorge( "A tragédia da Chape já deu"- 28/01). A rede se expande até O Globo, com os artiguetes de PC Caju e prossegue com o próprio Juca Kfoury e o filho dele, no canal ESPN.
Desperdício
Eike Batista foi casado com Luma de Oliveira. Já era bilionário. Tinha um diamante raro  em   casa. Mais valiosa do que poços de petróleo. Jogou fora.
Desinformação

Da série, levianos e torpes desinformam com prazer. Adeptos do jornalismo ruim.  Por má-fé ou burrice. Ou ambas as coisas: o canal ESPN também caiu na sarjeta da canalhice e divulgou que o jogo amistoso Brasil e Colômbia seria no Estádio Nilton Santos.  Aprendam, deixem de patetice pelo menos agora, quando os dois países entram em campo para angariar recursos para as vítimas da tragédia com atletas da Chapecoense: O Engenhão é Estádio Olímpico João Havelange.
Tem até placa no estádio. Ou será que foi arrancada e destruída pelos venais e covardes de plantão, que ao contrário de Havelange, nunca fizeram nada de útil pelo futebol? A decisão de homenagear Havelange foi do então prefeito carioca, Cesar Maia. Mantida, a seguir, pelo prefeito Eduardo Paes.  O Engenhão só deixará de ser estádio Olímpico João Havelange, se o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivela, revogar o decreto de seus antecessores, Maia e Paes.
Gesto nobre
Gesto nobre e exemplar do jovem que alugou casa, em São Paulo, para abrigar homossexuais expulsos de casa pelos pais . É de estarrecer. Lamentável que ainda existam pais sem coração, homofóbicos, sem sentimento de compaixão e aceitação. Completos idiotas.

Temer se garante até 2018

Com os sinais lentos de arrefecimento da recessão econômica e com o País sob impacto do falecimento da esposa do ex-presidente Lula, Dona Marisa Letícia, ocorrido no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em decorrência de aneurisma cerebral, o presidente Michel Temer consolida sua gestão até 2018 elegendo o senador Eunício de Oliveira para a presidência do Senado Federal e reelegendo o deputado Rodrigo Maia para a Presidência da Câmara dos Deputados.
 
Temer vai conseguindo domar as ondas da "Operação Lava Jato"  e seu impacto entre os políticos e pacificar o sistema penitenciário a níveis operacionais imprevisíveis diante dos auspícios de uma situação internacional turbulenta por efeito do vendaval Donald Trump, que apenas está começando.
 
O Presidente Temer mantém incólume sua base aliada, incluindo o novo líder  no Senado, o belicoso senador Renan Calheiros, ex-presidente do Senado, que terá papel importante na aprovação das reformas essenciais para a recuperação do País, a da previdência, a trabalhista e a tributária. Hoje, Temer baixou medidas criando o Ministério dos Direitos Humanos e transformando o Ministério da Justiça em Ministério da Justiça e da Segurança Pública, para conter a crise no sistema penitenciário.
 
Temer é odiado pelas esquerdas porque sua gestão reflete toda a incapacidade do Lulopetismo de  transformar o Congresso Nacional em extensão do Governo, na tradição do Constitucionalismo contemporâneo.É um presidente que conhece os meandros dos poderes Legislativo e Judiciário, típico intérprete da tripartição de poderes de Montesquieu, um modelo que evita a assimetria e contém a impulsividade de um contra o outro.
 
Questões éticas e morais gravíssimas,que justificam a "Lava Jato" e exigem rígidos combate e punição aos corruptos, impõe o reordenamento do sistema eleitoral e partidário e a revisão das relações entre o voto e o capital, sob risco de a anarquia se transformar em opção de forma de governo no Brasil, em detrimento da República.
 
Em decisão esperada, embora revestida de sorteio, o Supremo Tribunal Federal  designou hoje o ministro Edson Fachin, um moderado, para levar adiante a relatoria dos processos de delações da "Operação Lava Jato", onde o juiz Sérgio Moro recolheu delações premiadas de 77 executivos da empresa Odebrecht envolvendo 120 nomes de políticos  em operações de corrupção.
 
Não há querubins e nem serafins para levarem avante o combate à corrupção, mas as redes sociais se transformaram na voz da sociedade e o Governo e os órgãos institucionais estão muito atentos e  em sintonia com esse polo de poder,que fiscaliza e pune  de forma implacável e com potencial energético ainda não mensurado pelos gênios da comunicação.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Brasil varre a corrupção

O Brasil se prepara para conhecer nomes de centenas de políticos, empresários e funcionários públicos envolvidos em esquemas de corrupção nos últimos governos do Lulopetismo, após delações de 77  funcionários da empreiteira Odebrecht à "Operação Lava Jato", coordenada pelo juiz Sérgio Moro.
 
As delações foram homologadas hoje pela presidente do Supremo Tribunal Federal -SFT-,ministra Carmén Lúcia, dando prosseguimento ao trabalho de relatoria do ministro Teori Zavaski, morto em estranho acidente de avião ocorrido em Paraty, Estado do Rio de Janeiro, às vésperas de fazer a homologação das denúncias e encaminhá-las para a Procuradoria Geral da República.
 
A decisão de Carmén Lúcia foi considerada corajosa nas redes sociais, mas os jornais e a televisão estavam esperando que a Ministra tomasse esse caminho antes que outros obstáculos surgissem dentro e fora do próprio colegiado que preside, onde ´há juízes sabidamente vinculados a diversos políticos e empresários denunciados.
 
O que vai acontecer nesta semana é imprevisível, pois o clima no País e, especialmente, em Brasília é de muita tensão, porque haveria nomes da alta cúpula do governo citados pelos delatores e agora sujeitos a prestar contas à Justiça juntamente com outros nomes que já estão na cadeia. O frisson aumentou com a prisão,hoje, do empresário Eike Batista, acusado de operações bilionárias com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com quem compôs organização criminosa. Ambos são muito amigos(ou foram) de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, que, aos poucos, vai sendo trazida à luz das investigações da "Lava Jato".
 
O Governo Michel Temer enfrenta o desafio dessa "denúncia do fim do mundo" em meio ao fogo cerrado dos problemas econômicos, à aprovação de medidas impopulares, como as reformas da previdência e trabalhista, e às eleições dos novos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, importantes decisões para sua base parlamentar.O deputado Rodrigo Maia, do Democratas do Rio de Janeiro, tende a ser reeleito, enquanto o senador Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará e nome marcado por acusações na "Lava Jato", deverá ser eleito para substituir na Presidência do Senado o poderoso e rebelde senador Renan Calheiros.
 
O Brasil vive um dos momentos políticos mais tormentosos de sua vida republicana, tendo que conviver com a violência dentro do sistema penitenciário, onde há 622 mil presos, e as suspeitas e confirmações de corrupção na política com desvios de bilhões de  dólares que estão fazendo falta à Nação.