domingo, 5 de fevereiro de 2012

Progresso,sim, mas com planejamento

Recebi de um leitor manifestação a respeito do artigo abaixo sobre a Amazônia, afirmando que eu quero defender a região, mas não fui capaz de identificar no vídeo que se trata de “Everglades”, nos Estados Unidos.

 Esclareço que o email veio de um amigo , que conhece muito bem a Amazônia e que lá atuou durante anos, na área de engenharia de construção rodoviária. Ele também estranhou a vegetação e manifestou dúvida quanto à autenticidade do vídeo, mas não garantiu que seja alguma montagem.

Mesmo assim, por entender que a defesa das florestas é uma causa nobre, preferi fornecer o link do videotexto e submetê-lo à crítica dos leitores, que considero sagrada neste blog. Fiz o mesmo em relação ao vídeo sobre Virginia Lane, a vedete que afirma que o Presidente Getúlio Vargas não se suicidou e que, sim, foi assassinado por quatro homens encapuzados, pois estava com ele em seu quarto.

Essa questão da Amazônia é emblemática. Não é apenas essa região, mas todas as regiões do planeta devem ser protegidas por uma política de exploração econômica racional e auto-sustentável dos seus recursos naturais, em especial as florestas, os rios, lagos e aqüíferos, que permitem a reposição da vegetação e das espécies animais.

Não defendo que tais recursos fiquem adormecidos em berço esplêndido, quando o homem deles necessita para sua sobrevivência. Mas, todo o noticiário a respeito da devastação de florestas pouco menciona sobre a reposição das mesmas.

Noutro dia, em Goiás, um jovem fazendeiro se gabava de ter derrubado um jacarandá antigo com uma motoserra. Indagei-lhe a razão de tal ato, e ele respondeu que precisava da madeira. Perguntei se tinha replantado, e ele disse que não, pois aquela espécie leva anos para se desenvolver. Observei, então, que o seu filho ou neto seria beneficiado, e ele concordou comigo, um tanto constrangido.

Conheço o cerrado há quarenta anos e considero alarmante o processo de sua devastação para o plantio de soja e pecuária, sendo que muitos produtores e donos de empresas agrárias nem residem no Brasil e, tampouco, conhecem a região. Querem o enriquecimento a qualquer preço.

 Percorri a Amazônia por três ocasiões, visitando regiões inóspitas de difícil acesso até para turistas. Também visitei o Pantanal Mato-grossense três vezes. Residi dentro da Mata Atlântica durante dois anos, no litoral norte paulista.

 Conheço muito bem o Brasil inteiro, para garantir que a maioria dos rios, praias e mananciais está gravemente poluída por dejetos industriais e dilapidada por projetos imobiliários executados sem estudo de impacto ambiental.

A qualidade das relações do Homem com o Meio-Ambiente determina a qualidade das instituições que regem a vida do País. Omissão na defesa da Amazônia, por desconhecimento da mesma, pela maioria dos brasileiros, é o risco que um dia poderemos correr pela perda da soberania brasileira na região. 

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