Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)
Atualidades no Mundo
Mercado
de Energia – Aparentemente, tudo está calmo e o futuro se mostra
risonho. A histeria do aquecimento global já foi desmoralizada, e os
países mais adiantados voltaram a utilizar a energia barata do carvão, além da
descoberta de novas fontes.
A
utilização do gás de xisto gerou um excedente de carvão nos EUA, que foi
vendido a preço baixo aliviando a economia européia. Caso sejam confirmadas as
melhores expectativas sobre o gás do xisto, haverá uma revolução na economia
mundial.
Os EUA
ressurgirão como potência industrial, o preço do petróleo cairá, talvez
inviabilizando projetos como o do pré-sal e o do etanol. Entretanto, persiste a
desconfiança de que o propalado gás não
seja tão barato como foi anunciado e que a guerra pelo petróleo possa
recrudescer.
Mercado
Financeiro - Além da imensa quantidade de dólares sem lastro no mundo, está
havendo novas emissões, com o valor sustentado por informações que podem ser
falaciosas, e o mercado acionário poderá passar por um derretimento.
Cresce a
consciência de que os grandes problemas mundiais são, em grande parte,
manipulados por um pequeno grupo de grandes financistas internacionais.
Situação
geopolítica – Cada vez mais ninguém consegue competir com as industrias da
China. Os EUA baseiam suas esperanças no gás do xisto. Se não der certo, não
saberão o que fazer. Detroit, que já foi o símbolo da indústria, está às
moscas. Notícias não confirmadas de que o gás do xisto esteja sendo subsidiado
põe em dúvida a sustentabilidade da recuperação norte-americana, enquanto o
Euro permanece na Unidade de Terapia
Intensiva-UTI.
Para as
potências ocidentais, a única saída parece ser o protecionismo, mas isto não
impedirá a perda de seus mercados no Terceiro Mundo para a China, e não terão
como pagar pelos recursos naturais que necessitarem para suprir sua protegida indústria,
mesmo restrita ao mercado interno.
Mais do
que possível, este é o cenário mais provável. Acontecendo, poucos países
sobreviveriam em boas condições, entre eles o nosso, se conseguir dissuadir
aventuras desesperadas do estrangeiro. Tudo pode acontecer, inclusive uma
guerra. Enfim, o mundo nunca foi mesmo um lugar tranqüilo como gostaríamos que
fosse.
Atualidades no Brasil
Observa-se,
com tristeza, o esvaziamento das esperanças no Governo. Algumas das decisões já
causavam contrariedades, mas não haviam lhe abalado a aprovação. Os leilões do
pré-sal e outras privatizações aproximaram a administração do entreguismo
tucano e o aumento dos juros, agravando os custos e corroendo a produtividade,
isto já era percebido como inútil para conter a inflação; apesar da rendição
aos rentistas, a aprovação do Governo ainda mantinha-se alta, principalmente em
relação aos governos anteriores.
Aí vieram
as manifestações... Não eram, em principio, contra a pessoa da Presidente, mas
contra a corrupção, muito mais em evidência no Legislativo e no Judiciário.
Seria o momento ideal para a “faxina”, desejada e pedida nas ruas, mas,
provavelmente assessorada pelo Lula, a Governante, preferiu distribuir benesses
para garantir o apoio parlamentar de seus interesseiros aliados políticos, e
perdeu, em grande parte, a folgada aprovação que tinha.
Os
conflitos no campo recrudescem e, por pressão dos “aliados” esquerdistas, a
solução não está à vista. As Forças Armadas, com seu já precário orçamento contingenciado,
não tem como estar satisfeitas em ver debilitada sua força de dissuasão para
que o Governo pague mais juros, distribua benesses e mesmo permita os mais
descarados roubos. Pior ainda, assistir a progressiva secessão das áreas
indígenas, orientada do estrangeiro. Já se fala até em nova revolução.
Na
verdade, o que sustenta a Dilma é seu apoio popular (declinante, mas ainda
grande) e o fato de que todos os postulantes ao cargo são ainda piores.Estamos
mal!
Atualidades no Meio Ambiente
-
Nevascas e o aquecimento global - O Oceano Ártico está derretendo, é
certo, mas no Hemisfério Norte, no inverno boreal, as nevascas avançam cada vez
mais.
Em nenhum
registro da História, houve tanta neve como neste ano, no sul do Brasil.
O clima
está mudando, sabemos. Aliás, sempre esteve, mas atribuir o frio ao aquecimento
global parece burrice demais... parece, mas não é, pois trata-se de campanha muito
bem pensada para auxiliar os ambientalistas a travarem a nossa agricultura. Só
o Governo ainda não entendeu.
Espionagem e Intervenções
As
revelações de Snowden provocaram reações, ainda que tal atuação já fosse
conhecida há muitos anos. Pior que a espionagem foram as sabotagens e as
intervenções, e não somente dos EUA, para abortar programas capazes de
incrementar o nosso desenvolvimento tecnológico ou econômico. Vale tudo para
evitar um novo “Japão” ao sul do Equador.
É claro
que, muitas vezes, essas intervenções contaram com a cegueira e mesmo com a
colaboração dos governantes que elegemos. Nisso, além da fraquejada do fim do
governo militar, tivemos a traição do período Fernando Henrique Cardoso- FHC-.Com a
privatização da Embratel, as comunicações telefônicas ficaram na mão de firmas
estrangeiras que, ao contrário de algumas nossas, costumam serem leais às suas
nações. Mesmo antes do “Echelon”, já não podíamos mesmo manter segredos de
Estado.
Entre as
intervenções, acredita-se terem feito explodir o míssil da missão espacial
brasileira, na base de Alcântara, matando seus mais de 20 membros, no momento
do lançamento. Além disso, os EUA pressionaram a Ucrânia para não
transferir tecnologia ao Brasil, como havia sido combinado.
Por
momentos, tivemos vislumbre de independência durante o governo militar,
vislumbre que se esvaiu com o choque do petróleo e a fraqueza do
governante. Depois, vivemos o período das traições, do desmanche
deliberado da Pátria, seguido pelo da corrupção desenfreada, só por instantes
ameaçada pelos ensaios de faxina da Presidente.
Agora,
retornam em força as intervenções estrangeiras. Sentindo-se enfraquecida, Dilma
se rendeu. Atendeu seus gulosos aliados em busca de apoio político e, pior,
cedeu às pressões do sistema financeiro internacional com os juros e retomou as
traições estilo FHC no pré-sal e em Alcântara.
Estamos
mal. O sonho acabou. A coragem que a Presidente exibia era um mito e não mais
podemos segui-la. Entretanto, chegamos a um impasse: Seguir a quem? A que? –
Aos entreguistas do time do FHC? – À Marina, a serviço da casa real inglesa? Estamos
em um beco- sem- saída e não podemos voltar. Teremos que romper essas paredes
que nos impedem o caminho, se quisermos ir adiante.
Seis passos para destruir um rival potencial sem guerra
1º- Criar
dependência
Há
milênios que se sabe: podemos domesticar um animal, se o acostumamos a comer da
nossa mão. Isto também vale para um povo inocente e crédulo. Assim, pode ser em
termos de créditos desnecessários, assistência militar ou de qualquer outro
tipo, mas principalmente acostumá-lo a depender de firmas estrangeiras para sua
subsistência e seu emprego.
Para
isto, naturalmente, é preciso bloquear toda iniciativa local que possa levar a
algum desenvolvimento autônomo. Na esfera privada, progressivamente, a
atividade produtiva vai sendo transferida para o domínio de empresas
estrangeiras.
Firmas
nacionais que não puderem ser bloqueadas devem ser compradas ao preço que for e
posteriormente fechadas. As firmas estatais que não puderem ser sabotadas devem
ser privatizadas, seja lá o que tiver que ser pago aos governantes corruptos.
Se forem muito lucrativas, continuarão vivas, talvez até mais dinâmicas, mas
sob o controle estrangeiro.
Quando
grande parcela da população depender de estrangeiros para seus empregos e sua
subsistência, o País estará pronto para ser domesticado. Até que será um jugo
suave. A mais cruel das “dependências”, propositalmente criada e a História
registra, foi praticada pela Inglaterra contra a China por meio do ópio.
2º -
Quebrar a autoestima do país-alvo
Idealizando-se
um way of life estrangeiro em detrimento dos valores locais, se consegue
criar um complexo de vira-lata, de tal forma que mesmo os melhores valores
chegam a ser desprezados, criando a desafeição pela própria terra.
Não se
trata, em Guerra de 4ª Geração, de aperfeiçoar uma cultura, mas sim de cortar
as ligações emocionais com a própria pátria. O cinema americano, nem sempre
propositalmente, foi eficiente nesse papel. A imprensa e a televisão, mais
objetivamente dirigidas, cuidam de destruir toda autoestima do povo-alvo,
ressaltando somente seus defeitos.
É difícil
se contrapor, pois o poder da influência é incomensurável. Controlando os meios
de comunicação, se elegem políticos comprometidos para o Executivo
e o Legislativo e influencia até no Judiciário, mas isto é só a consequência, A
verdadeira conquista foi do coração e da mente da população vítima.
3º-
Quebrar a vontade de resistir
A moderna
ciência da Polemologia nos ensina que o Poder é o Potencial multiplicado pela
vontade, ou seja, pela disposição de lutar. Não havendo disposição para lutar,
por maior que seja o potencial, o resultado da multiplicação será igual a zero.
A História nos mostra alguns exemplos: As hordas de Gengis Kan ameaçando a todos
com morte horrível conseguir rendições sem luta. A sutil chantagem atômica
contribuiu para a fraca resistência nas Malvinas.
Entretanto,
nenhum dos exemplos históricos se compara ao maquiavelismo empregado contra o
Brasil para quebrar a vontade de resistir às pressões e às ameaças. Iniciou-se,
inocentemente, com a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança – não se
arrisque, sua vida é preciosa. Prosseguiu com a campanha do desarmamento –
possuir armas é perigoso. Mais seguro é ceder. O importante é a vida. E
prosseguia a campanha de acovardamento – não olhe para o bandido. Leve algum
dinheiro para que o ladrão não fique aborrecido e faça represálias. A vida é o
bem mais precioso (mais que a honra, certamente).
Quebrada
a disposição das pessoas para resistir mesmo às mínimas ameaças, como esperar
que a nação resista se ameaçada? Que se defenda com unhas e dentes, se a vida é
o bem maior? E todo um povo, outrora valente, fica pronto a ser escravizado,
pelos bandidos daqui e de fora.
4º -
Dividir as pessoas em segmentos hostis
Divide e
impera, já diziam os antigos romanos. Esse procedimento, usado por todos os
conquistadores ao longo da História, foi a estratégia da União Soviética para a
expansão de seu império: incentivar a luta de classes para enfraquecer os
adversários, quando não para tomar o poder. Superada (ou quase superada)
a fase da luta de classes como na queda da União Soviética, os anglo-americanos
se viram livres para investir na principal vulnerabilidade dos países
emergentes – a multiplicidade étnica e religiosa.
Cada um
dos atingidos se defende como pode. A China controla as minorias a ferro e
fogo, como só uma ditadura pode fazer. A Rússia faz a guerra aberta, a Índia
usa sua cultura sem abdicar o uso da força. O Brasil, mais tolerante, mais miscigenado e,
portanto, menos vulnerável ainda não percebeu a extensão do problema.
Entretanto, o aparato internacional investe fundo na divisão étnica e se
revelou realmente perigoso. Com o auxílio de traidores, já separou 15% do
território em “nações” indígenas, das quais várias reivindicam abertamente a
independência.
O caminho
da secessão está aberto e também o da guerra civil. Daqui a uma intervenção
militar será irresistível, principalmente com as Forças de Defesa desmanteladas.
Vale a
pena aprofundar-se nessa questão que muito influenciará nossas vidas, A melhor
análise está no livro “Quem Manipula os Povos Indígenas”, da Capax
Editora,tel.0 21 25103656, que magistralmente, expõe o aparato
internacional que controla esta guerra.
5º
Reduzir a taxa de natalidade do país-alvo
Todo
estrategista sabe que as fronteiras não são sagradas nem foram traçadas por
Deus. Que são resultado de pressões; pressões militares, culturais, econômicas
e demográficas, sendo esta última a única capaz de garantir que uma conquista
dure para sempre. Pois bem, na medida em que uma população diminui, seu poder
se esvai.
Se for
verdade que as taxas de natalidade dos países desenvolvidos estão diminuindo
espontaneamente, nos emergentes e nos subdesenvolvidos isto é incentivado, por
motivos óbvios. Com apenas dois filhos por casal, a população já diminuirá e,
baixando a 1,3 crianças por casal, é a condenação à extinção do grupo social.
Quem
dispuser de um vasto território, como o brasileiro, e não o povoar, mais cedo
ou mais tarde, vai perdê-lo .
6º -
Detonar as Forças Armadas.
No
fundo, o Direito se ampara na força que o sustenta. Não só o Direito como tudo
o mais. Sem seus duros lanceiros não haveria nem a cultura grega, berço da
civilização Ocidental.
O
ideal de qualquer conquistador é eliminar completamente qualquer força de
reação, mas como isto é quase impossível, o objetivo passa a ser reduzir ao
máximo sua força
bélica, mantendo os militares com as suas reservas baixas, tanto de munição,
víveres e combustível e com seu armamento tão obsoleto e sucateado quanto
possível. Ao mesmo tempo, procura-se desviar as Forças de sua missão
primordial, orientando-as para missões policiais, combate ao narcotráfico e de
outros desvios, esquecendose de suas reais finalidades.
Seguindo
este modelo, nossas Forças, sem recursos e com equipamento
obsoleto, chegaram a imaginar a suspensão de suas atividades nas sextas-feiras,
porque nos quartéis, nos navios e nas bases aéreas não há dinheiro nem para o
almoço dos soldados ,enquanto aviões da
FAB transportam políticos para o seu lazer....
Não foi a
primeira vez que ocorreu a destruição da nossa força bélica: já aconteceu no
início da República pelo distorcido positivismo de Benjamin Constant e agora,
maquiavelicamente, desde que os militares deixaram o poder,em 1985. Por
momentos, o governo atual pareceu reverter esse rumo, mas ,certamente ,as
pressões foram grandes demais e ele se rendeu. Aliás, a grande rendição
foi quando renunciou unilateralmente a desenvolver armas nucleares.
Sem
Forças Armadas com poder dissuasório, o Brasil jamais será uma nação realmente
independente, soberana e com chances de se desenvolver. Detonar as Forças
Armadas é acabar com a última esperança. E ela está acabando.
Que Deus
proteja a todos nós!
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