quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Atualidades no Mundo, no País e no Meio Ambiente, Espionagem e intervenções e Os seis passos para destruir rival sem recorrer à guerra

 

Gélio Fregapani(Membro da Academia Brasileira de Defesa)
 
Atualidades no Mundo
 
Mercado de Energia – Aparentemente, tudo está calmo e o futuro se mostra risonho. A histeria do aquecimento global já foi desmoralizada, e os países mais adiantados voltaram a utilizar a energia barata do carvão, além da descoberta de novas fontes.
 
A utilização do gás de xisto gerou um excedente de carvão nos EUA, que foi vendido a preço baixo aliviando a economia européia. Caso sejam confirmadas as melhores expectativas sobre o gás do xisto, haverá uma revolução na economia mundial.
 
Os EUA ressurgirão como potência industrial, o preço do petróleo cairá, talvez inviabilizando projetos como o do pré-sal e o do etanol. Entretanto, persiste a desconfiança  de que o propalado gás não seja tão barato como foi anunciado e que a guerra pelo petróleo possa recrudescer.
 
Mercado Financeiro - Além da imensa quantidade de dólares sem lastro no mundo, está havendo novas emissões, com o valor sustentado por informações que podem ser falaciosas, e o mercado acionário poderá passar por um derretimento.
 
Cresce a consciência de que os grandes problemas mundiais são, em grande parte, manipulados por um pequeno grupo de grandes financistas internacionais.
 
Situação geopolítica – Cada vez mais ninguém consegue competir com as industrias da China. Os EUA baseiam suas esperanças no gás do xisto. Se não der certo, não saberão o que fazer. Detroit, que já foi o símbolo da indústria, está às moscas. Notícias não confirmadas de que o gás do xisto esteja sendo subsidiado põe em dúvida a sustentabilidade da recuperação norte-americana, enquanto o Euro permanece na  Unidade de Terapia Intensiva-UTI.
 
Para as potências ocidentais, a única saída parece ser o protecionismo, mas isto não impedirá a perda de seus mercados no Terceiro Mundo para a China, e não terão como pagar pelos recursos naturais que necessitarem para suprir sua protegida indústria, mesmo restrita ao mercado interno.
Mais do que possível, este é o cenário mais provável. Acontecendo, poucos países sobreviveriam em boas condições, entre eles o nosso, se conseguir dissuadir aventuras desesperadas do estrangeiro. Tudo pode acontecer, inclusive uma guerra. Enfim, o mundo nunca foi mesmo um lugar tranqüilo como gostaríamos que fosse.
 
Atualidades no Brasil
Observa-se, com tristeza, o esvaziamento das esperanças no Governo. Algumas das decisões já causavam contrariedades, mas não haviam lhe abalado a aprovação. Os leilões do pré-sal e outras privatizações aproximaram a administração do entreguismo tucano e o aumento dos juros, agravando os custos e corroendo a produtividade, isto já era percebido como inútil para conter a inflação; apesar da rendição aos rentistas, a aprovação do Governo ainda mantinha-se alta, principalmente em relação aos governos anteriores.
 
Aí vieram as manifestações... Não eram, em principio, contra a pessoa da Presidente, mas contra a corrupção, muito mais em evidência no Legislativo e no Judiciário. Seria o momento ideal para a “faxina”, desejada e pedida nas ruas, mas, provavelmente assessorada pelo Lula, a Governante, preferiu distribuir benesses para garantir o apoio parlamentar de seus interesseiros aliados políticos, e perdeu, em grande parte, a folgada aprovação que tinha.
 
Os conflitos no campo recrudescem e, por pressão dos “aliados” esquerdistas, a solução não está à vista. As Forças Armadas, com seu já precário orçamento contingenciado, não tem como estar satisfeitas em ver debilitada sua força de dissuasão para que o Governo pague mais juros, distribua benesses e mesmo permita os mais descarados  roubos. Pior ainda, assistir a progressiva secessão das áreas indígenas, orientada do estrangeiro. Já se fala até em nova revolução.
 
Na verdade, o que sustenta a Dilma é seu apoio popular (declinante, mas ainda grande) e o fato de que todos os postulantes ao cargo são ainda piores.Estamos mal!
 
Atualidades no Meio Ambiente
 - Nevascas e o aquecimento global -  O Oceano Ártico está derretendo, é certo, mas no Hemisfério Norte, no inverno boreal, as nevascas avançam cada vez mais.
 
Em nenhum registro da História, houve tanta neve como neste ano, no sul do Brasil.
 
 
 
O clima está mudando, sabemos. Aliás, sempre esteve, mas atribuir o frio ao aquecimento global parece burrice demais... parece, mas não é, pois trata-se de campanha muito bem pensada para auxiliar os ambientalistas a travarem a nossa agricultura. Só o Governo ainda não entendeu.
 
Espionagem e Intervenções
 
As revelações de Snowden provocaram reações, ainda que tal atuação já fosse conhecida há muitos anos. Pior que a espionagem foram as sabotagens e as intervenções, e não somente dos EUA, para abortar programas capazes de incrementar o nosso desenvolvimento tecnológico ou econômico. Vale tudo para evitar um novo “Japão” ao sul do Equador.
 
É claro que, muitas vezes, essas intervenções contaram com a cegueira e mesmo com a colaboração dos governantes que elegemos. Nisso, além da fraquejada do fim do governo militar, tivemos a traição do período  Fernando Henrique Cardoso- FHC-.Com a privatização da Embratel, as comunicações telefônicas ficaram na mão de firmas estrangeiras que, ao contrário de algumas nossas, costumam serem leais às suas nações. Mesmo antes do “Echelon”, já não podíamos mesmo manter segredos de Estado.
 
Entre as intervenções, acredita-se terem feito explodir o míssil da missão espacial brasileira, na base de Alcântara, matando seus mais de 20 membros, no momento do lançamento.  Além disso, os  EUA pressionaram a Ucrânia para não transferir tecnologia ao Brasil, como havia sido combinado.
 
Por momentos, tivemos vislumbre de independência durante o governo militar, vislumbre que se esvaiu com o choque do petróleo e a fraqueza do governante.  Depois, vivemos o período das traições, do desmanche deliberado da Pátria, seguido pelo da corrupção desenfreada, só por instantes ameaçada pelos ensaios de faxina da Presidente.
 
Agora, retornam em força as intervenções estrangeiras. Sentindo-se enfraquecida, Dilma se rendeu. Atendeu seus gulosos aliados em busca de apoio político e, pior, cedeu às pressões do sistema financeiro internacional com os juros e retomou as traições estilo FHC no pré-sal e em Alcântara.
 
Estamos mal. O sonho acabou. A coragem que a Presidente exibia era um mito e não mais podemos segui-la. Entretanto, chegamos a um impasse: Seguir a quem? A que? – Aos entreguistas do time do FHC? – À Marina, a serviço da casa real inglesa? Estamos em um beco- sem- saída e não podemos voltar. Teremos que romper essas paredes que nos impedem o caminho, se quisermos ir adiante.
 
Seis passos para destruir um rival potencial sem guerra
 
1º- Criar dependência
Há milênios que se sabe: podemos domesticar um animal, se o acostumamos a comer da nossa mão. Isto também vale para um povo inocente e crédulo. Assim, pode ser em termos de créditos desnecessários, assistência militar ou de qualquer outro tipo, mas principalmente acostumá-lo a depender de firmas estrangeiras para sua subsistência e seu emprego.
 
Para isto, naturalmente, é preciso bloquear toda iniciativa local que possa levar a algum desenvolvimento autônomo. Na esfera privada, progressivamente, a atividade produtiva vai sendo transferida para o domínio de empresas estrangeiras.
 
Firmas nacionais que não puderem ser bloqueadas devem ser compradas ao preço que for e posteriormente fechadas. As firmas estatais que não puderem ser sabotadas devem ser privatizadas, seja lá o que tiver que ser pago aos governantes corruptos. Se forem muito lucrativas, continuarão vivas, talvez até mais dinâmicas, mas sob o controle estrangeiro.
 
Quando grande parcela da população depender de estrangeiros para seus empregos e sua subsistência, o País estará pronto para ser domesticado. Até que será um jugo suave. A mais cruel das “dependências”, propositalmente criada e a História registra, foi praticada pela Inglaterra contra a China por meio do ópio.
 
2º - Quebrar a autoestima do país-alvo
 
Idealizando-se um way of life estrangeiro em detrimento dos valores locais, se consegue criar um complexo de vira-lata, de tal forma que mesmo os melhores valores chegam a ser desprezados, criando a desafeição pela própria terra.
 
Não se trata, em Guerra de 4ª Geração, de aperfeiçoar uma cultura, mas sim de cortar as ligações emocionais com a própria pátria. O cinema americano, nem sempre propositalmente, foi eficiente nesse papel. A imprensa e a televisão, mais objetivamente dirigidas, cuidam de destruir toda autoestima do povo-alvo, ressaltando somente seus defeitos.
É difícil se contrapor, pois o poder da influência é incomensurável. Controlando os meios de comunicação, se elegem políticos comprometidos  para o  Executivo e o Legislativo e influencia até no Judiciário, mas isto é só a consequência, A verdadeira conquista foi do coração e da mente da população vítima.
 
3º-  Quebrar  a vontade de resistir
A moderna ciência da Polemologia nos ensina que o Poder é o Potencial multiplicado pela vontade, ou seja, pela disposição de lutar. Não havendo disposição para lutar, por maior que seja o potencial, o resultado da multiplicação será igual a zero. A História nos mostra alguns exemplos: As hordas de Gengis Kan ameaçando a todos com morte horrível conseguir rendições sem luta. A sutil chantagem atômica contribuiu para a fraca resistência nas Malvinas.
 
Entretanto, nenhum dos exemplos históricos se compara ao maquiavelismo empregado contra o Brasil para quebrar a vontade de resistir às pressões e às ameaças. Iniciou-se, inocentemente, com a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança – não se arrisque, sua vida é preciosa. Prosseguiu com a campanha do desarmamento – possuir armas é perigoso. Mais seguro é ceder. O importante é a vida. E prosseguia a campanha de acovardamento – não olhe para o bandido. Leve algum dinheiro para que o ladrão não fique aborrecido e faça represálias. A vida é o bem mais precioso (mais que a honra, certamente).
 
Quebrada a disposição das pessoas para resistir mesmo às mínimas ameaças, como esperar que a nação resista se ameaçada? Que se defenda com unhas e dentes, se a vida é o bem maior? E todo um povo, outrora valente, fica pronto a ser escravizado, pelos bandidos daqui e de fora.
 
4º - Dividir as pessoas em segmentos hostis
Divide e impera, já diziam os antigos romanos. Esse procedimento, usado por todos os conquistadores ao longo da História, foi a estratégia da União Soviética para a expansão de seu império: incentivar a luta de classes  para enfraquecer os adversários, quando não para tomar o  poder. Superada (ou quase superada) a fase da luta de classes como na queda da União Soviética, os anglo-americanos se viram livres para investir na principal vulnerabilidade dos países emergentes – a multiplicidade étnica e religiosa.
Cada um dos atingidos se defende como pode. A China controla as minorias a ferro e fogo, como só uma ditadura pode fazer. A Rússia faz a guerra aberta, a Índia usa sua cultura sem abdicar o uso da força. O  Brasil, mais tolerante, mais miscigenado e, portanto, menos vulnerável ainda não percebeu a extensão do problema. Entretanto, o aparato internacional investe fundo na divisão étnica e se revelou realmente perigoso. Com o auxílio de traidores, já separou 15% do território em “nações” indígenas, das quais várias reivindicam abertamente a independência.
O caminho da secessão está aberto e também o da guerra civil. Daqui a uma intervenção militar será irresistível, principalmente com as Forças de Defesa desmanteladas.
 
Vale a pena aprofundar-se nessa questão que muito influenciará nossas vidas, A melhor análise está no livro “Quem Manipula os Povos Indígenas”, da Capax Editora,tel.0 21 25103656, que magistralmente, expõe o aparato internacional que controla esta guerra.
 
5º Reduzir a taxa de natalidade do país-alvo
Todo estrategista sabe que as fronteiras não são sagradas nem foram traçadas por Deus. Que são resultado de pressões; pressões militares, culturais, econômicas e demográficas, sendo esta última a única capaz de garantir que uma conquista dure para sempre. Pois bem, na medida em que uma população diminui, seu poder se esvai.
 
Se for verdade que as taxas de natalidade dos países desenvolvidos estão diminuindo espontaneamente, nos emergentes e nos subdesenvolvidos isto é incentivado, por motivos óbvios. Com apenas dois filhos por casal, a população já diminuirá e, baixando a 1,3 crianças por casal, é a condenação à extinção do grupo social.
Quem dispuser de um vasto território, como o brasileiro, e não o povoar, mais cedo ou mais tarde, vai perdê-lo .
 
6º - Detonar as Forças Armadas.
No fundo, o Direito se ampara na força que o sustenta. Não só o Direito como tudo o mais. Sem seus duros lanceiros não haveria nem a cultura grega, berço da civilização Ocidental.
 
O ideal de qualquer conquistador é eliminar completamente qualquer força de reação, mas como isto é quase impossível, o objetivo passa a ser reduzir ao máximo sua força bélica, mantendo os militares com as suas reservas baixas, tanto de munição, víveres e combustível e com seu armamento tão obsoleto e sucateado quanto possível. Ao mesmo tempo, procura-se desviar as Forças de sua missão primordial, orientando-as para missões policiais, combate ao narcotráfico e de outros desvios, esquecendose de suas reais finalidades.
 
Seguindo este modelo, nossas Forças, sem recursos e com equipamento obsoleto, chegaram a imaginar a suspensão de suas atividades nas sextas-feiras, porque nos quartéis, nos navios e nas bases aéreas não há dinheiro nem para o almoço dos soldados ,enquanto  aviões da FAB transportam políticos para o seu lazer....
 
Não foi a primeira vez que ocorreu a destruição da nossa força bélica: já aconteceu no início da República pelo distorcido positivismo de Benjamin Constant e agora, maquiavelicamente, desde que os militares deixaram o poder,em 1985. Por momentos, o governo atual pareceu reverter esse rumo, mas ,certamente ,as pressões foram grandes demais e ele se rendeu. Aliás, a grande rendição foi  quando renunciou unilateralmente a desenvolver armas nucleares.
 
Sem Forças Armadas com poder dissuasório, o Brasil jamais será uma nação realmente independente, soberana e com chances de se desenvolver. Detonar as Forças Armadas  é acabar  com a última esperança. E ela está acabando.
Que Deus proteja a todos nós!
 


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