segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Há generais com pólvora no fuzil...


Fala-se numa possível candidatura do ministro Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, STF- à presidência da República, nas eleições de 2014, pelo Partido Militar Brasileiro, PMB-, cujo registro está sendo providenciado junto ao Tribunal Superior Eleitoral –TSE pelos criadores da legenda, entre os quais o capitão Augusto Rosa.

Na hipótese de Barbosa não aceitar disputar a presidência, um nome que acredito viável para enfrentar Dilma, Marina e outros candidatos é o do general-de-exército da reserva Augusto Heleno. Matéria aqui postada, em 6 de janeiro de 2012, continua sendo procurada para leitura pelos internautas brasileiros e estrangeiros.

Mesmo na reserva e sujeito ao Regulamento Disciplinar do Exército, o general continua sendo alvo de interesse, pelas suas opiniões francas reveladas mediante “tuitadas”. Seu nome não é descartado pelos próprios militares da ativa, como opção, caso o ministro Barbosa rejeite de fato a sua filiação ao  PMB e  o lançamento de sua candidatura.

Oficiais de alta patente da ativa e da reserva estão insatisfeitos com a Comissão da Verdade, constituída pelo governo, no Congresso Nacional, para apurar eventuais abusos contra direitos humanos praticados no período do regime militar instaurado em 1964. Entendem que os atos dos dois lados foram zerados pela Lei da Anistia, editada em 1979 pelo Presidente João Figueiredo.

Recentemente, membros dessa comissão  no Rio de Janeiro foram barrados na entrada de  um dos prédios onde funcionavam as instalações do DOI-CODI (órgão repressor) e onde, supostamente, teriam sido praticadas torturas a presos políticos. O Comando Militar do Leste vetou o ingresso, alegando que as instalações são federais e a comissão estadual não tem autorização legal para fazer diligências naquele  âmbito.

 Há uma longa lista de nomes de chefes militares circulando pela Internet com declarações de insatisfação com a tal Comissão da Verdade e o Governo Dilma. As relações entre os militares e o governo podem azedar a qualquer momento, diante do clamor popular contra a corrupção disseminada e os atos de vandalismo nas manifestações de ruas, visivelmente dissociados das intenções da sociedade  pela moralização do País e melhores condições na saúde , transporte, educação e segurança pública.

A Comissão da Verdade é agora a gota d’água e o marco delimitador do clima de tolerância da parte de  influentes oficiais da ativa e da reserva com a situação política atual, com os atos de corrupção e as limitações orçamentárias para as Forças Armadas. Em suma, há muitos generais com pólvora no fuzil...

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