A angústia em que vive a
ex-senadora Marina Silva e os seus assessores, diante da expiração do prazo de
registro da Rede Sustentabilidade, no Tribunal Superior Eleitoral - TSE-, no
próximo dia 5, tem por responsável a própria Marina, que não deu muita
importância ao prazo para a coleta das 492 mil assinaturas, o mínimo exigido
para registro da agremiação, que, contabiliza 440 mil assinaturas.
Marina, que é apontada como a
segunda colocada nas intenções de votos, nas pesquisas mais recentes, que a
colocam dessa forma como a rival em potencial da Presidente Dilma Rousseff, nas
eleições presidenciais de 2014, vem cometendo o pecado de argumentar que sua
posição nas pesquisas justifica a concessão à Rede Sustentabilidade, pela qual
disputaria as eleições. Não é esse o critério, da legitimidade perante o
eleitorado, mas, sim, o preenchimento dos requisitos legais para o registro partidário. No
grito, Marina não vai ganhar...
Outro pecado cometido por Marina
foi o seu comodismo, após deixar o Partido Verde, pelo qual disputou com Dilma as
últimas eleições e teve cerca de 20 milhões de votos. Em setembro de 2012,
conversando com um dos seus assessores, especialista em legislação eleitoral,
ouvi dele que Marina Silva estava demorando demais a montar seu partido e que
teria problemas mais à frente, apesar de ser advertida que sua indecisão poderia
lhe custar caro.
Agora, constato que aquele
assessor, um experiente ex-parlamentar, com quem conversei em “off”, estava
coberto de razão... Político precisa de uma noção exata do “timing” político
para qualquer disputa. Ulysses Guimarães dizia que “o tempo não perdoa o que se
faz sem ele...”Aguardemos o desfecho dessa situação dramática para Marina e sua
equipe.
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