domingo, 29 de setembro de 2013

Marina escorrega no "timing" político


A angústia em que vive a ex-senadora Marina Silva e os seus assessores, diante da expiração do prazo de registro da Rede Sustentabilidade, no Tribunal Superior Eleitoral - TSE-, no próximo dia 5, tem por responsável a própria Marina, que não deu muita importância ao prazo para a coleta das 492 mil assinaturas, o mínimo exigido para registro da agremiação, que, contabiliza 440 mil assinaturas.

Marina, que é apontada como a segunda colocada nas intenções de votos, nas pesquisas mais recentes, que a colocam dessa forma como a rival em potencial da Presidente Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais de 2014, vem cometendo o pecado de argumentar que sua posição nas pesquisas justifica a concessão à Rede Sustentabilidade, pela qual disputaria as eleições. Não é esse o critério, da legitimidade perante o eleitorado, mas, sim, o preenchimento dos requisitos legais para o registro partidário. No grito, Marina não vai ganhar...

Outro pecado cometido por Marina foi o seu comodismo, após deixar o Partido Verde, pelo qual disputou com Dilma as últimas eleições e teve cerca de 20 milhões de votos. Em setembro de 2012, conversando com um dos seus assessores, especialista em legislação eleitoral, ouvi dele que Marina Silva estava demorando demais a montar seu partido e que teria problemas mais à frente, apesar de ser advertida que sua indecisão poderia lhe custar caro.

Agora, constato que aquele assessor, um experiente ex-parlamentar, com quem conversei em “off”, estava coberto de razão... Político precisa de uma noção exata do “timing” político para qualquer disputa. Ulysses Guimarães dizia que “o tempo não perdoa o que se faz sem ele...”Aguardemos o desfecho dessa situação dramática para Marina e sua equipe.

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