Gelio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
Seria o gás do xisto um blefe?
O planeta
buscava um substituto para o petróleo. Parece ter encontrado: o gás de xisto. A
reserva americana seria suficiente para abastecer o mercado por mais de cem
anos, o que mudou o panorama da geração de energia e derrubou o preço do
carvão. Em todo o mundo parecia que o combustível se tornaria mais abundante e
barato. O avanço tecnológico deveria reduzir os problemas ambientais, como a
contaminação hídrica e no futuro os EUA exportariam gás em volume capaz de
mudar o panorama mundial.
Essa nova
realidade interferirá na nossa política de produção de biocombustíveis? E no
mercado internacional de etanol? Certamente e também pode afetar o futuro
do pré-sal, mas...
Embora o gás de xisto, estimado em bilhões de
barris de energia líquida potencial, pareça ser a salvação dos EUA, surgem
algumas incertezas - O Pico Petrolífero continua a assustar o mundo. A Exxon
Mobil Corp. já abandonara o seu projeto do shale oil em 1982. Somado ao
afastamento da Chevron, em 2012, acende-se a luz amarela e a Shell Oil anunciou
o encerramento do seu projeto no Colorado. Isto pode não ser o capítulo final
nos esforços para desenvolver este recurso não convencional, mas não dá para
garantir. O gasto de bilhões pode ter sido uma tentativa fracassada, ou quem
sabe um blefe.
Antes se entoava que se avançassem com o programa
do xisto, os EUA produziriam 10 milhões de barris por dia, algo como a Arábia
Saudita. A Shell mostrou um pequeno local que havia produzido 2000 barris de
petróleo. Agora disse: vou sair desta pois a enorme quantidade de energia
calorífica necessária para a exploração pode tirar o sentido econômico. Neste
caso, como se explica o baixo preço do gás? Seria um blefe para manter o dólar
por mais algum tempo?
É só uma desconfiança. Se o gás de xisto
corresponder ao que foi anunciado, o século XXI será mesmo um século
norte-americano. Entretanto, isto pode ser um blefe, mas mesmo que se revele um
blefe, os altos preços do petróleo tornam provável que lá continue algum nível
de exploração do gás, pois a garantia da segurança energética, em certas
ocasiões, pode ser mais importante do que a própria economia.
O Leilão do campo de Libra (pré-sal )
Esse
leilão parece ser um erro estratégico, pois nenhum país leiloa áreas cujo
potencial de produção já é conhecido. Sugeriu-se que a Petrobras não teria
dinheiro suficiente para o projeto nem tem mais crédito com investidores para
reter o campo de Libra, cuja exploração garantiria a nossa independência
energética e grandes vantagens econômicas.
. O
fato é que “leiloar 10 bi de barris já descobertos não é uma boa ideia.
Afinal, porque não exploramos nós mesmos? - Tecnologia não nos falta.
Parte da imprensa noticia que a Petrobras não tem dinheiro nem crédito com
investidores para reter o campo de Libra. Falta dinheiro? Imprima-se. Isto
causa a mesma inflação que trazer dinheiro de fora e estranhamente foi
pedido só US$ 15 bilhões de sinal e 41% da produção enquanto até os países
atrasados exigem 80%. A ANP não merece confiança. Fora criada para agenciar
bons negócios para os alienígenas, informando e licitando áreas
petrolíferas sempre que a capacidade de concorrência da Petrobras estiver
esgotada. Já causou prej uízos incalculáveis ao Brasil.
A
Petrobrás também foi espionada pela NSA para obter vantagens. Será que a
Presidente não percebe? Quando ainda era candidata, parecia perceber. Recordemos
o que disse antes da eleição: “Desde já eu afirmo a minha posição: é um
crime privatizar a Petrobrás ou o pré-sal. Falo isto porque a poucos dias o
principal assessor do candidato Serra para a área de energia e ex-presidente da
ANP durante o governo FHC defendeu a privatização do pré-sal. Isto seria um
crime contra o Brasil porque o pré-sal é o nosso grande passaporte para o
futuro, e com ele o Brasil vai arrecadar bilhões de dólares. Essa riqueza será
inves tida nas áreas de educação, saúde, cultura, meio ambiente, ciência e
tecnologia e combate a pobreza, graças a uma lei criada pelo nosso governo com
a minha participação. Essa é a grande diferença entre o nosso projeto de
governo e o projeto da turma do contra. Nós acreditamos que o fortalecimento
das nossas empresas é bom para todo o povo brasileiro. Eles só pensam em vender
o patrimônio público.”
O que
teria mudado na cabeça da Presidente, o ideal ou as circunstâncias? Teria ela
se assustado com as perspectivas do gás de xisto? Há quem afirme que o País
precisa de dinheiro agora para desenvolver e que imprimir causaria inflação. É
um argumento falacioso, pois receber dinheiro de fora causa a mesma inflação
(mais dívidas e juros). Há também quem argumente que o petróleo perderá o valor
com o gás de xisto e que o lucro (apenas 15 bilhões) será agora ou nunca e que
se não ocorrer o desenvolvimento do gás, ainda nos sobraria os 41% do produto.
É outra argumentação tendenciosa, pois mesmo que o gás não seja um blefe,
substituirá muito mais o carvão do que o petróleo. O Brasil merece uma
explicação melhor.
Eleições
Antes da
entrada da Marina no páreo, sentíamos que teríamos de escolher entre dois
grupos: o dos esquerdistas corruptos e dos entreguistas também corruptos
(talvez um pouco menos corruptos, mas corruptos também). Agora, com Marina,
além das fortes acusações de corrupção e de obediência ao estrangeiro, entra em
campo algo pior: O atraso como ideal. Se ela conseguir por em prática a
orientação que recebe do movimento ambientalista mundial, certamente impedirá a
conclusão de Belo Monte (aliás de todas as hidrelétricas), deixando as
industrias sem energia, impedirá também a exploração de petróleo no mar e
criara tantos embaraços ao agronegócio que inviabilizará a agropecuária.
Causará a fome. Tanta fome que é capaz de matar mais cria nças do que o fez
Herodes ou mesmo mais pessoas do que qualquer genocida do século XX.
Haveria,
com a Marina, alguma coisa de bom? – Claro. Seriamos muito elogiados em Londres
e por todos os concorrentes no mundo desenvolvido!
Serão as
Forças Armadas a única coisa que funciona?
Em convênio
com o ministério da Integração Nacional, o Exército está construindo poços
artesianos em estados do Nordeste, para assegurar o acesso à água potável para
as famílias flageladas, com despesas muito menores que as da transposição do
rio São Francisco e potencialmente com resultados mais satisfatórios. Dentre os
poços já em construção, destaca-se o do Sítio Juá, no município de São João do
Sabugó (RN), que é o primeiro a utilizar, em caráter experimental, uma bomba
hidráulica alimentada por energia solar, que transportará a água do poço para
uma cisterna de 10 mil litros de capacidade.
Esperemos
que essa iniciativa não pare por aí...Uma solução para a seca não é de
interesse da politicalha do Nordeste.
Sob
pressão, Câmara pode arquivar PEC 215
Após
ruidosas ações por cerca de 1.500 pessoas, índios e disfarçados de índios
incluindo uma tentativa de invasão do Congresso em 2 de outubro, o presidente
da Câmara admitiu que a "tendência" é de arquivamento da Proposta da
PEC 215, que transferiria ao Congresso a atribuição de homologar novas terras
indígenas.
Além da
ameaça de invasão do Congresso, os internacionalizados indígenas estão
ameaçando bloquear as estradas de todo o Brasil durante a Copa do Mundo e a
Olimpíada do Rio.
Além das
ações indígenas, um grupo de seis militantes do Greenpeace escalou o mastro da
bandeira nacional que fica em frente ao Congresso e estenderam uma faixa com o
rosto de um indígena, com a frase "nossos bosques têm mais vida".
Segundo o coordenador da campanha Amazônia da ONG, Rômulo Batista, "o
Greenpeace está aqui para prestar solidariedade à luta dos indígenas pela
garantia de seus direitos e pela garantia da terra,
Na frente
internacional, o aparato indigenista se manifestou na sua capital mundial,
Londres. No dia 2, a ONG Survival International realizou um protesto diante da
embaixada brasileira, em apoio às mobilizações indigenistas no Brasil. Lá, o
índio Nixiwaka Yawanawá, afirmou: "Estamos aqui para apoiar os nossos
irmãos indígenas no Brasil que estão enfrentando o pior ataque aos seus
direitos em décadas. Os povos indígenas brasileiros têm vivido nas suas terras
desde sempre e nós não podemos viver sem elas.
Essas
novas leis significariam o fim dos nossos direitos às nossas terras e não podem
ser aprovadas.
Os índios
exigem ainda a demarcação e homologação de uma série de novas terras, sugerindo
que nem o possível arquivamento da PEC 215 impedira novas invasões. Como
consequencia teremos novas expulsões de proprietários rurais de terras
produtivas ocupadas há décadas.
Que Deus guarde a todos nós!
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