Era
o que Marina Silva queria: Deixar se seduzir por um partido mais profissional, o Partido Socialista
Brasileiro –PSB-, em vez de disputar eleição presidencial por um partido novo,
arrivista, romântico e desvinculado das forças empresariais – que seria a Rede
Sustentabilidade.
Nessa
aliança com Eduardo Campos, o governador de Pernambuco cortejado pelas
oposições e pelo próprio Governo, Marina está mais credenciada a ser cabeça de
chapa, pois tem 20% das intenções de voto contra 38% de Dilma Rousseff, do
Partido dos Trabalhadores - PT-, e 17% de Aécio Neves, do Partido da Social
Democracia Brasileira - PSDB-, enquanto o próprio Eduardo Campos só conta com
5%.
Não
faria sentido, então, quem tem 400% de potencial de votos a mais - caso de
Marina - ser vice de Eduardo Campos, pois seria uma composição de chapa
bizarra, semelhante ao rabo puxando o cachorro.
Nessa
mudança de cenário partidário, o maior ganhador é o ex-presidente Lula, que
agora aumenta suas chances de manter suas mãos nos cordéis do poder, nas
eleições de 2014, pois, ganhando Dilma, o PT continua dando as cartas com o
PMDB; ganhando Marina, ex-petista, ou Eduardo Campos, num possível acerto de
Campos para a disputa da presidência, ganha novamente Lula, pois Dilma, Campos
e Marina são todos “cupinchas” do ex-presidente.
Eduardo
Campos aceitaria ser vice de Marina? Creio que sim, pois é tradição de
Pernambuco na federação dar o vice-presidente (quem não se lembra de Marco
Maciel?). Marina aceitaria ser vice agora, com seus 20% de intenções de voto?
Não, a menos que perdesse completamente o juízo ou a ambição pela Presidência,
pois seria a sua ruína perante todos os que apostam no seu futuro imediato,
porque 2018 está muito longe.
Mas,
a cabocla dos seringais foi picada pela mosca azul, quando disputou com Dilma
as últimas eleições e conquistou 20 milhões de votos, e desde então sonha alto,
mas ainda sem uma assessoria e uma estrutura de apoio sólida o suficiente para
enfrentar a coalizão PMDB/PT.
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