segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Lula é o dono dos cordéis para 2014


Era o que Marina Silva queria: Deixar se seduzir por um partido  mais profissional, o Partido Socialista Brasileiro –PSB-, em vez de disputar eleição presidencial por um partido novo, arrivista, romântico e desvinculado das forças empresariais – que seria a Rede Sustentabilidade.

Nessa aliança com Eduardo Campos, o governador de Pernambuco cortejado pelas oposições e pelo próprio Governo, Marina está mais credenciada a ser cabeça de chapa, pois tem 20% das intenções de voto contra 38% de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores - PT-, e 17% de Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB-, enquanto o próprio Eduardo Campos só conta com 5%.

Não faria sentido, então, quem tem 400% de potencial de votos a mais - caso de Marina - ser vice de Eduardo Campos, pois seria uma composição de chapa bizarra, semelhante ao rabo puxando o cachorro.

Nessa mudança de cenário partidário, o maior ganhador é o ex-presidente Lula, que agora aumenta suas chances de manter suas mãos nos cordéis do poder, nas eleições de 2014, pois, ganhando Dilma, o PT continua dando as cartas com o PMDB; ganhando Marina, ex-petista, ou Eduardo Campos, num possível acerto de Campos para a disputa da presidência, ganha novamente Lula, pois Dilma, Campos e Marina são todos “cupinchas” do ex-presidente.

Eduardo Campos aceitaria ser vice de Marina? Creio que sim, pois é tradição de Pernambuco na federação dar o vice-presidente (quem não se lembra de Marco Maciel?). Marina aceitaria ser vice agora, com seus 20% de intenções de voto? Não, a menos que perdesse completamente o juízo ou a ambição pela Presidência, pois seria a sua ruína perante todos os que apostam no seu futuro imediato, porque 2018 está muito longe.

Mas, a cabocla dos seringais foi picada pela mosca azul, quando disputou com Dilma as últimas eleições e conquistou 20 milhões de votos, e desde então sonha alto, mas ainda sem uma assessoria e uma estrutura de apoio sólida o suficiente para enfrentar a coalizão PMDB/PT.

 

 

 

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