A
absolvição, ontem, pelo Supremo Tribunal Federal – STF-,de oito réus condenados
no processo do “Mensalão” por crime de formação de quadrilha, durante o Governo
Lula, para a compra de votos no Parlamento, entre os quais o ex-ministro do
Governo Lula, José Dirceu, transmite à sociedade brasileira uma sensação de
impunidade e abre precedentes para que a corrupção no Brasil continue a pleno
vapor. Os réus terão suas penas reduzidas e alguns poderão até deixar a prisão
em breve.
O
próprio presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, cujo nome vem sendo
apontado pela mídia como um candidato em potencial à presidência da república,
nas eleições de outubro deste ano, manifestou sua insatisfação com o resultado da
votação – seis votos a favor e cinco contra a absolvição – afirmando que fatos
novos poderão surgir a partir de agora, em face da maioria circunstancial de ministros
na Corte nomeados por influência do Partido dos Trabalhadores - PT.
Um
claro sinal de que os condenados conseguiriam reverter sua situação,
livrando-se da cadeia o mais rápido possível, veio da facilidade com que obtiveram,
através de sites ligados ao PT, recursos financeiros para pagar suas multas
perante a justiça, a título de ressarcimento aos cofres públicos. A campanha de
arrecadação de fundos foi extremamente
eficaz, em especial para dois personagens chaves do processo do “Mensalão”, o
ex-ministro José Dirceu e Delúbio Soares, o ex-tesoureiro petista.
Em
recente pronunciamento, o general da reserva Paulo Chagas afirmou que o
Exército não teme e nem serve ao PT e denunciou “a baderna e a roubalheira”
que, a seu ver, o partido trouxe ao Brasil, desde que empolgou o poder. Chagas
alude a possíveis planos da esquerda brasileira de promover a instabilidade, a agitação
pública, para implantação de uma ditadura socialista nos moldes da preconizada
pelo Fórum de São Paulo. Nesse aspecto, a reeleição da Presidente Dilma
Rousseff se transformaria numa imposição, pela via do voto ou do golpe.
O
general Paulo Chagas não tem mais tropas sob seu comando, mas, seu
pronunciamento teria eco junto a outros comandantes da ativa das Forças
Armadas, que, silenciosamente, acompanham o cenário político, e, de modo
especial ,a desenvoltura do ex-Presidente Lula da Silva, que, solidário ao
presidente Maduro, da Venezuela, que vem podando as franquias democráticas, se
reúne com empresários e políticos e procura monitorar a Presidente Dilma
Rousseff, pregando mudanças na economia e na política.
Lula,
hoje, para qualquer analista político atento, atua como articulador golpista.
Ele conseguiu ficar de fora do processo do “Mensalão”, embora o Brasil inteiro
saiba que ele, e até a Presidente Dilma, ministra na época, tinham conhecimento
de tudo.
Assim,
a estabilidade político-institucional no Brasil atual se compara ao efeito de
mercúrio líquido numa lâmina de vidro: Ao menor movimento brusco, escorrega e
se parte em múltiplos pedaços, facilmente reconstituíveis aos interesses de
quem o manipula...
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