O Terrorismo, e não mais o
Comunismo, passa a ser o inimigo número um dos Estados Unidos, o que leva
Washington a restabelecer relações diplomáticas e econômicas com Havana, depois
de 50 anos de rompimento e embargo norte-americano ao regime de Fidel Castro em Cuba.
O anúncio feito, ontem, pelos
presidentes Barack Obama e Raul Castro, abre caminho para o relaxamento do
fluxo comercial e turístico entre os dois países, embora o embargo econômico
ainda persista.
Tempos atrás, conversando com um
amigo meu, diplomata, indaguei o que aconteceria se os Estados Unidos e Cuba
reatassem suas relações, e ele deu uma resposta curta e grossa: ”Cuba voltará a
ser apenas mais uma pequena ilha do Caribe.”.
Outro amigo, professor universitário,
narrou uma conversa entre colegas seus que visitaram a ilha e Fidel Castro. Um dos
visitantes indagou a Fidel sobre a sua sucessão e a continuidade de sua obra.
Fidel respondeu, sorrindo: “Não haverá outro Fidel.”
Com cerca de 11,4 milhões de habitantes, Cuba tem mais
de três milhões de emigrantes esparramados pelo mundo, a maioria radicada nos Estados Unidos, na América Latina
e na Espanha. De certa forma, a ilha se transformou na pátria dos fugitivos com
o Socialismo implantado por Fidel Castro e o embargo imposto pelos Estados
Unidos.
Obama afirma que o isolamento de
Cuba não deu certo e que hoje, mais perigoso do que a ameaça comunista é o
terrorismo praticado por grupos como Al Qaeda e Estado Islâmico. Na verdade, o
Presidente talvez queira evitar algum tom triunfalista, mas é óbvio que o
embargo econômico dos Estados Unidos selou o empobrecimento de Cuba, apesar de alguns
êxitos isolados obtidos pelo regime, em especial nas áreas de saúde e educação.
Como modelo de Foquismo
para disseminação do Socialismo na América Latina, com apoio da antiga União
Soviética, Fidel entrou para a História arrastando Cuba para uma situação de
miséria que as mídias do mundo inteiro reconhecem e o próprio Brasil, que vem
recrutando médicos cubanos e investindo, nos últimos anos, em projetos de infraestrutura
para o desenvolvimento da ilha, entre os quais o porto de Mariel, que gerou
muitas críticas da oposição a Lula e
Dilma, por causa do emprego de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social –BNDES-.
Nenhum comentário:
Postar um comentário