sexta-feira, 10 de abril de 2015

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Dilma não renunciará

Dilma jamais renunciará. É mulher de fibra, guerreira, não dará esse gostinho aos derrotados e aprendizes de golpistas. Sempre indago, para efeito de argumentação, será que Aécio Neves teria competência para tirar o país da crise, caso fosse eleito? Fazer marola, insinuações, piadas de mau gosto e ameaças, tudo com pitadas acentuadas de hipocrisia, ódio e ressentimento, é cômodo e fácil.

As tais redes sociais estão aí, basta “escrever” sandices contra Dilma, claro, evidente, usando nomes falsos, na tentativa patética, ridícula e leviana de desestabilizar o governo e apunhalar a Constituição e a democracia, além de violentar o resultado das urnas. 

O mais sensato é propor soluções, criticar com grandeza e espírito público, apoiar Dilma no que for importante para a coletividade, enquanto não chegam as eleições de 2018. É pouco, quase nada, dezenas de microfones e câmeras ansiosos ouvir Aécio e seus clichês surrados, que apenas alegram desocupados e recalcados, babando e rosnando porque estão fora do poder.

Articulador político

Lula percebeu, antes tarde do que nunca, que Dilma precisava, para ontem, ter um qualificado articulador politico. Nessa linha, tratei do assunto, em jornais impressos, redes sociais, artigos, no meu blog e no estupendo blog Politica com Feichas Martins, no dia 24 de dezembro de 2014, quando ponderei, textualmente, logo depois de Dilma ser empossada para exercer o segundo mandato.

Dilma não tinha, e precisava ter, nomear, descobrir, urgente, um articulador politico competente, respeitado e com trânsito em todos os setores da sociedade.  Analiso, não chuto.  A meu ver, o melhor nome ao dispor de Dilma seria o próprio Lula. Como o mar não está pra peixe, o criador precisa zelar da criatura com mais frequência.  Lula tem que marcar Dilma de perto. Antes que o caldo entorne de vez.

O Vice-presidente Michel Temer foi escolhido por Dilma para assumir as atribuições da Secretaria de Relações Institucionais, no lugar do ex-ministro Pepe Vargas.

Diversos líderes do Congresso Nacional, entre os quais o senador Omar Aziz, líder do PSD, foram chamados para reuniões sobre articulação política da Presidência da República. Na terça-feira, foi a própria presidente Dilma Rousseff quem convocou as principais lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na quarta-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, assumiu a articulação política do Governo e debateu com Omar e outros líderes do Congresso sobre o tema.

Michel Temer é do ramo. Tarimbado, conhece a turma, os alunos e mestres com quem terá que lidar. Na verdade, Temer já é articulador informal, faz tempo. Passa a ser, agora, oficial. Terá êxito se tiver força total do governo. Michel Temer tem excelente trânsito em todos os setores da sociedade. Temer é cobra criada, bem criada. Jeitoso, articulado e envolvente. A meu ver foi boa escolha. Mãos à obra.

Temer também será bom porta-voz de Dilma e do governo em andanças pelo Brasil. Explicando, esclarecendo, trocando em miúdos temas e decisões de Dilma que muitas vezes não chegam aos lugares mais distantes do país, muito menos ao conhecimento de milhares de brasileiros. Vale a pena tentar vitórias com Dilma, se todas elas forem creditadas ao bem estar da coletividade.

Censura

Policia de Curitiba continua pressionando jornalistas a abrir mão de suas fontes.  É intolerável e repugnante que arrogantes e truculentos insistam em desrespeitar a constituição e a liberdade de imprensa, receosos que a verdade dos fatos cheguem ao conhecimento da população. O bom senso espera que a torpe moda não prospere. Francamente.

Investimentos japoneses em Manaus

Com o objetivo de analisar a atual situação da economia brasileira e regional visando futuros investimentos japoneses no Polo Industrial de Manaus , o segundo secretário da embaixada do Japão no Brasil, Satoshi Ito, e a vice-cônsul do Japão em Manaus, Akiko Kikuchi, estiveram na Suframa  em uma reunião conduzida pelo superintendente adjunto de Operações, Adilson Vieira e técnicos da autarquia. 

O superintendente-adjunto ressaltou que os ajustes nos impostos e juros pelos quais o Brasil tem passado são necessários para que haja um crescimento econômico no País no segundo semestre. “O Brasil cresceu enquanto a Europa inteira e parte da Ásia estava em crise, e nós crescemos com um viés alternativo. Enquanto os outros países aumentavam juros e cortavam investimentos, o Brasil abriu mão de IPI e fez investimento em infraestrutura. Esse ajuste agora é necessário para que haja crescimento econômico”, afirmou.

O coordenador-geral substituto de Estudos Econômicos e Empresariais da SUFRAMA, Renato Freitas, lembrou que existem cerca de 37 empresas de capital majoritariamente japonês no PIM, que representam cerca de 30% dos investimentos totais no Polo. “Essas empresas trazem um conjunto de fatores importantes, que nos permite inclusive desenvolver as capacidades de recursos humanos. As filosofias de engenharia de produção, de processo e produto dos japoneses nos permite também incorporar essa tecnologia, o que é muito importante na região”, ressaltou. 

Freitas também falou sobre os investimentos em infraestrutura que estão em andamento pelo governo federal e governo do Amazonas que deve aprimorar, sobretudo, a logística de escoamento da produção do PIM, e se tornará um importante atrativo para as empresas se instalarem na região, além da segurança jurídica do modelo. “Apesar do cenário de curto prazo ter alguns obstáculos pela frente, há muitas oportunidades que estão exatamente na segurança jurídica do nosso modelo ZFM.

Os investidores terão a oportunidade de se instalar aqui e ter o retorno apropriado com esse prazo da Zona Franca que foi estendido até 2073. Essa é a melhor notícia desse cenário, que é muito positivo no longo prazo”, acrescentou. 

Por fim, o coordenador-geral de Acompanhamento de Projetos Industriais da autarquia, José Jorge do Nascimento Júnior, explicou em linhas gerais os procedimentos para que uma empresa se instale no PIM e receba os incentivos fiscais da ZFM. Os representantes japoneses agradeceram as informações prestadas e informaram que as empresas japonesas de pequeno porte têm grande interesse em expandir internacionalmente, mas que esbarram sobretudo na necessidade de crédito.

Freitas informou que embora a SUFRAMA não administre financiamentos, os pacotes de bancos como o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social são atrativos para pequenas e grandes empresas e podem ser uma alternativa de financiamento para as empresas que desejam se instalar no polo de Manaus.

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