A nova prisão do ex-ministro José
Dirceu, homem forte do Governo Lula, desta vez por suspeita de envolvimento nos
atos de corrupção na Petrobrás, apurados pela “Operação Lava Jato”, leva ao
coração do Partido dos Trabalhadores e do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro – PMDB-, donos da coalizão governamental que elegeu e reelegeu Dilma
Rousseff e Michel Temer, respectivamente, presidente e vice-presidente do
Brasil, o processo de combate aos responsáveis pela situação atual do País. Uma devassa profunda.
Que situação é esta? Antes de
mencionar fatos e números, sugiro ao leitor que leia abaixo, neste blog, o
artigo intitulado “Há que reverter o rumo da guerra”, do economista Adriano
Benayon, doutor em economia e o maior denuncista atual do entreguismo que tomou
conta do País, à custa de uma economia manipulada e descontrolada, com inflação
em torno de 7,7%, dívida pública astronômica e política interna conturbada por
desequilíbrios entre os três poderes.
Preso juntamente com seu irmão,
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e seu ex-assessor Roberto Marques, o
ex-ministro e ex-deputado, residente em Brasília, foi levado para Curitiba pela
Polícia Federal, lá devendo ficar por ser a sede da “Operação Lava Jato”.
Dirceu declarou que não pretende usar a “delação premiada” para se livrar da prisão,
alegando que delação não condiz com seu perfil.
Mas, inevitável será, pelo
próprio efeito dominó, que as investigações sobre o envolvimento do homem forte
do Governo Lula e do PT na corrupção na Petrobrás conduzam ao interior do poder
que controla o Brasil há décadas, atingindo figuras proeminentes e que até
agora se vêm mantendo “blindadas” e
suando frio no anonimato.
Dirceu já se encontrava em prisão
domiciliar em decorrência da sua condenação no processo do “Mensalão” – a compra
de votos do governo Lula no Congresso Nacional-, mas agora, nas apurações da
corrupção nos âmbitos da Petrobrás, Eletrobrás e Nuclebrás, e do BNDES e outros
órgãos estatais, ninguém em Brasília, que tenha culpa, consegue dormir direito...
Há, atualmente, um processo de mudança
interna das variáveis do poder político no Brasil, com renovação das
lideranças, embora não propriamente das práticas ditadas pela cultura política
patrimonialista, cartorial e clientelista.
Uma mudança não revolucionária,
mas apenas na forma, mas que será suficiente para varrer do cenário político
muitas personalidades que atuaram nas últimas décadas e que hoje se tornaram anacrônicas.
A devassa da “Operação Lava Jato” tende a conduzir ao Parlamentarismo, com
novos atores protagonistas.
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