1.
O feriadão de sete de setembro deixou Brasília
silenciosa. Muita gente viajou e deixou para voltar – se é que voltará – no próximo
domingo, pois ninguém é de ferro... O Lago, nas imediações da Barragem do
Paranoá- estava infestado de barcos no dia 7. Mais de 40 navegadores fazendo
churrascos com seus familiares e amigos, num espetáculo bonito de se ver. A “Praínha”,
praia improvisada do povão no Lago Norte, foi tomada pelos automóveis e
banhistas desde sábado. Houve gente, vinda de todos os lados do Distrito
Federal, que passou o feriadão ali mesmo, comendo churrasquinho e
cachorro-quente e bebendo muita cerveja e cachaça até o sol nascer, estimulados
por uma seca implacável e uma água límpida e fria. Nos viveiros de plantas,
aqueles aficionados dos jardins que não viajaram aproveitaram para comprar
sementes, plantas e adubos para suas residências. A chuva chegou de mansinho,
ameaçou despencar com mais força, mas acabou frustrando aqueles que fizeram
rituais clamando pela ajuda de São Pedro.
2.
Tem muita gente pescando peixes grandes no
Lago Paranoá, graças ao povoamento feito pelos órgãos ambientais ligados à
pesca no Distrito Federal. Mas, também, muitos peixes, como o Tucunaré, o
Tambaqui, a Tilápia e a Carpa, são oriundos de criatórios desativados no
Distrito Federal e chegam ao Lago, nos períodos chuvosos, através dos rios que
nele deságuam.
3.
A recuperação dos espaços da orla do Lago
que foram irregularmente ocupados por invasores, para entretenimento e lazer da
população, vai ocorrendo de forma dinâmica, por determinação do Governo do
Distrito Federal, mas a definição de um espaço de 30 metros da margem para a
desocupação não é tão consensual. O GDF estuda o impacto que isto pode causar
no meio-ambiente.
4.
Não é fácil encontrar em Brasília um
restaurante capaz de servir vieiras conforme manda o ritual culinário. Aliás, a
iguaria, espécie de molusco parecido com ostra, natural da costa brasileira, é
rara, e também custa muito cara, segundo ouvi de alguns amigos chefs. Outro
prato difícil de encontrar nos restaurantes, para tristeza minha, é o escargot-au-sauce, que também sumiu das prateleiras dos supermercados.
5.
A sanha arrecadadora do Detran do Distrito
Federal aumenta cada vez mais, porque, além de ganhar muito dinheiro, o órgão
está convencido de que é melhor arrecadar do que educar o motorista. Essa
estória de que o bolso é o ponto mais sensível do motorista não vale. A palavra
bem dita sempre valerá mais.
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