Os elevados índices de rejeição
ao ex-presidente Lula(55%) e aos principais líderes da Oposição(Aécio
47%,Marina 50%,Ciro e Alkmin 52% e Serra 54%),apurados em pesquisa encomendada
pelo jornal O Estado de S. Paulo,
mostram que a forma como se faz política hoje no Brasil não é aprovada pelo
Povo. Lula teria 23% dos votos e Aécio 15% diante de uma disputa eleitoral.
Diante dessa constatação, podem ser formuladas
as seguintes perguntas sobre a atual situação política brasileira:
1. Quem
sucederia Dilma, em caso de impeachment ou renúncia?
2.
O
Parlamentarismo seria uma solução?
3.
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha, resistirá às denúncias contra sua pessoa e se manterá no cargo?
4.
Para onde caminha o Brasil, com a atual crise
política e econômica?
1. Não há um nome atualmente no Brasil capaz de ser ungido nas
urnas pelo povo e unir os partidos em torno da governabilidade;
2. O vazio de novas lideranças cria no Brasil um clima
propício para o “salvacionismo”, ou seja, o surgimento de uma pessoa ou de uma
instituição capaz de se posicionar, com apoio popular, como salvadora da
Pátria;
3. Não há clima para implantação
do Parlamentarismo explícito como sistema de governo, por natureza terapêutico
no Brasil, porque o mesmo exige estrutura partidária bem organizada e enxuta
que possa ser hegemônica, o que não é o caso do atual subsistema partidário,
com 35 partidos;
4. O Presidente Eduardo Cunha usará
todos os meios para não renunciar ou ser destituído do cargo, mas tudo
dependerá do grau de pressão a ser empregado pelos seus adversários;
5. O Brasil caminha para uma
situação de instabilidade político-institucional, com baixo índice de
consentimento das massas e governabilidade, que pode se agravar ou melhorar
dependendo do desempenho da economia.
O ex-Presidente Fernando Henrique
Cardoso, em entrevista à televisão, disse que, bem ou mal, o Partido dos
Trabalhadores-PT- e o Partido Socialista
Democrático Brasileiro- PSDB- têm propostas de governo e que, por esta razão,
ainda continuam como opções de alternância no poder junto com o Partido do
Movimento Democrático Brasileiro –PMDB-.
Fernando Henrique tem razão até
aí, mas os elevados índices de rejeição aos atuais nomes principais da arena
política mostram que o Povo quer mudanças, e não apenas de retratos, mas também
de molduras. É desse quadro que pode emergir alguma figura messiânica.
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