Que ninguém tenha dúvida de que as
Forças Armadas cumprirão sua missão de defesa da Pátria e garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem,
conforme determina o Art.142 da Constituição Federal.
Os Comandos do Exército, da
Marinha e da Aeronáutica estão atentos à boataria espalhada pelas redes sociais
sobre a eclosão de uma guerra civil no Brasil a partir de uma guerrilha a ser
detonada no próximo dia 15, na Amazônia, com o objetivo de derrubar o Governo
Dilma Rousseff.
As redes sociais e, em especial,
o WatsApp, reproduzem gravações contendo alertas e ameaças
de um desabastecimento nacional por conta de uma paralisação dos caminhoneiros,
um confisco de poupança e outras aplicações
financeiras e manifestações em
prol do impeachment da Presidente
Dilma.
O ex-presidente Lula, segundo órgãos
noticiosos, conversou com a Presidenta Dilma no Palácio da Alvorada
aconselhando-a a aproveitar esse mês de recesso parlamentar para divulgar
medidas positivas do Governo, alertando que “o impeachment está morto, mas não
foi sepultado”.
A ex-senadora Marina Silva,
potencial candidata ao Palácio do Planalto, jogou lenha na fogueira pregando em
entrevista a cassação dos mandatos de Dilma e seu vice Michel Temer, por abuso
financeiro em sua campanha de reeleição. O processo está sendo apreciado pelo
Tribunal Superior Eleitoral - TSE-.
O clima fica ainda mais tenso no
Brasil com a publicação de matérias pela imprensa estrangeira denunciando a
corrupção no Brasil. O The Economist denuncia o que considera o desastre
político e econômico brasileiro e o ex-presidente Lula é cada vez mais
associado à situação atual do País. Lula teve ainda sua prisão preventiva
decretada pela Justiça de Portugal, que acusa o ex-presidente de ter recebido
dinheiro da Telecom (700 milhões de reais) para sua campanha presidencial.
Pelas redes sociais chovem
críticas a todos os poderes, inclusive ao Judiciário brasileiro, acusado de
ativismo pró-Partido dos Trabalhadores. Indaga-se qual poder tomaria a
iniciativa de convocar as Forças Armadas para cumprimento de sua missão
constitucional, se os três estão sob críticas e desconfiança da maioria da
sociedade brasileira.
Essa maioria não quer mais saber
da Presidenta Dilma Rousseff, mas não tem força para promover o impeachment, pelo simples fato de que
não pode usar como alavanca uma oposição desmantelada e suspeita de
cumplicidade com o Governo no saque da Petrobrás, BNDES e outras empresas e
bancos. Eis porque ainda resta algum consentimento a esse governo.
Guerra civil seria uma palavra
forte para o Brasil neste momento; intervenção militar saneadora, sem
pretorianismo, é sempre uma possibilidade, ainda que remota, caso a situação se
deteriore, mas a ideologia, seja de esquerda ou de direita, não conseguirá
suplantar a cultura política brasileira, que tem reações imprevisíveis. O
caminho ainda é o consenso e a democracia.
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