terça-feira, 1 de novembro de 2016

Lulopetismo varrido do mapa eleitoral abre espaço para centro-esquerda.


As eleições municipais encerradas no último domingo apresentam como resultados finais a conquista, pelos partidos de centro-esquerda - o Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- e o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB - do vazio deixado pelo Partido dos Trabalhadores–PT-, representante do Lulopetismo, praticamente varrido do mapa eleitoral brasileiro, depois de 13 anos de protagonismo no governo e deixando um rastro de corrupção, 13 milhões de desempregados e um déficit fiscal de 170 bilhões de reais, afora o impeachment da presidente Dilma Rousseff e as suspeitas de grandes negociatas envolvendo Lula e seus familiares.

Ao todo, 31 partidos elegeram prefeitos, caracterizando a pulverização do sistema partidário brasileiro, e outro fato marcante foi a elevada abstenção, e o número de votos brancos e nulos, representando no conjunto 32% dos 33 milhões de eleitores brasileiros. Esse fenômeno ainda vem sendo analisado pelas autoridades eleitorais brasileiros, significando para alguns cientistas uma espécie de tendência ao voto facultativo.

Realizadas sob os efeitos da “Operação Lava Jato”, coordenada pelo juiz Sérgio Moro, essas eleições puniram Lula e seus correligionários e deixaram um novo panorama do poder político no Brasil. O PMDB conquistou 1028 prefeituras mantendo-se na liderança dos votos no interior, mas o PSDB, conquistando 793 cidades, entre as quais São Paulo, com a eleição em primeiro turno de João Dória, conseguiu maior número de habitantes. Em terceiro lugar, o Partido Socialista Democrático –PSD- conquistou 593 prefeituras, seguido em quarto lugar pelo Partido Progressista - PP-, de direita, com 555 prefeituras, e em quinto pelo Partido Socialista Brasileiro - PSB-, com 414 prefeituras.

O Governo Temer fica fortalecido com o apoio majoritário das prefeituras que são controladas pelos partidos da base parlamentar, cerca de 80%, com a qual Temer conta para aprovar importantes medidas para recuperação da economia brasileira. Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff não compareceram à votação, receosos de receberem vaias da população. O PT conquistou apenas uma capital, Rio Branco, no Estado do Acre, chegando a perder 60% das prefeituras conquistadas em 2012 em todo o País, ficando com 256 cidades.

Em termos de efeitos para as eleições presidenciais de 2018, o nome que ganhou maior força para uma candidatura é o do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que lançou João Dória e também conquistou todos os principais redutos do Partido dos Trabalhadores no Estado de São Paulo, em especial no denominado “ABCD paulista”, berço do PT. Seu adversário dentro do PSDB, o senador e presidente do partido, Aécio Neves, foi vitorioso nacionalmente, mas perdeu as eleições na capital de Minas Gerais, a cidade de Belo Horizonte, para o obscuro  Alexandre Kalil, pertencente ao mais obscuro ainda Partido Humanista Social –PHS-.

Todos esses prefeitos eleitos em 5.570 cidades terão enormes dificuldades administrativas em decorrência da situação econômica dos estados, muitos falidos e sem opções de recuperação a curto e médio prazo, dependentes das medidas que o governo Temer vem implementando para recuperação da economia.

 

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