As eleições municipais encerradas
no último domingo apresentam como resultados finais a conquista, pelos partidos
de centro-esquerda - o Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- e o Partido da Social Democracia Brasileira
– PSDB - do vazio deixado pelo
Partido dos Trabalhadores–PT-, representante do Lulopetismo, praticamente
varrido do mapa eleitoral brasileiro, depois de 13 anos de protagonismo no governo
e deixando um rastro de corrupção, 13 milhões de desempregados e um déficit fiscal
de 170 bilhões de reais, afora o impeachment
da presidente Dilma Rousseff e as suspeitas de grandes negociatas envolvendo
Lula e seus familiares.
Ao todo, 31 partidos elegeram
prefeitos, caracterizando a pulverização do sistema partidário brasileiro, e
outro fato marcante foi a elevada abstenção, e o número de votos brancos e nulos,
representando no conjunto 32% dos 33 milhões de eleitores brasileiros. Esse
fenômeno ainda vem sendo analisado pelas autoridades eleitorais brasileiros,
significando para alguns cientistas uma espécie de tendência ao voto
facultativo.
Realizadas sob os efeitos da “Operação
Lava Jato”, coordenada pelo juiz Sérgio Moro, essas eleições puniram Lula e
seus correligionários e deixaram um novo panorama do poder político no Brasil.
O PMDB conquistou 1028 prefeituras mantendo-se na liderança dos votos no
interior, mas o PSDB, conquistando 793 cidades, entre as quais São Paulo, com a
eleição em primeiro turno de João Dória, conseguiu maior número de habitantes.
Em terceiro lugar, o Partido Socialista Democrático –PSD- conquistou 593
prefeituras, seguido em quarto lugar pelo Partido Progressista - PP-, de
direita, com 555 prefeituras, e em quinto pelo Partido Socialista Brasileiro -
PSB-, com 414 prefeituras.
O Governo Temer fica fortalecido com
o apoio majoritário das prefeituras que são controladas pelos partidos da base
parlamentar, cerca de 80%, com a qual Temer conta para aprovar importantes
medidas para recuperação da economia brasileira. Os ex-presidentes Lula e Dilma
Rousseff não compareceram à votação, receosos de receberem vaias da população.
O PT conquistou apenas uma capital, Rio Branco, no Estado do Acre, chegando a
perder 60% das prefeituras conquistadas em 2012 em todo o País, ficando com 256
cidades.
Em termos de efeitos para as
eleições presidenciais de 2018, o nome que ganhou maior força para uma
candidatura é o do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que lançou
João Dória e também conquistou todos os principais redutos do Partido dos
Trabalhadores no Estado de São Paulo, em especial no denominado “ABCD paulista”,
berço do PT. Seu adversário dentro do PSDB, o senador e presidente do partido,
Aécio Neves, foi vitorioso nacionalmente, mas perdeu as eleições na capital de
Minas Gerais, a cidade de Belo Horizonte, para o obscuro Alexandre Kalil, pertencente ao mais obscuro
ainda Partido Humanista Social –PHS-.
Todos esses prefeitos eleitos em
5.570 cidades terão enormes dificuldades administrativas em decorrência da
situação econômica dos estados, muitos falidos e sem opções de recuperação a
curto e médio prazo, dependentes das medidas que o governo Temer vem
implementando para recuperação da economia.
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