terça-feira, 29 de novembro de 2016

Terça-feira negra, mas Temer avança

Hoje foi uma terça-feira negra no Brasil. Começou com a notícia da queda do avião que transportava a equipe de futebol da  Chapecoense na Colômbia, com 71 mortos, e terminou com o "badernaço" em Brasília de grupos de esquerda que protestaram contra a aprovação da proposta de emenda constitucional de congelamento de gastos nos próximos 20 anos. Houve violência e depredações, que obrigaram a polícia a agir com truculência contra 10 mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
 
O Presidente Michel Temer, que condenou as manifestações violentas como contrárias à democracia, acabou saindo vitorioso obtendo a aprovação da matéria  em primeiro turno no Senado Federal, além de sancionar a lei que autoriza a participação de empresas estrangeiras na exploração do petróleo brasileiro na faixa do denominado "pré-sal".
 
A terceira medida a ser proposta por Temer, com vistas à recuperação da economia nacional, será a reforma da previdência social, cujo projeto deve ser apresentado ainda neste ano. O Presidente Temer tenta implementar uma agenda positiva para superar a atual crise política oriunda do combate à corrupção pela "Operação Lava Jato" e pela oposição da esquerda que ainda não se conforma com a perda do poder desde o impeachment de Dilma Rousseff.
 
Outro grande teste para o governo será no próximo dia 4 de dezembro, quando manifestações planejadas para tomar as ruas do Brasil inteiro, em defesa da "Operação Lava Jato", traduzirão o ânimo de milhões de brasileiros interessados em combater a corrupção e impedir que os parlamentares aprovem medidas de anistia aos que receberam propinas e fizeram caixa-dois nas eleições com auxílio das empreiteiras. Um terço do Congresso  está comprometido com as denúncias feitas pela empresa Odebrecht à "Operação Lava-Jato".

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