O Presidente Michel Temer, aparentemente, com baixo índice de popularidade, antes e muito mais depois das denúncias de que teria pedido propina no valor de dez milhões de reais à empreiteira Odebrecht, nas eleições de 2014, demonstra mais uma vez sua força no Congresso Nacional, aprovando hoje, no Senado Federal, em segundo turno, por 53 votos contra 16, a proposta de emenda constitucional que limita os gastos do governo durante vinte anos, condicionando-os ao índice inflacionário.
A proposta é considerada como a mais ousada desde a proclamação da República no Brasil, em 1889. e enfrentou fortes críticas da Oposição, em especial dos petistas, sob a alegação de que a medida prejudicará os investimentos em saúde e educação, argumento que é refutado pelos governistas, que apontam perspectivas de até aumentarem os investimentos nesses setores, desde que estão recebendo não um teto, mas um piso de investimentos.
As denúncias contra Temer e principais aliados no Planalto e no Congresso, feitas em delação premiada por um diretor da empreiteira Odebrecht à "Operação Lava Jato", envolvendo 300 nomes de políticos, empresários e funcionários públicos, levam a Oposição a pedir a renúncia de Temer e a convocação de eleições diretas para a Presidência ainda em 2016.
Se houver renúncia, em 2017, serão convocadas eleições indiretas, com os parlamentares elegendo um nome de dentro ou de fora do Congresso. Mas, com mais essa vitória e com a reforma da previdência sendo lançada para debate, Temer demonstra confiança em promover as mudanças de que o Brasil necessita para debelar tanto a crise econômica quanto a política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário