O Brasil se prepara para conhecer nomes de centenas de políticos, empresários e funcionários públicos envolvidos em esquemas de corrupção nos últimos governos do Lulopetismo, após delações de 77 funcionários da empreiteira Odebrecht à "Operação Lava Jato", coordenada pelo juiz Sérgio Moro.
As delações foram homologadas hoje pela presidente do Supremo Tribunal Federal -SFT-,ministra Carmén Lúcia, dando prosseguimento ao trabalho de relatoria do ministro Teori Zavaski, morto em estranho acidente de avião ocorrido em Paraty, Estado do Rio de Janeiro, às vésperas de fazer a homologação das denúncias e encaminhá-las para a Procuradoria Geral da República.
A decisão de Carmén Lúcia foi considerada corajosa nas redes sociais, mas os jornais e a televisão estavam esperando que a Ministra tomasse esse caminho antes que outros obstáculos surgissem dentro e fora do próprio colegiado que preside, onde ´há juízes sabidamente vinculados a diversos políticos e empresários denunciados.
O que vai acontecer nesta semana é imprevisível, pois o clima no País e, especialmente, em Brasília é de muita tensão, porque haveria nomes da alta cúpula do governo citados pelos delatores e agora sujeitos a prestar contas à Justiça juntamente com outros nomes que já estão na cadeia. O frisson aumentou com a prisão,hoje, do empresário Eike Batista, acusado de operações bilionárias com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com quem compôs organização criminosa. Ambos são muito amigos(ou foram) de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, que, aos poucos, vai sendo trazida à luz das investigações da "Lava Jato".
O Governo Michel Temer enfrenta o desafio dessa "denúncia do fim do mundo" em meio ao fogo cerrado dos problemas econômicos, à aprovação de medidas impopulares, como as reformas da previdência e trabalhista, e às eleições dos novos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, importantes decisões para sua base parlamentar.O deputado Rodrigo Maia, do Democratas do Rio de Janeiro, tende a ser reeleito, enquanto o senador Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará e nome marcado por acusações na "Lava Jato", deverá ser eleito para substituir na Presidência do Senado o poderoso e rebelde senador Renan Calheiros.
O Brasil vive um dos momentos políticos mais tormentosos de sua vida republicana, tendo que conviver com a violência dentro do sistema penitenciário, onde há 622 mil presos, e as suspeitas e confirmações de corrupção na política com desvios de bilhões de dólares que estão fazendo falta à Nação.
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