terça-feira, 15 de abril de 2014

Embaixador fala sobre Ucrânia

Francisco das Chagas Leite Filho
 
 
 
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A dramática reviravolta do golpe na Ucrânia, que redundou na reintegração da Criméia na
Federação Russa, e a próxima realização da cúpula dos BRICS, em Fortaleza, nos levaram a ouvir, pela segunda vez, em menos de um mês, o embaixador Sergei Akopov. Ele proporcionou, num debate entre os jornalistas FC Leite Filho, do cafenapoltica.com.br, Beto Almeida, diretor da TV Cidade Livre de Brasília e representante da Telesur, uma profunda análise do panorama que se descortina no novo cenário mundial a partir daqueles acontecimentos.
 
Sobre a Ucrânia, ele disse que este país vive uma profunda crise política interna mas não um conflito com a Rússia. O que houve, no seu entender, foi um golpe inconstitucional, no dia 22 de fevereiro, com o apoio ostensivo, inclusive financeiro, da Europa e dos Estados Unidos.
Houve uma quebra da Constituição e do direito constitucional, com o uso da força, com a participação inclusive de elementos da extrema direita, assumidamente neonazistas e hostis às minorias étnicas, como a russa, que compõem a população do país .
Por esta razão, a Rússia não reconhece a legitimidade dessas autoridades e propõe uma saída negociada para a crise, tendo como base um acordo assinado pelo presidente deposto Viktor Yanukovitch com dirigentes da oposição, diante de chanceleres europeus.
Quanto à Crimeia, o embaixador Sergei Akopov sustenta que este território faz parte historicamente da Rússia, seja na forma de república independente associada ou integrando o seu governo, embora ultimammente tenha também se associado à Ucrânia.
Só que a Ucrânia depois rompeu esse acordo de associação, chancelado pela comunidade internacional, integrando unilateralmente ao seu território. Insatisfeito com essa dependência, os habitantes da Crimeia decidem agora livremente e por 85% dos vários grupos étnicos, inclusive russos, declarar sua independência da Ucrânia e formar uma associação com a Federação Russa.
Explicou que a decisão ocorreu durante o plebiscito do último dia  16 de março, respeitando todas as regras do direito e com a presença de observadores internacionais. Finalmente, afirmou que a Rússia não tem planos para intervir militarmente na Ucrânia, poruqe jamais poderia imaginar uma guerra entre dois povos irmãos com muitos parentes entre si.

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