Em artigo anterior, afirmo que “há
generais com pólvora no fuzil”, descontentes com o governo Dilma Rousseff e com
o ministro da Defesa, Celso Amorim. Mas, não poderia deixar de mencionar um fato
público, que me foi comunicado por amigos, ocorrido na tradicional cerimônia de
entrega de espadins aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, no
último dia 25, Dia do Soldado, quando se reverencia a figura do Patrono do
Exército, Luiz Alves de Lima e Silva – o Duque de Caxias.
O vice-presidente Michel Temer,
representando a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Defesa, Celso Amorim,
e o comandante do Exército, general-de-exército Enzo Peri, além do atual
comandante da AMAN, general-de-brigada Júlio Cesar de Arruda, foram vaiados
pelos familiares dos cadetes e militares da reserva presentes. Um fato inédito naquela
academia, localizada na cidade de Resende, no Estado do Rio de Janeiro.
O atraso de mais de uma hora no
início da cerimônia e a ausência da Presidente Dilma, sob um sol escaldante,
foram o estopim revelador da efervescência no meio militar, em especial pela
atuação da Comissão da Verdade em detrimento da Lei da Anistia, pelas
limitações orçamentárias impostas às Forças Armadas e pelo caráter anárquico
das manifestações de ruas, com respaldo em legítimas reclamações contra a
corrupção e a falta de políticas públicas relacionadas ao transporte, educação,
saúde e segurança pública.
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