terça-feira, 8 de abril de 2014

Faltam heróis e protagonistas que mudem o Brasil


A queda em popularidade da Presidente Dilma Rousseff, nas últimas pesquisas, ainda não inviabiliza sua reeleição, mas  a previsão de crescimento da taxa inflacionária(atual é de 6,1%) continua sendo ameaça perigosa, acrescida do fator Copa do Mundo, que tem duas vertentes analíticas para a disputa das eleições presidenciais: A primeira é o risco de o Brasil perder a disputa, o que vai gerar um clima de frustração geral nos milhões de torcedores brasileiros, com reflexos nas urnas; a segunda é a disposição crítica da sociedade contra os gastos efetuados com a competição, capaz de levar as multidões de volta às ruas clamando por melhorias na saúde, educação e nos transportes urbanos, reduzindo o impacto eleitoral de eventual conquista da taça pelo time canarinho.

No Senado Federal, a legislação sobre o marco civil da Internet, já aprovada na Câmara dos Deputados, vai sendo recheada com dispositivos de censura às redes sociais, numa tentativa do governo visando à contensão dos impulsos populares com medidas antidemocráticas. Se for aprovado o arsenal de censura em preparação, o terreno para implantação de um regime ditatorial no Brasil estará plenamente consolidado, com a anuência dos poderosos da web e dos tribunais e demais instituições normativas aos quais compete defender o Estado de Direito e a segurança jurídica, tais como o Supremo Tribunal Federal – STF-, a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB-e a Associação Brasileira de Imprensa- ABI-.

Além da mídia impressa e eletrônica nacional já acumpliciada, por interesses econômicos e financeiros, com os inimigos do sistema aberto, daqui de dentro e de fora do Brasil, instituições como Igreja e Forças Armadas acompanham com indecifrável indiferença o processo em curso de implantação do comunismo no Brasil e demais países da América do Sul, só faltando o anúncio desse novo regime, conforme expressão de atentos e abalizados observadores.

A articulação desse processo tem como epicentro a figura do ex- Presidente Lula, que começa a assustar os próprios candidatos atuais, como é o caso do vice-presidente da República, Michel Temer, que comporá chapa com a Presidente Dilma Rousseff. Em Nova York, Michel Temer, numa entrevista, tratou de exorcizar o demônio lulista, afirmando que Lula não pensa em voltar e que a campanha “volta Lula” já deu o que tinha que dar.

De fato, a defenestração do deputado petista André Vargas da vice-presidência da Câmara dos Deputados, por suas ligações  espúrias com o doleiro  Alberto Youssef, não deixa de ser um tiro certeiro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- no coração da campanha lulista, que tinha em Youssef um dos principais protagonistas. Idem raciocínio para as denúncias de corrupção e desmandos na Petrobrás.

Mas, caberia a pergunta: O PMDB aceitaria implantar uma ditadura comunista sendo parte do governo? Afinal, o PMDB tem sido principal partícipe do desgaste das instituições que sustentam a democracia e que aniquilam o surgimento de lideranças expressivas na disputa com Dilma/Temer. Faltam protagonistas e heróis na história brasileira atual - como preconizaria o escocês Thomas Carlyle, em seu Nominalismo - para redefinir o Brasil, em oposição ao modelo de dependência externa estabelecido pelos centros dominantes.

 

 

  

 

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