Quatro perguntas sobre as eleições
presidenciais e parlamentares de outubro próximo no Brasil?
1) A
Presidente Dilma Rousseff conseguirá ser reeleita em primeiro turno?
2) O
desafiante Aécio Neves tem chance real de vencer a disputa, se houver segundo
turno?
3) O
desafiante Eduardo Campos tem chance de vencer em segundo turno?
4) Há
possibilidade de Lula participar das eleições como candidato a novo mandato, o
denominado movimento “Volta Lula”?
A fotografia do momento, pelas
pesquisas eleitorais, indica que a
Presidente Dilma Rousseff, com 38%, ainda teria condições de se reeleger em primeiro
turno, mas, a soma dos percentuais de Aécio (22%) e Eduardo Campos (8%), nas
últimas pesquisas, indica que há tendência para um segundo turno.
Em caso de segundo turno, haveria
acordo entre Aécio e Campos no sentido de um apoiar o outro que estiver com
mais chance de se eleger. Até aqui, Aécio se encontra em melhor posição do que
Campos.
Quanto à possibilidade de Lula se
candidatar, a legislação eleitoral permite que, até 15 dias antes do pleito,
ele o faça, caso Dilma ficasse impossibilitada de concorrer ou desistisse, mas
há dentro do PT importantes figuras que não gostam de tratar desse assunto por
temor a um desgaste do partido, um “tiro no pé”. Mas, o senador petista gaúcho Antônio
Paim já disse que, se for necessário, Lula voltará.
A questão
seria saber se Lula toparia, diante de seu tratamento de saúde e das denúncias sobre
seu enriquecimento pessoal. Outras investigações sobre seu governo, a Petrobrás
e o próprio desfecho do “Mensalão” tendem a fornecer farta munição para seus
opositores. Mas, a saúde parece estar sob controle, segundo boletins médicos, e
Lula ainda continua com fortes índices nas intenções de voto, de acordo com
pesquisas em diversos segmentos sociais.
Sintoma de crescimento de
Aécio e do equilíbrio com Dilma, após a Copa do Mundo, é a arrecadação de 10
milhões de reais em menos de um mês, um pouco mais do que Dilma. Ambos estimam
gastar cerca de 290 milhões de reais em suas respectivas campanhas. Nas eleições
presidenciais de 2010, o PT arrecadara três vezes mais do que o PSDB e só a
campanha de Dilma custou 176,5 milhões de reais.
Os discursos dos candidatos têm
sido difusos, mas o clamor popular pela transparência ética e o combate à corrupção
ainda não tem influenciado significativamente os resultados das pesquisas, ou
tem sido menos decisivo do que os números da economia, que apontam para tendências
ao crescimento da inflação e do desemprego.
No que tem de mais convincente,
os programas sociais do governo, a Presidente Dilma Rousseff garante bons
índices em São Paulo, no Rio de Janeiro e Nordeste, colégios eleitorais
importantes, onde sua figura é conhecida, mas perde em Minas, natural reduto de
Aécio, que vai somando pontos preciosos junto ao empresariado industrial e aos
investidores financeiros de todo o País.
A biruta eleitoral ainda continua
trêmula e indecisa, mas poderá acusar mudanças importantes já a partir da divulgação
das próximas pesquisas de intenções de votos, que colocarão de um lado a resiliência
eleitoral da Presidente Dilma e de outro o início da virada de Aécio, que pode
ser empolgante com o apoio de um leque significativo de partidos, inclusive
parte do PMDB, por conta do passado do seu avô Tancredo Neves.
Há um silencioso consenso
pluripartidário, segundo o qual o País deve a Tancredo Neves e ,por extensão, a
Aécio, seu neto, uma chance de presidir o Brasil, para compensar a desdita de
Tancredo, fundador da Nova República, de ter sido empossado sem ter podido governar.
Um resgate imposto pelo destino...
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