Pettersen Filho*
Comemorados com pesar, nesse Agosto de 2014, os “Cem Anos”, desde o início da Primeira Grande Guerra Mundial, não parecem, contudo, muito evidentes as distâncias que separam aqueles anos tumultuados de 1914, no qual se rivalizavam Velhos Impérios, as então portentosas Grã-Bretanha, França e Rússia x Alemanha, Austro-Hungria e o Império Otomano, a ponto de não enxergarmos, na dita, e democrática, “União Europeia” de hoje, tantas diferentes ambições, assim, impares das que levaram ao morticínio das trincheiras e baionetas, de então, que somaram a perda de quase 20 Milhões de pessoas.
Marco divisor entre os Velhos Impérios, de até então, majoritariamente, e defendendo interesses comuns, Inglaterra e França, de um lado, e a ascendente Alemanha, do outro, em que se encontrava o Mundo delimitado entre as posses da Inglaterra, de um lado, e da França, do outro, desde a “Entende Cordiale”, que dividiu entre si as Colônias e Possessões da Ásia e da África, passando por Impérios já tradicionais, como Turquia e Rússia, desfalcados, até a Alemanha ascendente, vendo no retrovisor, já candidatos a Potência Hegemônica, os próprios EUA, a Primeira Grande Guerra, foi, em si, uma Guerra de Alianças, e por que não dizer, de Vaidades, em que os Impérios tradicionais, que não possuíssem Terras Além-mar, ou Mercados, como a União Europeia de hoje, estagnada e em crise, na, então, nova Sociedade Industrializada, convertiam-se, virtualmente, em fadados ao fracasso, causando a disputa.
É guardando certo paralelo, mesmo que, da Primeira Guerra Mundial, ainda assim, tenha advindo a Segunda Guerra Mundial, ainda que Mudadas as Fronteiras, e os Estados Nacionais, mesmo que, ora, criada a União Europeia, e que haja recrudescido a Ameaça Comunista, da Rússia, quando, então, a Política de Alianças entre os Impérios levou, sucessivamente, desde que a Alemanha invadiu a Bélgica, em apoio à Austro-Hungria, causando a “Declaração de Guerra” Inglesa e Francesa, contra si, seguidas pela Rússia, depois Turquia e EUA, cada qual apoiando um lado, que mais lhe convinha, generalizando pelo Globo o conflito, a atual Diáspora Russa, na Ucrânia, que a contrapõe com a União Europeia e os EUA, poderá, no pior dos horizontes, por seu turno, ser apoiada pela China, e talvez Índia, trazendo contra si, possivelmente, o Japão, num Dominó Macabro impensável, fazendo que um novo 1914 esteja, sem sombras de duvidas, por vir...
Imaginemos, pois, o pior dos teatros, em que a Rússia, vendo, primeiro, a “Política de Expansão de Mercados da União Europeia”, desde o demolimento da URSS, avançar por sobre suas antigas Areas de Influência: a Polônia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, trazendo em seu bojo, perigosamente, a OTAN, de que são Membros Ativos, agora, fincando o pé na Ucrânia, a sua “Ultima Trincheira”, antes que adentre a própria Rússia, ao passo que, conflitam por simples Ilhotas, Japão e China, na Ásia, em que o primeiro é apoiado, Militar, e Economicamente, pelos EUA, à mesma semelhança que os antigos Impérios Austro-Hungaro e Russo, com quem deverá se compor, então a China, senão, muito provavelmente, com a Rússia ?
Aliás, o que, fosse o caso, por outro turno, demandaria apoio, de um lado ou outro, advindos da Coreia do Sul e Austrália, talvez em razão da Coreia do Norte e, ou. Índia, ou, quem sabe, chamando ao litígio, personagens tão improváveis, como os Arquinimigos Irã x Arábia Saudita, numa eclosão de Conflitos em Cadeia, já preexistentes, que, podem determinar, de um lado ou outro, apoios tão insólitos, quanto possíveis, tamanha a balburdia, desde o Hamas x Israel, ou Egito x Irmandade Muçulmana, aptos a potencializar o Conflito.
Definitivamente, os EUA, “Potência Atômica”, quem entraram em ambos os Conflitos, a Primeira e Segunda Grande Guerra Mundial, pela “Porta dos Fundos”, depois de definidas as fronteiras, e os inimigos, quando um dos lados já semiderrotadoss, assim como foi na Normandia, em 1944, quando a URSS já impunha flagrante derrota à Alemanha, principais “Jogadores” nesse Jogo Mortal, parecem não estar se atendo a isso, quando, incitaram a União Europeia, e derrubaram Governo, Legitimo ou Não, em Área Vital para a Defesa da Rússia, na Crimeia e no Mar Negro.
Tal Conflito, a 3ª Guerra Mundial, se deflagrado, poderá fazer das suas predecessoras, mero Passeio Dominical no Parque, tamanha a destruição.
Quem tiver coragem, e eles tem, que dê o primeiro tiro...!
(ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO, MEMBRO DA IWA – INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION É ADVOGADO MILITANTE E ASSESSOR JURÍDICO DA ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, QUE ORA ESCREVE NA QUALIDADE DE EDITOR DO PERIÓDICO ELETRÔNICO “ JORNAL GRITO CIDADÃO”, SENDO A ATUAL CRÔNICA SUA MERA OPINIÃO PESSOAL, NÃO SIGNIFICANDO NECESSARIAMENTE A POSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, NEM DO ADVOGADO)
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