quarta-feira, 18 de março de 2015

Parlamentarismo pode ser alternativa para debelar crise política no Brasil


Com dois milhões de pessoas nas ruas (estatísticas dos organizadores das passeatas) das principais cidades brasileiras, no último dia 15,protestando contra a Presidente Dilma Rousseff, cujo governo, instalado há três meses, conta com a desaprovação de 62% do eleitorado, segundo estatística publicada hoje pelo Instituto Datafolha, não resta dúvida sobre o fio-de-navalha em que caminha a governanta.
As manifestações do dia 15 foram pacíficas e mostraram a robustez da democracia brasileira, mas desta vez não havia nas ruas os baderneiros profissionais infiltrados na massa, como aconteceu em junho do ano passado. A maioria dos integrantes das passeatas era de manifestantes dos partidos de oposição receosos de que o impeachment de Dilma mal articulado resultasse num argumento para que as forças conservadoras estimulassem um golpe militar.
A arrogância do Palácio do Planalto, que, inicialmente, colocou dois ministros, o da Justiça, Joaquim Cardozo, e o da Secretária-geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, para minimizar a importância das manifestações, custou caro à Presidenta Dilma Rousseff, em especial nas pesquisas de popularidade. Dilma, em seguida, deu entrevista falando em diálogo e humildade para aceitar críticas até da oposição.
Não caiu o governo, conforme muitos brasileiros desejam, mas este governo se comunica muito mal com a população e não tem argumentos para reprimir moralmente as denúncias de corrupção que brotam diariamente envolvendo os partidos da coalizão, PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e PT ( Partido dos Trabalhadores).
Vejo como alternativa “preventiva e terapêutica” para que não haja mais à frente uma ruptura político-institucional (impeachment, renúncia ou golpe civil ou militar) no Brasil atual, a mudança do sistema de governo, do presidencialismo para o parlamentarismo. Nesse sistema, há as figuras do Chefe do Governo (Primeiro-Ministro)  e do Chefe do Estado(Presidente) e o entrosamento entre o Executivo e o Legislativo segue rituais específicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário