segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sergio Moro, um nome presidenciável

Em política, é fundamental o patrocínio. Diante dessa realidade, apresenta-se a todos os que acompanham o noticiário sobre o andamento da Operação Lava Jato, que investiga os responsáveis por atos de desvios vultosos de verbas da Petrobrás e  de corrupção institucional envolvendo as mais poderosas empreiteiras e funcionários do governo, a seguinte indagação: Quem protege o juiz Sérgio Moro, para que ele possa cumprir com segurança seu trabalho?
Nos países de democracia mitigada e desmobilizante, como é o caso da democracia brasileira, qualquer magistrado de qualquer corte tem conhecimento do quanto é perigoso, com risco de vida, prolatar sentenças contra políticos e empresários poderosos, em alguns casos envolvendo o próprio crime organizado internacional, do jeito que vem acontecendo.
Mediante o instituto da delação premiada, alguns acusados de compor cartéis de exploração da Petrobrás, pertencentes a empreiteiras de renome nacional e internacional, estão sendo investigados implacavelmente pela Polícia Federal. E não estão sendo poupados nem os presidentes do Senado Federal, senador Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, além do ex-presidente da República Fernando Collor.
Está em jogo o equilíbrio político-institucional garantido, durante anos, pela coligação Partido dos Trabalhadores –PT- e Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB-, com seus respectivos aliados nos partidos da base governamental no Congresso. Cunha já se declarou na oposição ao governo e ameaça arrastar consigo às investigações outros nomes de magnitude política.
Os adversários do juiz Sérgio Moro tentam imputar-lhe viés anti-petista e responsabilidade nos “vazamentos seletivos” de nomes de suspeitos em fase de apuração sigilosa. Há quem afirme que Moro tem simpatia pelo Partido da Social Democracia Brasileira– PSDB-, porque sua esposa, Rosângela Wolff de Quadros Mora, é assessora jurídica do vice-governador do Paraná, Flávio José Arns, pertencente ao PSDB.
Outros comentários a respeito da segurança de Moro mencionam elementos altamente treinados da Agência Brasileira de Inteligência –ABIN- e do serviço de informação do Exército como permanentes acompanhantes do magistrado, que estaria blindado por um forte esquema de segurança fora e dentro de sua residência.
A popularidade do juiz vem aumentando, sendo possível que, a qualquer momento, venha a ser aclamado como candidato em potencial à Presidência da República. Por qual partido? Não se sabe. Mas é provável que não seja por nenhum dos atuais, porque não há partido da situação e da oposição que não tenha seu quinhão de culpa pelo estado lamentável a que o País chegou  no trato da  res publica”.

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