E a montanha pariu um rato... O
Governo Dilma Rousseff conseguiu desmobilizar a população, que, pelas redes
sociais, prometia uma manifestação gigante, no último dia 16, em defesa do impeachment da Presidente. As mídias
sociais já são controláveis pelo Governo, ou, mais uma vez, teria faltado garra
para a Oposição?
Em todo o Brasil, segundo
estatísticas não muito confiáveis, teriam ido às ruas cerca de 800 mil manifestantes,
soma bem inferior a de junho de 2013, quando cerca de três milhões de
manifestantes quebraram e atearam fogo às principais capitais.
O Palácio do Planalto comemora em
silêncio essa tentativa acanhada da Oposição, mas sabendo que faltaram comando
e um objetivo claro e definido como estímulo maior na convocação dos
descontentes com o governo e com a corrupção que tomou conta do País.
Há um claro descompasso entre as
ruas e a representação política no Congresso Nacional, e o governo parece agora
nas mãos exclusivas do PMDB do vice-presidente Michel Temer e do presidente do
Senado Federal, senador Renan Calheiros.
As mídias sociais constituem arma
poderosa para a Oposição, desde que seus líderes queiram de fato usá-la contra
a Presidente Dilma e o PT. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ensaia uma
oposição como líder de torcida defendendo o impeachment,
e o senador José Serra afirma à imprensa que não acredita na permanência de
Dilma. Aécio Neves diz que o povo é quem deve decidir. Ou seja, o PSDB
escorrega para cima, como se diz em Minas Gerais.
O senador goiano Ronaldo Caiado, do
Democratas, com a sua peculiar verve política, é o mais objetivo afirmando que
Dilma já pode ser impedida, com base nos pedidos apresentadas no Congresso
Nacional contra ela.
Acontece que a “Operação Lava
Jato” ainda não terminou e se sabe, pelo noticiário geral, que ainda não foram
pegos na rede do juiz Aldo Moro os peixes maiores. Quando isto acontecerá é uma
incógnita, ainda mais porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
está sendo reconduzido ao cargo bancado por um dos acusados de corrupção na
Petrobrás, o senador Renan Calheiros.
Quando visitou o Presidente Barack
Obama, Dilma pode aferir o apoio do Presidente dos Estados Unidos ao seu governo,
em face de interesses de Estado que os meandros da diplomacia bilateral e
multilateral consolidaram e que não foram difundidos, um deles a venda de
aviões e empreendimentos bilionários de empreiteiras do Brasil (algumas
denunciadas pela “Operação Lava Jato”) nos Estados Unidos, sob o portfólio da
Avibrás. Ademais, Obama não quer problemas com a democracia no Brasil até o
final do seu mandato, em 2017.
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