terça-feira, 18 de agosto de 2015

Oposição "escorrega para cima" e esvazia manifestação contra Dilma


E a montanha pariu um rato... O Governo Dilma Rousseff conseguiu desmobilizar a população, que, pelas redes sociais, prometia uma manifestação gigante, no último dia 16, em defesa do impeachment da Presidente. As mídias sociais já são controláveis pelo Governo, ou, mais uma vez, teria faltado garra para a Oposição?  

Em todo o Brasil, segundo estatísticas não muito confiáveis, teriam ido às ruas cerca de 800 mil manifestantes, soma bem inferior a de junho de 2013, quando cerca de três milhões de manifestantes quebraram e atearam fogo às principais capitais.

O Palácio do Planalto comemora em silêncio essa tentativa acanhada da Oposição, mas sabendo que faltaram comando e um objetivo claro e definido como estímulo maior na convocação dos descontentes com o governo e com a corrupção que tomou conta do País.

Há um claro descompasso entre as ruas e a representação política no Congresso Nacional, e o governo parece agora nas mãos exclusivas do PMDB do vice-presidente Michel Temer e do presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros.

As mídias sociais constituem arma poderosa para a Oposição, desde que seus líderes queiram de fato usá-la contra a Presidente Dilma e o PT. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ensaia uma oposição como líder de torcida defendendo o impeachment, e o senador José Serra afirma à imprensa que não acredita na permanência de Dilma. Aécio Neves diz que o povo é quem deve decidir. Ou seja, o PSDB escorrega para cima, como se diz em Minas Gerais.

 O senador goiano Ronaldo Caiado, do Democratas, com a sua peculiar verve política, é o mais objetivo afirmando que Dilma já pode ser impedida, com base nos pedidos apresentadas no Congresso Nacional contra ela.

Acontece que a “Operação Lava Jato” ainda não terminou e se sabe, pelo noticiário geral, que ainda não foram pegos na rede do juiz Aldo Moro os peixes maiores. Quando isto acontecerá é uma incógnita, ainda mais porque o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo reconduzido ao cargo bancado por um dos acusados de corrupção na Petrobrás, o senador Renan Calheiros.

Quando visitou o Presidente Barack Obama, Dilma pode aferir o apoio do Presidente dos Estados Unidos ao seu governo, em face de interesses de Estado que os meandros da diplomacia bilateral e multilateral consolidaram e que não foram difundidos, um deles a venda de aviões e empreendimentos bilionários de empreiteiras do Brasil (algumas denunciadas pela “Operação Lava Jato”) nos Estados Unidos, sob o portfólio da Avibrás. Ademais, Obama não quer problemas com a democracia no Brasil até o final do seu mandato, em 2017.

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