Collor versus Janot
Assisto
perplexo e enojado, pela televisão, o rosário de bajulações de alguns senadores
durante a sabatina no senado do procurador-geral, Rodrigo Janot. O cenário é
repugnante. Alguns parlamentares exageram tanto nos elogios ao Sr. Janot,
especialmente aqueles que ainda poderão ser denunciados pelo Ministério Público
Federal, que vão acabar lançando o nome de Janot para vir a ser o próximo Papa.
Deveriam ser mais firmes e menos dóceis. Lamentável.
-Gostaria
de discordar do leitor Antonio José G. Marques (cartas@oglobo.com.br, 21/8) ponderando que Fernando Collor
pode ter defeitos (quem não os tem que atire a primeira pedra), mas
"fanfarrão"
-A
diferença de Collor para a maioria esmagadora dos políticos, é que Collor é
contundente porque não é hipócrita nem subserviente. Encara os problemas de
peito aberto, com franqueza e espirito público. Isto é que dói na alma dos
decaídos.
-O
senador Fernando Collor chamou Rodrigo Janot de "catedrático do
vazamento". O procurador-geral
também é, a meu ver, catedrático da dissimulação, do cinismo, da arrogância, da
mentira e da falsa humildade. Janot chegou na CCJ senhor de si. Com o rei na
barriga. Se achando intocável , isento e santo.
Orgulhoso em ostentar sua deslumbrante vaidade e arrogância.
Foi
elogiado fartamente por senadores dóceis. Janot foi ao céu e achava que
permaneceria por lá. Contudo, perdeu a pose, ficou nervoso, tropeçou nas
palavras, ficou vermelho, quando começaram as duras e implacáveis perguntas do
senador Fernando Collor. Janot mais
gaguejou do que retrucou as acusações de Collor.
Inutilmente,
tentou manter a tranquilidade. Algumas vezes forneceu informações truncadas aos
senadores, logo repelidas por Collor, fundamentado em vasta documentação.
Collor arrancou a máscara de falso Deus de Janot.
-Não
importa o noticiário desencontrado e parcial, nem as análises truncadas,
claramente elogiosas ao procurador-geral. Filtrando tudo, a conclusão é uma só:
Fernando Collor foi o astro de primeira grandeza na sabatina de Rodrigo Janot.
O
senador honrou a cobertura politica. Não negou fogo. Não optou pela cômoda
bajulação, como grotescamente preferiu a maioria. Como era esperado, Collor foi
duro com o titubeante Janot. Tanto que Janio de Freitas. no artigo
"Collor, a seu dispor"(Folha-
27/8) salientou que Collor foi o único senador "que questionou Janot para
esclarecer obscuridades".
Por
sua vez, nessa linha, Marcelo Coelho(Poder-Folha- 27/8), igualmente tratando da
sabatina, admitiu ser Fernando Collor ,
"sem dúvida um ponto fora da curva na politica brasileira". A nação
ficou sabendo, mais uma vez, que Collor é contundente porque não é capacho.
Kaká
Francamente,
nos Estados Unidos, time do Kaká levou de 4 a zero e ele ainda foi
substituído. Ou seja, antes de fazer
teste para ver se tem condições de jogar
na minha "pelada', Kaká vai reforçar a seleção do Dunga. Seria cômico se
não fosse patético.
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