O ex-presidente Lula, 69 anos de
idade, volta a percorrer o País para promover o Partido dos Trabalhadores –PT-
e aliviar as ameaças contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, que vem
sendo ameaçada de impeachment.
Lula admite voltar a disputar a presidência,
caso seja necessário, e vê espaço para sua reeleição, apesar de ter sido muito
criticado ultimamente como leniente aos atos de corrupção que envolveram o PT
em dois processos de grande repercussão – o “Mensalão” e o “Lava Jato”, o primeiro
referente à compra de votos parlamentares em seu governo e o segundo ao
envolvimento de importantes figuras petistas no desvio de recursos da
Petrobrás, entre os quais o ex-ministro José Dirceu, atualmente preso.
Lula continua, no mínimo, um
grande eleitor, ainda que muitos questionem se seria ainda um bom candidato
presidencial. A diferença entre grande eleitor e grande candidato é que o primeiro
pode influenciar decisivamente na eleição de um candidato, enquanto o segundo
decide para si.
Assim, se Lula tem 25% das
intenções de voto contra Aécio Neves, 55 anos, que teria 35%, conforme pesquisas do Datafolha, Lula teria alguma chance de
se reeleger em 2018 contra Aécio, e muito mais chance se viesse a enfrentar um candidato
menos conhecido nacionalmente.
O conservadorismo do eleitorado brasileiro
é um fato concreto. Muitos eleitores do Lula, que levaram o PT ao poder, aparentemente,
não se desencantaram com os erros cometidos pelo partido e com as acusações de corrupção
que marcam o cenário político, levando a população a um verdadeiro descrédito em relação ao atual
governo de coalizão do PMDB/PT.
Político só desaparece quando
morre, pois o voto é um patrimônio que permanece com ele e, raramente, se
dissipa com o político ainda em vida, a menos que ele cometa um desatino ou um
equívoco muito evidente e antipopular. Assim Lula se comporta agora conforme a
sua real condição de carta ainda dentro do baralho político, apesar das acusações de que tem sido alvo.
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