Mais de 40 mil acessos ao meu blog "Política com Feichas Martins", em dezenas de países, proporcionam-me a certeza de que estou no caminho certo escrevendo sobre Política, apesar das dificuldades inerentes ao ofício, entre as quais a dificuldade de interpretação dos fatos diante da "salada ideológica" em que se transformou o Brasil e da rapidez dos fatos que transformam as personalidades em, aparentemente, meros joguetes do destino, como acontece no Brasil.
Aqui, a multiplicidade de partidos, o ideário partidário pulverizado e o fisiologismo, associados à ética de resultados, torna a política um mero instrumento de poder (conquista e manutenção), mas não de propulsão do desenvolvimento em benefício do bem comum.
O que acontece neste momento, com o fatiamento do poder e a entrega do quinhão maior para o PMDB, tornando-se o PT caudatário e a Presidenta Dilma refém da engenharia peemedebista, é a completa submissão da política ao poder econômico-financeiro, e , fato mais grave, aos centros de poder internacional, que estão regendo os destinos do Brasil(o artigo acima de Adriano Benayon nos mostra esse quadro).
Em nome do ajuste fiscal, se negocia tudo, desde que os detentores do poder não sejam questionados em suas mazelas, como é o caso do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que é acusado de ter cinco milhões de dólares em sua conta na Suíça , desviados através de falcatruas na Petr0obrás,e continua presidindo normalmente as sessões daquela casa, sem prestar nenhum esclarecimento formal ou informal.
O fatiamento do poder do juiz Aldo Mora e sua equipe na "Operação Lava Jato", determinado pelo Supremo Tribunal Federal, é outra característica dos tempos atuais em que prevalece o decisionismo jurídico de Carl Schmitt, o jurista preferido de Hitler, que via a lei subordinada ao fato.
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