Na posse do ministro da Defesa,
Aldo Rebelo, no dia 8 de outubro, foi hasteada a bandeira do Partido Comunista do Brasil - PC do B-,
agremiação a que pertence o deputado e considerada como de extrema-esquerda no
Brasil, e os comandantes militares aceitaram posar para fotografias com o ministro tendo o pavilhão comunista ao fundo.
A apoteose ideológica comunista,
no caso, não condiz com a neutralidade do cargo a ser exercido por Aldo Rebelo
e muito menos com a neutralidade axiológica (imparcialidade) que se exige das Forças Armadas, cuja missão
constitucional é manter os poderes constituídos, a lei e a ordem, independentemente da ideologia governamental.
O que significa o hasteamento
dessa bandeira e a aceitação pelos Comandantes do Exército, da Marinha e da
Aeronáutica em se perfilarem ao lado do ministro com a bandeira ao fundo
compondo uma imagem inédita na história do Brasil? Quando algum ministro é empossado noutras pastas, a única bandeira hasteada é a do Brasil, e não bandeira partidária.
Algumas fontes militares acreditam que a foto foi montada como provocação, mas o impacto causado pela divulgação foi inevitável, ainda mais porque, até agora, nenhuma autoridade do Ministério da Defesa veio a público para esclarecer o episódio.
Algumas fontes militares acreditam que a foto foi montada como provocação, mas o impacto causado pela divulgação foi inevitável, ainda mais porque, até agora, nenhuma autoridade do Ministério da Defesa veio a público para esclarecer o episódio.
Será que está proclamado o fim
das ideologias, conforme queria, já na década dos 90, o norte-americano Francis
Fukuyama? Ou o ato solene mencionado reflete o estado de ânimo nacional
diante da crise política e econômica que assola o Brasil, hoje perdendo crédito
internacional e apontado como um dos países com maior índice de corrupção
política do mundo?
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