quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Comandantes posam com bandeira comunista ao fundo


Na posse do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, no dia 8 de outubro, foi hasteada a bandeira do Partido Comunista do Brasil - PC do B-, agremiação a que pertence o deputado e considerada como de extrema-esquerda no Brasil, e os comandantes militares aceitaram posar para fotografias com o ministro tendo o pavilhão comunista ao fundo.
A apoteose ideológica comunista, no caso, não condiz com a neutralidade do cargo a ser exercido por Aldo Rebelo e muito menos com a neutralidade axiológica (imparcialidade)  que se exige das Forças Armadas, cuja missão constitucional é manter os poderes constituídos, a lei e a ordem, independentemente da ideologia governamental.
O que significa o hasteamento dessa bandeira e a aceitação pelos Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em se perfilarem ao lado do ministro com a bandeira ao fundo compondo uma imagem inédita na história do Brasil? Quando algum ministro  é empossado noutras pastas, a única bandeira hasteada é a do Brasil, e não bandeira partidária.

Algumas fontes militares acreditam que a foto foi montada como provocação, mas o impacto causado pela divulgação foi inevitável, ainda mais porque, até agora, nenhuma autoridade do Ministério da Defesa veio a público para esclarecer o episódio.
Será que está proclamado o fim das ideologias, conforme queria, já na década dos 90, o norte-americano Francis Fukuyama? Ou o ato solene mencionado reflete o estado de ânimo nacional diante da crise política e econômica que assola o Brasil, hoje perdendo crédito internacional e apontado como um dos países com maior índice de corrupção política do mundo?






 

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