sábado, 7 de novembro de 2015

Janela de Brasília (XXII)


1. Nova profissão parece prosperar em Brasília, assim como no Brasil inteiro: Amestrador de cães. O número desses profissionais parece aumentar junto com a população canina, que, no País, chega a 52 milhões, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Eu digo amestrador respeitosamente, porque a verdade é que muitos são apenas “babás” pagos para levarem os cães a passeio com coleira.
Nos gramados e nas quadras, proprietários e amestradores reúnem seus cães com ou sem pedigree pelas manhãs e tardes de fim-de-semana e feriados e batem-papo sobre os animais. Há outros criadores que caminham fazendo exercícios acompanhados pelo seu dileto amigo de quatro patas.
Em tempo: o Brasil tem uma população de 22 milhões de gatos...
2. Há muito peixe no Lago Paranoá, e os cardumes de diversas espécies estão procurando os pontos mais fundos, porque a seca e falta de chuva já expõem em certos locais o fundo do Lago, como acontece perto da ponte da Bragueto, na saída Norte. Onde havia água, está aparecendo areia e até grama, fazendo lembrar aqueles rios africanos disputados pela fauna sedenta. Ainda bem que a chuva está chegando...

3. Não adianta dizer que Brasília é hoje um dos melhores centros para exibição de artistas famosos do Brasil e do exterior, porque três fatores contribuem para afastar as pessoas de bom senso dos espetáculos: Escassez de espetáculos, preços abusivos dos ingressos e a falta de boas acomodações.

Crianças e idosos continuam alijados do entretenimento de boa qualidade, por falta de dinheiro, de oportunidade e de braços para disputar espaços com a juventude soberba. Há dinheiro público aplicado, mas o povo não desfruta dos projetos.

Quando, por exemplo, o brasiliense verá algum intérprete mundialmente famoso de Chopin ou Maria Callas em Brasília? Ou mesmo uma apresentação do Circo Imperial da China? É o reino cultural das trevas na Capital. Faltam Mecenas, ante a indiferença do Estado.

4. Meu amigo Carlos Marchi afirma que o jornalismo brasileiro está falido. Não creio, porque as redes sociais constituem alternativa eficaz para compensar a anemia do mercado jornalístico - a chamada mídia impressa e eletrônica. Brasília sofre esse impacto anêmico.
O jornalismo se tornou difuso, mas há muitos jornalistas valorosos nas trincheiras dos blogs, faceboock, twitter, instagram e outras modalidades, fazendo jornalismo de excelente qualidade e sem “chapa branca”. 
5. Quando a cidade de Itapoã, nas imediações do requintado Lago Norte e da progressiva Paranoá, deixará de ser um lixo a céu aberto? 
 

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