quinta-feira, 5 de maio de 2016

Eduardo Cunha é afastado e Waldir Maranhão torna-se presidenciável

O Supremo Tribunal Federal -STF- decidiu ontem pelo afastamento de Eduardo Cunha do cargo de deputado federal e, consequentemente, de Presidente da Câmara dos Deputados, com base em recomendação da Procuradoria Geral da República, que aponta, em amplo e bem redigido relatório, onze situações em que Cunha teria utilizado seu cargo para retardar ou obstruir investigações a seu respeito.
 
Eduardo Cunha seria o segundo nome na cadeia de sucessão presidencial, se confirmado o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff pelo Senado Federal e a posse do vice-presidente Michel Temer, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro -PMDB-.
 
As complicações da política brasileira aumentam mais ainda com essa decisão de afastamento de Eduardo Cunha, pois também pesam acusações contra o terceiro nome da cadeia sucessória, o presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros. Até Michel Temer corre risco de ter sua posse impugnada, se o Tribunal Superior Eleitoral -TSE- impugnar a eleição da chapa Dilma-Temer por irregularidades financeiras na campanha.
 
Tida como certa a aprovação do relatório do senador  Antônio Anastasia, do Partido da Social Democracia Brasileira -PSDB- ,pela admissibilidade do processo de impeachment , na votação de amanhã, o que resultará no afastamento da Presidenta Dilma Roussseff por 180 dias, a cadeia sucessória brasileira fica assim definida: Presidente Michel Temer;  primeiro sucessor 1º Vice-Presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, do Partido Progressistas -PP- do Maranhão e substituto eventual de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara dos Deputados; segundo sucessor o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros; e terceiro sucessor o Presidente do Supremo Tribunal Federal -STF-, atualmente o ministro Ricardo  Lewandowski.

Há uma resistência em se admitir que Maranhão entra na cadeia sucessória assumindo, ainda que interinamente, a Presidência da Câmara. Se pode, no exercício dessa Presidência, convalidar o processo legislativo, também pode participar da cadeia sucessória, enquanto não se eleger novo novo presidente substituto de Eduardo Cunha. Os deputados devem escolher com cuidado a sua Mesa Diretora.
 
 
 
 

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