Aos poucos, começam a ganhar corpos duas correntes teóricas para a solução, de forma flexível, da turbulência econômico-financeira na União Européia: 1) Desligamento dos países insolventes (de imediato a Grécia), que voltariam a adotar outra moeda; 2)Adoção por cada país de moeda própria padrão euro (euro alemão, euro italiano, euro espanhol, etc.).
As duas sugestões, que, em síntese, significariam o reconhecimento de que a unificação econômica européia fracassou, são preconizadas por autoridades brasileiras como Guido Mantega, atual ministro da Fazenda, e Carlos Brésser Pereira, ex-ministro dessa mesma pasta.
Sugestões ”mui amigas”, diriam os seus críticos europeus, entre os quais a Alemanha, mas sugestões realistas, que exigiriam exercício de humildade dos europeus diante de evidente fracasso de seu empreendimento.
A Grécia, cuja economia agoniza em estado terminal, fica assim como que “rifada” de todos os lados, apesar dos bilhões de dólares que vêm sendo injetados para quitação dos seus compromissos e que, antecipadamente, são considerados meros paliativos para um paciente com septicemia generalizada.
Volto a reafirmar meu ponto de vista, segundo o qual a Grécia não pode ser abandonada pelos seus parceiros do euro. Ela é credora do mundo, dessa civilização ocidental de 2600 anos, que não tem preço. Se os gregos fossem bons de economia, certamente não seriam de filosofia...
Por tudo que gerou e transmitiu ao mundo, no campo do conhecimento, a Grécia jamais poderá ser considerada devedora, sob pena de se cometer crime de lesa-civilização. Eis que defendo o perdão da dívida grega e um esforço mundial para o soerguimento da Grécia.
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