Rosane Brandão Malta, ex-primeira dama Rosane Collor e ex-mulher do Presidente Fernando Collor, prepara o lançamento de um livro contando alguns detalhes da vida do casal antes, durante e depois da conquista do poder.
Collor governou o Brasil de 15 de março de 1990 a 29 de dezembro de 1992, tendo sido destituído da Presidência, por impedimento aprovado pelo Congresso Nacional, sob acusação de improbidade administrativa, após denúncias de ligações com seu tesoureiro de campanha PC Farias, contidas em dossiê divulgado pelo seu próprio irmão, Pedro Collor.
Foi um processo conturbado de acusações contra o Presidente Collor, alimentado pela oposição do Partido dos Trabalhadores, liderado por Lula, e pelas manifestações, nas ruas das principais capitais brasileiras, de milhares de jovens estudantes favoráveis ao impedimento do Presidente, no movimento denominado “Caras Pintadas”.
Em longa entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, Rosane adiantou alguns tópicos da obra, que, certamente, reavivará, no imaginário do povo brasileiro, a figura do hoje discreto senador de Alagoas, que completa, no próximo dia 12 de agosto, 63 anos de idade.
Rosane, hoje ativista do movimento evangélico, confirma as ligações à época do Presidente Collor com PC Faria, a desenvoltura desse empresário nos escaninhos do poder, com visitas semanais à Casa da Dinda, mansão da família Collor em Brasília, e revela detalhes de sessões de magia negra que Collor realizava no porão de sua residência.
Quando PC Farias foi assassinado em sua casa. De praia, em Alagoas, em 23 de junho de 1966, com sua namorada Suzana Marcolino, o casal Collor e Rosane se encontrava a passeio no Taiti. Rosane não acredita que Collor tenha qualquer envolvimento com o assassinato do empresário, fato que até hoje continua envolto em mistérios.
Divorciados desde 2005, Rosane e Collor disputam na justiça alguns bens, e a ex-mulher pede revisão do valor da pensão alimentícia, atualmente fixado em 18 mil reais, quantia que Roseane considera insignificante, diante do patrimônio de Collor.
Rosane afirma que já recebeu ameaças anônimas e se considera “um arquivo vivo”, e responsabiliza previamente Fernando Collor de Mello por qualquer atentado que venha a sofrer. Collor, procurado pela TV Globo, se recusa a fazer qualquer comentário.
Relato o assunto, já amplamente noticiado, para os leitores deste blog no exterior, que não tiveram a oportunidade de assistir a entrevista de Rosane. Mas, concluo que o poder tem seu preço, e o tempo sempre revela seu valor, qualquer que seja o homem público que dele desfruta.
Recordo o que disse Lord Acton"O poder tende a corromper; o poder absoluto corrompe absolutamente."
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