Jornalista Francisco das Chagas Leite Filho
Informações,Fatos,Idéias e Reflexões sobre Política no Brasil e no Mundo
terça-feira, 28 de maio de 2013
Pílulas do Vicente Limongi Netto
Dilma x
Moreno
Magnifica
entrevista de Jorge Bastos Moreno com Dilma. É incrível como a presidente
fica solta, leve, à vontade, com Moreno. Atilado e experiente repórter, que
conviveu com autênticos astros da politica brasileira, Moreno consegue extrair
tudo de Dilma com facilidade.
Nota-se
pelas variedades de perguntas de Moreno, envolvendo as mais diversas áreas de
atividades e pelas respostas sinceras e divertidas de Dilma, que a Chefe da
Nação, se tivesse tempo disponível, passaria horas intermináveis jogando
conversa fora com Moreno.
É a
necessária confiança profissional e pessoal que o jornalista precisa ter
e passar para o entrevistado. Mais uma vez ficou provado que Dilma abre o
coração sem susto com Moreno. Chega a ser comovente...
Collor
critica Joaquim Barbosa
Em
discurso, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que as
declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal - STF-, ministro Joaquim
Barbosa, com criticas claramente jocosas ao Legislativo e aos partidos políticos,
afrontam a Constituição.
Collor
criticou a "inversão de valores e de representatividade", no que diz
respeito às instituições, classes e agentes públicos. O senador
qualificou as afirmações de Barbosa como claro indicio da situação de
esfacelamento institucional existente no Brasil.Collor julgou ainda mais graves as afirmações do ministro Barbosa por ele ser não apenas um membro do Poder Judiciário, mas de um ministro atualmente presidente da Suprema Corte. Para Collor, não adianta alegar que as declarações de Joaquim foram feitas no universo acadêmico.
"O
ministro Joaquim Barbosa foi convidado para fazer palestra exatamente por ser
presidente do STF. Sua figura e funções são indissociáveis", salientou
Collor. Collor avalia que os momentos de insubordinação com a vida pública,
como os protagonizados pelo presidente do STF, podem resultar em um período de
autoritarismo na vida politica do Brasil.
Ainda
BarbosaGênio, sábio, dono da verdade, paladino, valente, Joaquim Barbosa é tudo de maravilhoso que os Deuses mandaram para iluminar o planeta Terra com sua fulgurante inteligência e fina sutileza. Ninguém pode com Joaquim. Ele está acima do bem e do mal. Primeiro insulta a imprensa através de um repórter. Depois magistrados. A seguir, os advogados. Agora, decidiu atacar ferozmente com sua lança de inatacável os partidos e o Legislativo.
Sem
esperar apagar as luzes dos holofotes, Joaquim Barbosa pede desculpas em sonolentas
e arrogantes notas oficiais. Imaginem quando o Barbosa for candidato a alguma
coisa... Vai semear ternura e emoção pelo país inteiro. Mas, retrucá-lo é um
perigo. Longe de mim...
Novela
patética
Pelo
visto continua a patética novela de interesses mesquinhos, onde predomina a
falta de diálogo e impera a hipocrisia, a desinformação e a burrice. Refiro-me
ao monumento à imbecilidade que gente que não têm o que fazer, que se presta a
todas as barbaridades e sandices, insiste em construir, envolvendo Dilma e José
Maria Marin.
Se,
realmente, for verdade, como apregoam as nefastas plantações, que Dilma deseja
Marin longe dela na abertura da Copa das Confederações, paciência...
Fazer o quê. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol –CBF- é cidadão
educado, calejado pela longa e vitoriosa existência, contudo, seguramente não
vai morrer por isso.
Saibam os
“aspones” presidenciais e seguidores que Marin trabalha pelo sucesso do futebol
brasileiro tanto ou mais do que ela. A verdade precisa ser dita e proclamada. O
foco dos dois é trabalhar pelo êxito da Copa das confederações e da copa do
mundo. Intrigalhadas de decaídos e parasitas, à esta altura da vida, não vão
esmorecer José Maria Marin. Mesmo porque Marin tem mandato na CBF até
depois da Copa do mundo. Dilma deixa o governo muito antes. E terá que
trabalhar muito, se quiser ser reeleita. Marin, desprendido e altivo, estará
torcendo por ela.
Rasgando
o verbo contra o TCU
O senador
Fernando Collor não está só. Quando rasgou relatório do DNIT com informações
falsas sobre andamento de obras, com o endosso dos quatro senadores presentes
na reunião da Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado, o ex-presidente
também criticou a postura insolente, arrogante e incompetente dos técnicos do Tribunal
de Contas da União -TCU-, os quais, segundo ele, ao invés de colaborar com o
governo, atrapalham, porque embargam obras sem nenhum critério realmente
profissional.
Agora,
nesta linha, o próprio ministro dos Transportes, César Borges, afirma e
denuncia que o TCU ultrapassa a missão de fiscalizar para insistir em tornar-se
gestor de obras. O ministro lamenta que "antes não havia recursos para serem
gastos em infraestrutura. Agora existem recursos , mas, não se consegue
gastar". Parabéns à firmeza do ministro.
Conflitos e a questão indígena, Sem noção e Preconceito e discriminação
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
Conflitos
de terras
Teoria
dos conflitos - Reza
a moderna ciência da polemologia que, na ausência de uma força esmagadora, o
confronto das vontades precede o confronto físico, e, normalmente, decide
o resultado antes mesmo do primeiro contato físico.
Imaginemos
o seguinte cenário: um grupo de “sem terra” invade certa propriedade.
Imaginemos que os “sem terra” sejam antigos empregados rurais expulsos de seus
empregos pela mecanização e que só conhecem o trabalho na lavoura,
que, para sustentar seus filhos,
precisem de um pedaço de terra e que para conquistá-lo estejam dispostos a
lutar até a morte.
Imaginemos
que seu opositor, o fazendeiro, encare a sua fazenda como um negócio e que,
sentindo-se espoliado, esteja disposto a se defender amparado nas leis ou até
mesmo a matar, mas não a morrer por causa disto, deseja apenas que outros lutem
e morram por ele, sejam policiais ou jagunços, a soldo. Não deixa dúvida o
resultado do confronto.
Em outro
cenário, imaginemos o fazendeiro que esteja disposto a lutar até a morte pelas
suas terras, seja por sua índole, seja por estarem lá enterrados seus pais ou
por ser o fruto do labor de toda sua vida. Imaginemos que seus opositores
sejam como a ralé urbana de aproveitadores reunidos pelas esquerdas, que nem
tenham interesse nas terras a não ser para vendê-las e tirar um lucro que nem
merecem. Podem estar até dispostos a matar para consegui-lo, mas nem pensam em
morrer por causa disto. No primeiro tiro que receberem, correrão como coelhos
assustados.
Certo,
esses cenários pressupõem que tanto os “sem terra” como os fazendeiros tenham
condições de reunir forças equivalentes e que não haja interferência externa
(governamental), como tem havido até agora em favor tanto dos “sem terra” com
dos índios invasores.
Ainda a
questão indígena - Uma virada antes da rebelião
Seguindo
o exemplo bem sucedido dos “sem terra”, muitas tribos, orientadas pelas ONGs
estrangeiras, invadiam e ocupavam terras numa proporção nunca vista em nenhum
país e ainda, quando necessário, com o apoio da estrutura policial.
Os
produtores prejudicados queixavam-se amargamente, mas não os enfrentavam, e ,quando
o faziam, era isoladamente. Parecia um galinheiro: Quando pegavam um, os outros
cacarejavam, ”cococó, cococó, ufa, não foi a minha fazenda. A reação coletiva
acontecida na Raposa-Serra do Sol foi dominada pela força esmagadora da Polícia
Federal do Tarso Genro agindo por ordem do Lula, que, covardemente, cedeu às
pressões internacionais.
Agora, a
situação está mudando. As demarcações da Funai terminaram por convencer aos
produtores rurais que teriam que reagir a bala. Depois de terem vindo a público
as violentas invasões, incluindo o arrasamento de uma vila com 700 casas
destruídas (no Mato Grosso do Sul), multiplicaram-se as manifestações em defesa
da garantia da terra e contra as fraudes nas demarcações.
Até mesmo
militares da Força Nacional ficaram abalados e a opinião pública evoluiu de uma
indiferença simpática aos “pobres” índios para a consciência da injustiça e da
necessidade da produção rural. Pressionados, mas agora com o apoio da opinião
geral, os desesperados produtores, gente inteligente, sentiram que precisavam armar-se.
Armaram-se.
Contrataram não apenas jagunços, mas também mercenários estrangeiros, que lhes
ensinaram a fazer explosivos com fertilizantes, pois sentiam que, abandonados
pelo Governo, teriam que enfrentar até o aparato policial para ter chance de
justiça. Reuniram recursos e muitos deles colocaram-se à frente. O circo estava
pronto para o início do sangrento espetáculo, que ninguém sabia que vulto
tomaria, mas a principal mudança foi da atitude do Governo.
O
vice-presidente Temer ficou impressionado com os relatos dos produtores rurais
numa audiência com deputados ligados ao setor. A entrada dele nas negociações
parece ter neutralizado a influência de Gilberto Carvalho e Paulo Maildes nas
decisões sobre a Questão Indígena.
O fato é
que o Estado Brasileiro se deu conta das fraudes nos laudos antropológicos, do
perigo da reação, e das consequências que poderiam advir, desde a drástica redução
da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando
intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, quando em jogo os
interesses dos países hegemônicos.
Dilma,
que já demonstrara não ter entusiasmo pelas demarcações, contrariando tanto a
pressão internacional como a de seus partidários, interrompeu a criação de
novas reservas e ensaia rever as desproporcionais reservas já demarcadas.
Estaremos despertando?
Óbvio, se
isto acontecer, serão terríveis as pressões internacionais. Traidores
levantarão a voz contra o nosso País, tendo talvez como símbolo a enigmática
Marina Silva. Esperemos que a Dilma não seja como o Lula, que recua quando a
pressão toma vulto, mas na questão dos juros já teve que recuar.
Independente
de posições políticas, é hora de apoiá-la nisto, se ela demonstrar a coragem
que esperamos. Dias difíceis virão: novos boatos, pressões econômicas, atritos,
bloqueios e quem sabe sabotagens de Forças Especiais estrangeiras, mas o que
está em jogo é a integridade do nosso Brasil .
Sem noção
Entidades
como o Conselho Indigenista Missionário – Cimi- respondem pela decadência da
Igreja Católica no nosso País. De cristãos, essa gente não tem nada. Muito
ocupados para cuidar de almas, preferem incentivar conflitos e promover as bárbaras
religiões pagãs. Qual é a Bíblia dessa turma?
O Ministro da Justiça, até agora, exerceu um método para evitar
conflitos de terras: Prende os legítimos proprietários. Isto pode estar
mudando, aliás, tem que mudar, mas só mudará quando a Dilma se libertar da
influência do Lula, o que está demorando.
A Ministra
dos Direitos Humanos defende os direitos humanos de criminosos empedernidos, mas
jamais os direitos humanos das vítimas, e ainda quer desarmar os policiais,
para que não possam fazer dano aos pobres malfeitores. Entre as autoridades, há
os incapazes e também os capazes de tudo. Maria do Rosário reúne ambas
características: É uma incapaz capaz de tudo...
O governo
de Evo Morales vem usando os 12 torcedores brasileiros injustamente presos lá,
como moeda de troca para que entreguemos um senador asilado dentro da embaixada
brasileira. Já era tempo de darmos uma lição naquele cocaleiro.
Seis mil
médicos? Existem duas faculdades de medicina em Cuba: “La Habana”, que forma
200 médicos por ano, e “Elam”, que forma só 100, portanto Cuba gradua apenas
300 médicos anualmente. Para reunir seis mil deles seria necessário juntar todos
os médicos formados nos últimos 20 anos. Se a vinda deles não for boato, não
estaremos recebendo médicos, mas sim ativistas políticos. ATENÇÃO ABIN!
Só para
lembrar.
No grande jogo geopolítico, as posições relativas dos diversos países se
alteram segundo a evolução de suas potencialidades e da atuação de cada um.
A nossa posição já é potência regional e, em função
de nossos recursos naturais, temos todas as condições de nos tornarmos uma
potência global. Explorando apenas uma pequena parte de nossas terras
agricultáveis, já somos chamados de celeiro do mundo. Temos espaço para
crescer, energia hídrica e as jazidas minerais, inclusive petróleo. Não temos
fatores físicos que freiem o nosso desenvolvimento. Se compararmos o potencial
do Brasil com o dos demais, percebemos as vantagens evidentes do nosso País;
podemos, se quisermos, ser independentes do resto do mundo.
Naturalmente,
estes fatores despertam ambições. Além disto, tornam o nosso País uma ameaça ao
ordenamento econômico de potências estabelecidas, algumas das quais
vêem diminuir sua influência a cada ano. É lógico que essas potências, para
manter o “status quo”, procurarão bloquear a ascensão dos demais, entre os quais o
de maior potencial certamente é o nosso e o mais frágil militarmente também.
A
primeira das barreiras que nos impuseram foi a socioambiental, que, somada ao
incentivo à divisão étnica de indígenas e quilombolas, asfixiaram o nosso
progresso impedindo ou retardando a construção de hidrelétricas, estradas e
portos e prejudicando a produção agropecuária.
Há uma
guerra, onde somos atacados por enorme exército irregular de ONGs, instituições
e pesquisadores orientados por uma agenda ideológica, escrita e orquestrada
pelos EUA, Inglaterra, Canadá, Noruega, Dinamarca e Alemanha, que pagam a conta
e financiam este aparato.
É claro
que se trata de uma guerra, e numa guerra o primeiro embate é o das vontades.
Nisso estávamos em desvantagem, pois não percebíamos o solerte ataque.
Era como se numa conversa amigável nos surrupiassem a carteira e até nossos
títulos de proprietários sem que percebêssemos.
A
sociedade estava ofuscada pela conversa mole de dívida histórica, a imprensa
bem paga pelas ONGs estrangeiras e o próprio governo eleito com o beneplácito
dos “inimigos” ocultos. Agora o jogo está virando. O embate das vontades já
está começando. O nosso mal é a mania de nos menosprezarmos e de falar mal de
nós mesmos. Mudando esse complexo de vira-lata, incentivando o amor próprio,
criando um pouco de orgulho, estaremos em condições d e vencer o embate das
vontades, e quando vencermos esse embate, se houver embate físico, a vitória
estará assegurada.
Preconceito
e discriminação
Há, hoje,
no Brasil há, uma mania de achar que todo preconceito causa discriminação, e se
observa uma exagerada reação a alguns tipos de atitudes que poderiam
ser rotuladas de mal- educadas, mas são consideradas “tabu” por objetivos
políticos. Pode-se chamar as loiras de “burras’. Pode-se chamar um rapaz de
pele clara de “branquelo azedo”, mas se alguém chamar um afrodescendente de
“negão”, soam os alarmes e os ativistas gritam: preconceito!
Discriminação
O
preconceito pode existir ou não. Quanto mais mal formado o caráter mais
preconceito haverá, como também pode ser criado por experiências anteriores.
Pode haver preconceitos sobre carecas como sobre cabeludos, sobre pretos e
sobre brancos, sobre judeus e sobre árabes. São atitudes mentais errôneas e mesquinhas,
mas reconheçamos que têm sido fomentadas em todos os conflitos como parte da
guerra psicológica. Só diminuirá com a convivência, mas nunca poderá ser
completamente erradicado.
Quanto à
discriminação, essa, sim, pode ser coibida pela lei, desde que não haja um
motivo plausível; por exemplo, não se pode aceitar um obeso ou um cardíaco num
curso de paraquedismo, por mais discriminatório que isto seja. Tampouco seria
lógico aceitar um homossexual numa Academia Militar de um Exército, onde, por
preconceito dos soldados, não o aceitem como chefe.
Outro
aspecto interessante é o uso de certas características como injúria; se
alguém chamar alguém de “negro ladrão”,
certamente estará expondo seu preconceito, mas, se chamar de branco ladrão não
seria a mesma coisa?
Estão
confundindo injúria com discriminação. Há injúria de “ladrão”, sem que ele o
seja; mas não há discriminação se alguém chamar um assaltante negro de “nego
ladrão”... Se ele for negro e é ladrão! Como poderia ser
loiro... e ladrão.
Fica
difícil, hoje em dia, conseguir um adequado equilíbrio entre a liberdade de
expressão e o uso de certas características como injúria, até mesmo quando
são usados apelidos. No Sul, é comum chamar-se as descendentes de alemães
de “alemoas”; e os descendentes de italianos de “gringos”. Ainda há os
“polacos”, os “aratacas”; e assim por diante. Sem problemas, mas
quando se trata de negros, a característica é intocável.
Outro
exagero é no tratamento aos homossexuais. Não são apenas intocáveis, mas
querem ser discriminados como melhores, como exemplos a serem seguidos.
Pode-se chamar um rapaz de garanhão, mas ai de quem se referir a um desviado
como viado... ( Aliás, sobre a palavra “viado”, convém esclarecer que a
expressão é proveniente de “desviado” e não do animal veado – com E – que
consta ter uma vida sexual normal, com as suas corças... )
Esses
exageros conduziram a sérias distorções de enfoque social, que vêm desembocando
numa inadequada atribuição de quotas, pretensamente
compensatórias. Atribuir quotas é, em princípio, discriminar! Hoje
vemos quotas nas universidades, quotas no emprego público, quotas na concessão
de crédito e na alocação de moradias subsidiadas. Quotas não corrigem
injustiças anteriores. Quotas discriminam e desestimulam a busca pelo mérito.
Nós,
hoje, não temos culpa por ter existido a escravidão. É abominável.
Foi abolida. O que se tem que fazer, agora, é proporcionar oportunidades
e tratamentos iguais para todos, independentemente da cor da
pele, ou da opção sexual que tenha. Se quisermos ter união, temos que firmar o
conceito de que todos os brasileiros são iguais, nos direitos e nos deveres
Que Deus
guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união!
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Fala Joaquim Barbosa!
Vejo como apropriadas as
declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal-STF-, ministro Joaquim
Barbosa, sobre o que considera má qualidade dos partidos políticos brasileiros
no desempenho de sua missão representativa. Afinal, quem preside o Tribunal
Superior Eleitoral é um ministro do STF, em rodízio com seus pares na Corte.
Disse o ministro à revista
“Veja”: “Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos
identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em
casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência
ideológica e programática em nenhum dos partidos... Querem o poder pelo poder”.
Não só é da
competência do STF zelar pela constitucionalidade – e os sistemas eleitoral e
partidário nela são ínsitos -, como também o presidente Joaquim Barbosa tem obrigação
e autoridade suficiente para avaliar o quadro da representação política, seus
altos e baixos, como relator do “Mensalão”, processo de compra de votos
parlamentares durante o Governo Lula, que resultou na condenação de vários membros
do Congresso Nacional, pertencentes a vários partidos.
Durante o
julgamento dos acusados, o relator e seus pares puderam esmiuçar as entranhas do sistema
eleitoral-partidário brasileiro, a destinação dos fundos partidários,
o financiamento de candidatos e as artimanhas políticas para divisão do espólio eleitoral fora e dentro do
Congresso.
Afirmar que
os partidos brasileiros não têm consistência ideológica e nem programática é
algo recorrente na crônica e literatura política do País; dizer que os
políticos guiam-se pelos interesses pessoais pelo dinheiro, voto e poder,
elementos imbricados com a “ética de resultados” imperante em qualquer
política, tem lógica, não obstante a corrupção situar-se no patamar da cultura
política de cada país. Há muitas entidades que se dedicam aqui e alhures à
fixação e divulgação de índices de transparência política e de corrupção em
vários países.
Generalizações
em relação à classe política devem ser evitadas, por mais que se dissemine a
impressão de que todos os políticos são corruptos. Isto, sim, e não é o caso do
ministro Joaquim Barbosa, constituiria um desserviço à democracia e ao próprio
instituto da representação política, pois o povo escolhe seus representantes,
em tese, por seu livre arbítrio, e ainda não se experimentou outro modelo que
não seja o representativo no Brasil – a democracia direta ou plebiscitária-,
que as próprias elites dominantes repudiam, porque coloca o povo com poder decisório terminativo.
No mais,
restam os regimes autocráticos mistos – a ditadura, modelo que o Brasil já
experimentou, e o despotismo- e os puros, totalitarismo - nos moldes do
Nazismo, Fascismo e Stalinismo- e a tirania, típica de algumas monarquias
registradas pela História.
Uma questão
que se depreende das considerações de Barbosa: Qual a contribuição dos partidos
políticos para o desenvolvimento do País?
Durante o Império,
liberais e conservadores ajudaram no
processo de institucionalização e consolidação da integridade territorial,
diante de ameaças externas e de inúmeras insurreições, que projetaram a figura
de Luiz Alves de Lima e Silva –Duque de Caxias -, o Pacificador. Durante a República
Velha, da política do “café-com-leite”, republicanos mineiros e paulistas se
destacaram no pluripartidarismo criado, consolidando o regime republicano. A
partir da década dos 20, com outras agremiações que tiveram impulso na década
dos 30, entre os quais se inseriram os
comunistas e integralistas, o País pode se adaptar aos ventos políticos da
Europa e ao fluxo de imigrantes advindos daquele continente. Com a sístole
getulista, houve a tripolarização no PSD, partido dos senhores rurais, UDN,
partido das elites urbanas, e PTB, partido dos trabalhadores, que contiveram o
processo de exacerbação ideológica entre direita e esquerda.
O
bipartidarismo, ARENA e MDB, instituído a partir de 1964, aglomerou as
correntes diversas de esquerda, centro e direita, garantindo o processo
revolucionário, e a volta do pluripartidarismo, em 1979, reconfigurou as agremiações
em seus leitos ideológicos naturais, com transformações e adequações diversas, principalmente
dentro do espectro esquerdista, após a
queda do Muro de Berlim.
Os mais de
trinta partidos hoje, com pedidos de registro no Superior Tribunal Eleitoral, são
a demonstração cabal da efervescência partidária brasileira e, por conseguinte,
da própria sociedade, pois o sistema eleitoral-partidário nunca se situa além
ou aquém da sociedade ou dos interesses, aspirações, idéias, reivindicações
e necessidades do Povo.
Uma das obras
que me inspiram a dizer que os partidos têm sido importantes para o desenvolvimento
do País é a “História dos Partidos Políticos Brasileiros”, de autoria de
Vamireh Chacon, lançada em 1998, mas há ampla bibliografia sobre as agremiações,
que atestam o quanto os partidos têm contribuído para a vida nacional.
As
considerações do ministro e presidente do STF, Joaquim Barbosa, são importantes
para o fortalecimento do sistema eleitoral-partidário, à medida em que estimulam
os debates, principalmente no meio acadêmico, onde se critica muito a falta de
consistência ideológica e programática dos partidos, criando-se precioso caldo
de cultura do humanismo crítico das instituições políticas brasileiras. Mais
uma vez, o lúcido e corajoso jurista presta relevante serviço ao País. Continue falando, Joaquim!
terça-feira, 21 de maio de 2013
A questão indígena no balanço do poder nacional, Uma hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula e O perigo da desunião
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
A questão
indígena inserida no balanço do poder nacional
A
possibilidade de declaração de independência de “nações indígenas” tem sido
denunciada por várias autoridades militares e civis. A Fundação Nacional do
Índio-Funai- foi duramente criticada recentemente até por ministros do governo.
Sabemos que há um bando de vigaristas na Funai e no Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária –Incra -, mas suspeitamos que haja outros motivos
além do financeiro apesar de lá existir um verdadeiro balcão de negócios de
terras .
O País
começa a reagir, muitos deputados (214) já assinaram um requerimento para a Comissão
Parlamentar de Inquérito-CPI- que deverá investigar a atuação da Funai
- e do Incra-, os dois órgãos responsáveis pelas demarcações de
terras indígenas e quilombolas, que tem, sistematicamente criado conflitos em
suas áreas, a ponto de merecerem, juntamente com o Ibama, o apelido de
dentes do garfo do diabo.
A reação
contra os desmandos da Funai já começou, mas o problema é mais profundo:
há um plano arquitetado pelo “Estabelecimento financeiro mundial"
para enfraquecer os países emergentes, sufocando-os de todas as maneiras,
financeira, econômica e moralmente, e se possível dividir o território, dos
mais extensos, em retalhos, como o fizeram na África na época da
descolonização.
A Índia e
a Rússia também sofrem pressões separatistas estimuladas do exterior, mas
detentoras de apreciável poder militar estão, no momento, fora do alcance. Com
a China, a segunda economia do mundo, então nem pensar, mas nós, possuidores de
abundantes recursos naturais, da água ao titânio, passando agora pelo petróleo
oferecemos um “prêmio extra”.
O nosso
País é o mais vulnerável, quer pela nossa debilidade militar, quer pela
ausência de uma cultura arraigada como na China e na Índia. Em consequência
fica fácil nos dominarem usando os métodos da Guerra de 4ª Geração. Proíbem-nos
o acesso à moderna tecnologia bélica no tocante a engenhos nucleares, e na área
espacial.
Fabricação
de mísseis, nem pensar. Sabotam-nos. A explosão do terceiro VLS brasileiro, com
a perda de vinte e um cientistas foi emblemática. Até a proibição da
comercialização de armas de defesa pessoal tentam impor à nossa população. Pior
ainda é a fabricação de munição, provavelmente já na mão de estrangeiros, desta
forma, fica mais fácil intimidar e até agredir, direta ou indiretamente.
O uso da
força, se necessário, será “justificado” para apoiar a independência de áreas
indígenas, para defender os direitos dos grupos minoritários ou mesmo o meio
ambiente. Pretextos não faltarão, e não parece difícil, pois mesmo que possamos
dispor do armamento adequado, é impossível defender um País com a população acovardada
até ante os bandidos comuns.Claro,
ainda podemos virar essa situação.
Considerações
sobre análises de Inteligência
Em uma
análise de Inteligência se procura avaliar o que existe por trás dos fatos e
vislumbrar o que pode haver adiante. Para isto, se formulam hipóteses, onde
avultam as deduções das reais intenções, ou seja, aonde os analisados querem
chegar. Depois, ao contrário de uma análise policial, que tenta provar a
exatidão da hipótese estudada, na análise de Inteligência, se procura verificar
se ela pode estar errada. Enquanto não se consegue verificar o erro, a hipótese
continua em validade. Este preâmbulo é apenas para explicar a hipótese abaixo.
Uma
hipótese sobre as intenções políticas do grupo Lula
Descontentes
com a perda de poder e com a (ainda pequena) independência da Presidente atual,
uma importante facção do PT planeja o retorno de Lula à Presidência.
Verificando que a Dilma está com mais prestígio popular do que o Lula,
pode ter decidido não bater de frente, mas fingir apoiá-la até que em setembro
ela não mais possa trocar de partido. Então em convenção, o PT escolhe Lula
como seu candidato.
Além do
PT sindicalista (que nunca suportou a Dilma), teriam a mesma idéia os ministros
da base aliada, colocados e mantidos pelo Lula, a quem naturalmente são gratos
por seus cargos e insatisfeitos com as (ainda pequenas) cobranças de
austeridade e eficiência por parte da Dilma.
Certamente
o futuro com Lula lhes seria bem mais risonho. Vale lembrar a atuação de amigos
pessoais do Lula em cargos de importância como no Gabinete da Presidência e no
Ministério da Justiça, ambos entrando em divergência com a mandatária, um no
caso da “Rose”, outro pela questão indígena. As novas, nomeadas com
independência – Gleisi Hofmann e Graça Foster já mostraram a que vieram,
contrariando o esquema anterior, corrupto e indianista. Esta hipótese, até
agora, não foi invalidada!
Neste
contexto, como pode se inserir a Comissão da Verdade? Para um analista
desavisado ela parece procurar por vingança, mesmo arriscando provocar uma
rebelião militar. Para quem procurar avaliar o que existe por trás dos fatos
seria lícito imaginar a possibilidade de uma manobra para afastar as Forças
Armadas da Presidente. Afinal, apoio popular é muito importante, da mesma forma
que ter maioria no Congresso. Muito importante em tempos normais. Em tempos
anormais só as Forças Armadas podem garantir um Governo. Todos sabem disto.
O perigo
da desunião
Diversos
países se autodestruíram por rivalidades internas, que facilitaram a
intervenção externa e até ataques e conquistas. Poderíamos citar a Iugoslávia,
mas o mais emblemático teria sido Bizâncio. O mais recente certamente a Síria.
Nós estamos nesse caminho.
Os
comunistas e seus simpatizantes cada vez mais põem as unhas de fora, provocando
uma justa reação que se avoluma dia a dia. Entre seus opositores há gente nossa que só vê o maniqueísmo comunismo x
anticomunismo e confundem nosso nacionalismo com tendências esquerdistas.
O
Governo, desde o Collor até o Lula vem provocando a divisão étnica, e a intranquilidade
no campo, uma herança maldita que a atual governante só agora inicia,
timidamente, a controlar. A justa reação mobiliza os proprietários rurais
contra as invasões; os militares contra o revanchismo, e a errônea ação
governamental tem estimulado as invasões e em consequência os conflitos.
Felizmente, há esperança de mudança.
Uma casa
dividida não se sustenta em pé. Muito menos uma nação. O ministro da Justiça,
homem do Lula, contrariando a atual orientação presidencial nada fez até
hoje para impedir os problemas de demarcação e os conflitos de
terras. Entretanto, agora ele criticou a Funai. Em entrevista, anunciou que
a Pasta terá mais poder sobre as demarcações de terras no País. Haverá
esperança de mudança?
O reabrir das feridas de 50 anos que deveriam estar
cicatrizadas leva a maus resultados. O momento é de União. O passado foi-se. O
nosso Pais depende da nossa coesão. Chega de ódio e sentimento de vingança! Se
houve excessos foram de ambos os lados e, em nome do futuro, devemos lutar
ombro a ombro contra as formidáveis ameaças existentes ao nosso Progresso.
Que Deus guarde a todos nós!
domingo, 19 de maio de 2013
Não há "zona de conforto" na política
Leio no noticiário político que o
senador Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB-e
representante do Estado de Minas Gerais, ingressa agora numa “zona de conforto”
para se tornar candidato às eleições presidenciais de 2014, depois de ter sido eleito
para presidir a agremiação, durante a convenção partidária realizada neste
final de semana, em Brasília.
Com apoio do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do
ex-governador e ministro José Serra, Aécio Neves assumiu criticando a atual
política econômica do Governo Dilma Rousseff e os vícios do
Partido dos Trabalhadores -PT –“encastelado no poder”, do ex-Presidente Lula.
Aécio Neves, no entanto, foi comedido
em relação ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB-, sócio do PT no
controle da coalizão governamental, legenda fundada por seu avô, o
ex-presidente Tancredo Neves, e, atualmente donatária do comando das
Presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além de ser o partido
do vice-presidente da República, Michel Temer.
A eleição de Aécio Neves para a
Presidência do PSDB define quase que por completo a relação dos postulantes ao
Palácio do Planalto, em disputa com a Presidente Dilma e seu Vice-Michel Temer,
que pretendem ser reeleitos.
Digo quase, porque a ex-senadora
Marina Silva, ambientalista, ainda encontra dificuldades para lançar seu
partido, a Rede Sustentabilidade, para se candidatar novamente ao Planalto.
Pelo Partido Verde, ela obteve, em 2010, cerca de 20 milhões de votos (20% dos
votos válidos), contra Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB.
Em política não existe “zona de
conforto”, essa coisa boa dos spas e resorts, mas, sim, permanentes zonas de
risco, “sketches zones”, pois a conquista e manutenção do poder não dão trégua aos
que o aspiram. Política é a continuação da guerra por outros meios, como diz
Michel Foucault, ao propor a inversão do aforisma de Claus von Clausewitz.
Em seu novo cargo, o senador
Aécio Neves terá que legitimar pela ação oposicionista sua aspiração à
candidatura presidencial, tarefa nada fácil, pois agora seu aliado em
potencial, o governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, do Partido
Socialista Brasileiro - PSB-, estrela ascendente no firmamento político
brasileiro, vê diminuir sua opção de se tornar “candidatável”, como
cabeça-de-chapa ou vice, em 2014, em face da ala governista existente dentro do
seu partido.
sábado, 18 de maio de 2013
Problemas atuais: A Segurança Pública, a Questão Indígena e a Comissão da Verdade
Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de
Defesa)
Todos os países enfrentam algum tipo de dificuldade, às vezes solucionável com procedimentos adequados, mas em outras chega a ser de difícil administração, e tem que ser aceitos graves prejuízos No primeiro caso estão os dois principais óbices ao “bem comum” do nosso País, ou pelo menos aos que causam preocupação mais imediata à nossa gente: A segurança pública e a questão indígena. Ambos facilmente equacionáveis com um pouco de senso comum.
A
segurança pública – o mais fácil de resolver
Certamente
é o problema que mais causa preocupação à nossa população, predominantemente
urbana. Não é um problema pequeno; no ano passado, tivemos cerca de 4000 mortes
no País, quase o mesmo, por mês, que todas as mortes em combate da Força
Expedicionária Brasileira –FEB-, durante toda a II Guerra.
Toda a
população anseia pela correção da legislação permissiva, pela redução da
maioridade penal e pela pena de morte para os crimes hediondos. Isto ajudaria
bastante, mas não seria suficiente. Um castigo posterior está tão distante e
como o inferno do nosso catecismo, e, mesmo educado por jesuítas, nunca vi
alguém deixar de pecar por causa do inferno, por mais que creia nele. Apenas um
motivo pode controlar 95% do potencial malfeitor – o medo da reação.
A solução
é simples - Permita-se o armamento às pessoas de bem (os malfeitores sempre
independerão da legislação para ter armas), e incentive-se a reação, inclusive
em defesa de terceiros e assim o crime comum vai evaporar como a água na
seca. Isto já foi experimentado, e deu certo.
Não se
pode desprezar ainda o problema das drogas, considerando que a produção, no
exterior está fora do nosso alcance e que o pequeno traficante é descartável,
por ser facilmente substituível, restam o grande traficante e o usuário para
serem combatidos.
Para
conter o grande traficante somente a solução chinesa da eliminação, e isto está
fora de cogitação no momento, portanto só o usuário pode ser contido – com
pesadas multas ou trabalhos forçados, bem ao contrário da descriminação ou
das bolsas “novo princípio” do governo de São Paulo.
É simples
demais. Nossos governantes gostariam de acabar com a criminalidade, mas por
mais simples que seja, eles não atinaram com o caminho ou não tem coragem de
implementar.
A questão
indígena – no caminho da solução
O
problema começou com o Collor, com a homologação da área ianomâmi, em
obediência à exigência do Congresso norte-americano e se agravou no governo
FHC, chegando ao ápice no governo Lula, que além de criar novas e imensas
reservas empenhou-se em expulsar donos de propriedades centenárias na Raposa
para entregá-las à índios que nem sempre as queriam, na verdade nem seria para
os índios, mas para ONGs estrangeiras, decididas a dividir o País em etnias
hostis, novamente por pressão do Congresso dos EUA.
Na medida
em que a Funai, agindo com um super- poder de criar nações, extrapolava o
limite do razoável o País iniciou a tomar consciência. As novas reivindicações
da Funai no Mato Grosso do Sul poderiam repetir, em escala agora ampliada, a
tragédia de Raposa Serra do Sol. A economia seria severamente agredida e
dezenas de milhares de famílias se revoltariam. E os índios, tal como na Raposa
seriam reduzidos a miséria, sustentados pela bolsa família.
A Funai começava a
ser detestada juntamente com o Ibama e não somente pela população rural. Se
para retirar apenas seis fazendeiros e poucas centenas de cordatos pequenos
proprietários o governo Lula teve de montar uma operação de guerra, vencendo
com dificuldade, para retirar milhares de fazendeiros do Mato Gross o do Sul,
do Paraná e do Rio Grande do Sul, talvez não houvesse força, e isto se o
Exército não se insurgisse contra a entrega às ONGs que manipulam os índios.
O Estado
Brasileiro iniciava a se dar conta do perigo da reação e das previsíveis consequências,
que poderiam ir desde a drástica redução da produção rural até a independência
das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de
ingerência”, estando em jogo os interesses dos países hegemônicos.
Naturalmente,
foi a reação não só dos produtores rurais que incentivou o Governo
a interromper a criação de reservas indígenas em regiões de conflito, mas
outros fatores tiveram sua influência:
1- Um relatório da
Embrapa desmentiu os laudos da Funai nas demarcações do Centro
Oeste. Anteriormente o Grupo de Trabalho da Amazônia, coordenado pela ABIN, já
havia exposto as fraudes do laudo antropológico em que a Funai usou como
pretexto para a traiçoeira demarcação da Raposa-Serra do Sol
2-Depois,
a Dilma não é como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto. Diferente do
Collor e do FHC que criaram reservas por ideologia, e mesmo do Lula que as
criou por covardia, Dilma já não demonstrara entusiasmo por novas reservas,
contrariando tanto a pressão internacional como a parcela indianista (do PT,
dos ambientalistas e dos gays). Desta vez determinou à Casa Civil que
resolvesse a questão.
Se Dilma
deu instruções a respeito, apenas podemos inferir, mas o fato é que a Ministra
Gleisi Hoffmann, de imediato, instruiu o Ministério da Justiça (a quem está
subordinada a Funai) que interrompesse as demarcações até novos estudos, onde
os elaborados pela Funai serão confrontados com os feitos pela Embrapa e
out ras instâncias do governo, e que os Ministérios do Desenvolvimento Agrário
e da Agricultura serão consultados sobre os impactos das demarcações. A
suspensão deve se estender também a áreas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Rio Grande do Sul.
A ministra
Gleisi mostrou que pensa no Brasil, acima dos interesses partidários. Começou
declarando que não se corrige uma injustiça com outra injustiça. Parabéns!
Esperemos que não seja demagogia e parece que não é, pois há informações que a
Embrapa já fez reanálise de estudos demarcatórios da Funai em 15 locais do
oeste paranaense. A Funai, como sempre, alega tratar-se de territórios
tradicionais indígenas, mesmo em regiões de grande produtividade rural,
onde a presença de índios seja recente ou até mesmo inexistente. A
Ministra demonstra ser firme. Nesta questão, estamos no caminho da solução.
Médicos
cubanos - O
governo Brasil pretende contratar 6.000 médicos daquela pobre ilha para
trabalhar nas nossas áreas carentes. Considerando que os médicos cubanos tem
uma formação muito inferior à de nossas faculdades, causa estranheza a
contratação. Entretanto, considerando que nos falta médicos no interior e que
nas longínquas grotas não há como utilizar de tecnologias e exames avançados,
torna-se mais compreensível o procurar equipar o “interland” com a medicina que se pode dispor.
Realmente,
estranho é a despreocupação com a segurança; o histórico de Cuba indica que
esses médicos devem ter sido doutrinados como elementos de Inteligência, e que
permanecerão inativos até que chegue a hora de agir. É possível que muitos
deles sejam operadores psicológicos e não demorem a iniciar a doutrinação junto
a seus pacientes. Entretanto, veremos se, ao sair daquela ilha- cárcere e
tirânica não vão escolher a liberdade.
O bandido
Matemático –
Enquanto os baitolas dos direitos humanos reclamam da troca de tiros que
resultou na morte do malfeitor, na internet o povo aplaude escrevendo: ”Matemático,
pois, menos um”.
Comissão
da Verdade – Os
antigos terroristas que buscam a vingança ainda se arrependerão de ter criado
essa frente, pois seus crimes foram muito mais cruéis. Só os inconsequentes não
sabiam que se eles forçassem muito a barra haveria uma rebelião militar. O que
não esperavam é que seus crimes viessem a público, como começou a acontecer com
o depoimento do Cel. Ustra.
Só
lamentamos que a exposição dos fatos ainda não tenha atingido os principais
terroristas que ainda nos hostilizam, mas, sim à Presidente, que tem se
redimido parcialmente dos erros da juventude.
O quer
que ela tenha feito de errado já foi anistiado, e não se toca mais no assunto,
desde que seja assim para os dois lados. Ela também tem motivo de se arrepender
de ter deixado funcionar essa Comissão, pois ela foi atingida pessoalmente ,
além de existir um potencial explosivo de desunião. Preferiu não responder e
fez muito bem. Se unidos já temos dificuldades, desunidos estaremos pior. O
ideal é deixar o passado onde deve estar, ou seja, na História.
Que Deus
guarde a todos nós e que nos ajude a manter a união.
ADENDO
(Inspirado
em artigo recebido)
É fundamental ter um serviço de inteligência forte, que municie o país
de informações estratégicas
Por que a
atividade de inteligência é tão desprezada no Brasil? Por que governantes e a
própria sociedade ainda se prendem a passados tenebrosos, e esquecem que o
mundo evolui e a fila anda? Quando se fala em serviço secreto, ou serviço de
inteligência, no Brasil, a primeira coisa que vem à tona é o “porão”, ou pelo
menos o triste passado do Serviço Nacional de Informações (SNI). Mas
efetivamente os serviços de inteligência hoje são ferramentas importantes para
o processo decisório e estratégico de um país, além de serem a melhor arma para
a defesa e a segurança nacionais e internacionais.
Quando
falamos em defesa nacional, a sociedade brasileira tem um pavor, ou pelo menos
um descaso, com as instituições que estruturam o sistema de defesa,
principalmente o desrespeito com as Forças Armadas, e também com a estruturação
do Serviço de Inteligência, representado pela Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN).
A ABIN,
desde sua estruturação, quando uma só vez teve direção competente não recebeu
missões nem autorização para agir, e isso não foi culpa dela, pois as
suas atribuições e aplicações dependem muito da Presidência da República e
também do Gabinete de Segurança Institucional.
Nos
últimos anos, além da direção amorfa, a ABIN ficou relegada a ações sem fundamento
para o processo de inteligência estratégica, e desenvolvendo ações irrelevantes
ou no máximo de inteligência policial, como por exemplo, o acompanhamento de
ações ideológicas pela imprensa e o eventual monitoramento de algum político
corrupto.
Fica de
fora uma lista grande que deveria interessar ao sistema brasileiro de
inteligência: As ameaças internacionais, o tráfico internacional de drogas,
terrorismo, tráfico de seres humanos e conflitos regionais, e, principalmente,
a inteligência estratégica econômica, considerando o novo papel do nosso País
na economia internacional, nas parcerias estratégicas, nas questões nucleares e
quem sabe, até na inovação e educação.
É
perceptível que os últimos governos tiveram descaso total com a atividade da
informação, e principalmente um descaso com a ABIN. Hoje, a agência tem em seus
quadros uns 800 analistas, que praticamente fazem clippings e não ações de
inteligência que possam desencadear uma força de decisão, posicionamento e
participação do Brasil no sistema internacional, sem contar o impacto de
segurança e defesa internacional para o país, considerando inclusive os
próximos grandes eventos que acontecerão.
A própria
agência tem baixa representação no exterior. Hoje temos um oficial de
inteligência em Buenos Aires, um em Bogotá e um em Caracas, e mais uma
representação avançada em Key West, na Flórida, Estados Unidos, e neste caso,
em especial, parece mais um conto de Hemingway.
Por que
não temos agentes produzindo informações na África e na Ásia, principalmente com
o advento do BRICS Ou até mesmo, do ponto de vista de inteligência estratégica
econômica, representações em Washington ou Nova York, Paris e Londres? Será que
o Itamaraty se dá conta disso? Já tivemos muitas surpresas no passado ao
perceber que as embaixadas produziram informações atrasadas para uma tomada de
decisão.
Desde o
11 de setembro de 2001, e a ocorrência de outros atentados terroristas, o
Brasil depende cada vez mais de um serviço secreto forte e bem estabelecido,
pois, mesmo considerando o fato de que o país não tem inimigos externos, os
eventos que acontecerão são um chamariz estratégico para ameaças terroristas,
sem contar com a própria criminalidade brasileira, que a cada dia vem
crescendo, e sem um braço mais forte por parte dos governantes. Sem ser
alarmista, mas o nosso País tem um grande vazio no tema inteligência. Temos
instituições sem integração alguma ao sistema brasileiro de inteligência, e uma
agência deslocada da sua real função.
O mais
interessante é que a ABIN tem em seus quadros pessoas com um grande gabarito
intelectual, diferente de outras agências internacionais; existem muitos
mestres e doutores literalmente encostados em atividades de coleta de
informações e produção de relatórios sem fins estratégicos para o Estado e de
proteção ou vantagem para a nação.
Se
considerarmos as boas práticas realizadas pelos serviços de inteligência das
grandes potências, a ABIN poderia desenvolver de forma integrada ações com
empresas brasileiras no exterior ou com estudantes considerados pesquisadores
do Ciência sem Fronteiras.
Veja o
caso da China, que envia todos os anos 40 mil estudantes para as melhores
universidades, e eles produzem conteúdos estratégicos para os seus serviços de
inteligência. . Nosso plano de inovação perde muito, pois não tem uma política
de acompanhamento e produção de cenários estratégicos para análise das demandas
e até mesmo a constituição de uma visão mais prospectiva nos centros de
pesquisas.
E, do
ponto de vista da contra espionagem, perdemos principalmente com a
espionagem industrial que acontece no território nacional, a bioespionagem
praticada por ONGs patrocinadas por diversos países, a atuação de quadrilhas
internacionais do narcotráfico, o contrabando de armas para o crime organizado,
a movimentação de células terroristas em território nacional, a compra de
terras brasileiras por parte de grandes grupos chineses, o controle de
territórios com base nos aquíferos – e aí vai uma lista gigantesca.
Sobre as
ONGs, isso literalmente remonta ao conceito do “santo do pau oco”, das
organizações que roubam nossa riqueza para alimentar o tesouro dos outros.
Assim,
por que a nossa Presidente Dilma não transforma a ABIN numa grande organização
estratégica? Medo do passado? Medo do passado? Por que a ABIN não tem
integração com empresas brasileiras no exterior, e também integração com as
universidades?
O cenário
do Brasil é preocupante. Teremos eventos de grande porte internacional, e de
alguma forma com ameaças potenciais. É fundamental para o Brasil um serviço de
inteligência forte, que municie o país de informações estratégicas e mostre ao
mundo que o Brasil efetivamente pode ter um novo movimento estratégico nos
próximos anos, e não viver de um passado utópico, onde inteligência significava
“porão”.
E devemos
ter um serviço atuante no exterior, onde realmente interessa, e não se perdendo
em trabalhos de “detetives de traição” com países sem sentido e traidores do
Brasil, ou acompanhando movimentos criminosos em que os serviços policiais
deveriam efetivamente atuar.
Como diria
um grande estrategista, “informação é poder”.