segunda-feira, 8 de julho de 2013

Notícias do Mundo, da América do Sul e do País



 Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)


No mundo

- A confusão popular no Egito fez com que o Exército egípcio desse um ultimato ao governo: ou a controlava ou interviria. Como não houve controle, o Exército interveio, e entregou a chefia do Estado ao presidente da Suprema Corte. - Em nosso País, o vandalismo nas manifestações e a popularidade do presidente do STF fazem pessoas pensar que esta poderia ser uma solução, mas as situações ainda não são parecidas

 - Nos EUA ocorreu grave acidente aéreo; Descarrilamento de trem deixa 70 feridos na Rússia; greve nacional de caminhoneiros na Argentina; Homens armados matam 29 crianças na Nigéria; Trem que transportava petróleo explode no Canadá. Aliás, esse país que se arvorava de campeão do meio ambiente e ousava censurar nossas atitudes virou a casaca agora que explora o gás de xisto; – O resto do mundo também tem acidentes e problemas. Deixemos de lado o complexo de inferioridade, de pensar que somos piores do que os demais.

Na América do Sul 

Antes mesmo do afastamento do Paraguai para permitir o ingresso da Venezuela no MERCOSUL, havia violenta oposição ao ingresso daquele país, pela imprensa (americanizada) e pelos que ainda se sentem na Guerra Fria (do nosso lado, é claro). Entretanto se existe, para nós, alguma vantagem em uma união comercial certamente é com a Venezuela.

Quanto aos demais e equação é clara; eles ficam com o “Merco” e para nós resta e palavra “Sul”. Ou o acordo funciona ou deve ser repensado. A Argentina cria obstáculos aos nossos produtos; o Paraguai já pediu para ingressar na Aliança do Pacífico, bloco formado por Chile, Colômbia, México e Peru, e podemos esperar que estreite ainda mais os laços com os EUA. Pode ser que a hostilidade contra nós chegue a um ponto que nos force a fechar a fronteira.

É bom que nos preparemos, inclusive para receber condignamente os “brasilguaios” que forem expulsos de lá 

No País

Estabilidade, em cheque? -Após as manifestações darem um susto nos três Poderes e se transformarem em reivindicações particulares e pontais, fica claro que as insatisfações permanecem e que o apoio ao Governo diminuiu significativamente. O vandalismo e as tentativas de aproveitamento fizeram que não mais se reunissem grandes multidões, mas pelo menos por um momento a sustentabilidade governamental esteve ameaçada

O ideal para a sustentabilidade é o governante é ter o apoio do povo e das Forças Armadas. Tendo o apoio de um e o consentimento do outro ainda funciona bem, mas para que um governo se sustente é indispensável ter ao menos o consentimento de ambos.  Todo governo deveria saber que sem o consentimento de um deles já estará em maus lençóis. Tendo o apoio do outro enfrentará uma guerra civil, mas sem ter o apoio do outro, a falta de consentimento um deles é suficiente para derrubá-lo (quase) sem luta.

 Em 64, é difícil avaliar até que ponto o governo tinha o consentimento da população, mas o apoio, decididamente não tinha. Quando lhe faltou o consentimento das Forças Armadas ,não teve como resistir. Vimos também com o Collor. Mesmo com o relutante consentimento das Forças Armadas, quando faltou o consentimento da população, simplesmente derreteu. 

E agora? Certamente o Governo ainda tem o consentimento das Forças Armadas e da população também, embora em ambos haja fissuras. Perdeu muito do apoio popular que tinha, mas pode recuperá-lo em grande parte se fizer as medidas desejadas, que são principalmente uma “faxina” rigorosa e um endurecimento no combate ao crime comum. Entretanto não pode se dar ao luxo de deixar o barco correr, conservando os provocadores Ministros da Justiça e dos Direitos Humanos, pois arriscará a perder o consentimento de um ou de ambos. Concretizada essa hipótese nada a sustentaria, o que seria uma lástima pela má qualidade de seus substitutos legais.

Seria tão fácil garantir não só o consentimento, mas o apoio de ambos, Nem precisa de um plebiscito, chega encomendar um pesquisa ao Ibope e atender as aspirações mais urgentes. Tão fácil de resolver e tamanhas as consequências do não atendimento, que ouso exclamar: Desperta Dilma, pelo nosso País

A mobilização da CUT para 11 de julho  - O movimento programado tem temas que não são objetivos da sociedade -  Cadê punir corruptos:mensalão,por exemplo?

Obviamente a "Greve Geral" é uma tentativa de canalizar a indignação popular para seus próprios objetivos. Por exemplo, há um item sobre a punição dos “torturadores” da ditadura., que coisa alguma tem que ver com o movimento.

Nenhuma das reivindicações diz respeito à corrupção, à aplicação do dinheiro público no interesse da FIFA, em detrimento da saúde e da educação. É impossível prever se terão sucesso, mas com esses objetivos, dificilmente terão apoio popular. Provavelmente, será apenas um movimento sindical.

A questão indígena - continua preocupante. Desviada a atenção, as ONGs consolidam suas posições na Amazônia procuram unir todas as reservas eu um só grande território visando a separação e a independência. As ações indígenas se estendem também pelo sul do País. No Rio Grande bloqueiam estradas. No Mato Grosso do Sul, desde o fim do mês passado, pelo menos cinco fazendas já foram invadidas. Até o momento, 14 índios e quatro policiais ficaram feridos durante os confrontos. 

Orientados pelo CIMI e por outras ONGs, índios continuam fazendo exigências descabidas sobre a construção de Belo Monte, mesmo os que não seriam afetados pela barragem. O Ministro da Justiça, na ânsia de atendê-los, ignora o interesse nacional. Enquanto esse ministro não for afastado, o Brasil não progredirá, tal como aconteceu com a Marina,no Ministério do Meio Ambiente. É impressionante como um só indivíduo pode ser prejudicial...

Criadores de problemas - O Ministro da Justiça afirmou em coletiva de imprensa em Brasília que “não vamos transigir com quem transgride a lei, com quem pratica crimes. Que se alguém espera algum tipo de negociação se equivoca, não se negocia com prática de crime" – MENTIRA! Pode ser que atue assim com os adversários políticos, mas cede tudo às ONGs indigenistas e aos bandidos.. A “Ministra” dos Direitos Humanos, após criar bastantes problemas com a parcial Comissão da Verdade, e agora, como provocação quer investigar “violações“ dentro dos quartéis Uma crise militar está fomentada. Se encontrar apoio na Presidente, pode rolar o confronto mais sério entre o governo e os militares, desde o final da Revolução.

Petrobrás - Além da corrupção generalizada há quem queira quebrar a economia, concentrando os fogos contra a produção agrícola, contra as hidrelétricas e outras obras de infraestrutura e contra o alvo mais fácil: a Petrobrás. Anteriormente o Estado de S.Paulo, O Globo e Correio da Manhã entre outros, já haviam sido remunerados pela publicidade estrangeira para mover campanhas contra a nacionalização do petróleo. Depois o FHC/Zilberstein tentaram vendê-la e o Lula/Gabrieli a comprometeram com corrupções e maus negócios. Hoje em dia o ataque novamente é via propaganda; insiste-se que não dará certo por causa de corrupção e que o pré-sal será inviável.

É certo que o mercado da energia será afetado pela exploração do gás de xisto, mas a exploração do petróleo do pré-sal  é factível, embora seus custos elevados. Elevados sim, mas cinco vezes menores do que o preço atual do petróleo.

O ambientalismo radical considera o progresso um crime ambiental, e parece desejar que voltemos a viver em aldeias tribais na idade da pedra polida, mas estão bem instalados em  cargos comissionados ou em ONGs que recebem milhões de reais do erário ou ainda em sacristias da distorcida esquerda religiosa. Este será o cenário se tivermos a Marina Silva como presidente ou com influência na política governamental

Enquanto os EUA caminham não só para a autossuficiência energética, mas também para se tornarem exportadores de energia fóssil, o nosso País corre o risco de, por motivos ideológicos retrógrados, novamente perder o bonde da história, haja vista que também temos reservas de xisto estimadas em 6,4 trilhões de metros cúbicos, o que nos situa em 10º lugar no ranque internacional, o que é altamente promissor.

Evidentemente que há inúmeros outros problemas que necessitam de atenção especial, mas que não são notados ou encarados como de relevância por parcela considerável da população, como, por exemplo, o desaparelhamento das forças armadas, a logística, a desnacionalização de indústrias e de redes comerciais, a dependência da importação de fármacos e de peças essenciais, a inexistência de indústria automobilística nacional e numerosos outros assuntos mereceriam ser atacados com urgência, a fim de transformar o Brasil, de fato, em grande potência.

Diante de tantos problemas, convocar um plebiscito para analisar reforma política é escolher um alvo muito secundário. Contudo, se representar a passagem de uma democracia representativa naturalmente corrupta para uma democracia direta, muito mais autêntica já é um avanço. O povo sabe o que é bom. Veja-se o resultado do plebiscito sobre o desarmamento das pessoas de bem. O resultado contrariou o Governo e as ONGs, apesar da fortíssima propaganda governamental.

Que Deus guarde a todos nós!

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