A Presidenta Dilma Rousseff e o
vice Michel Temer, da coalizão Partido dos Trabalhadores –PT- e Partido do
Movimento Democrático Brasileiro-PMDB-, foram reeleitos com 51,64% dos votos
válidos (54.501.118), contra o desafiante Aécio Neves, do Partido da Social
Democracia Brasileira - PSDB- e o vice de sua chapa, Aloysio Nunes, que
obtiveram 48,36% dos votos (51.041.155), numa disputa renhida e empolgante.
O favoritismo de Dilma e sua
vitória foram previstos em meu artigo do dia 22 (leia-se abaixo), quatro dias antes das
eleições, quando havia discrepâncias entre os percentuais de intenções de votos
apresentados pelos institutos Ibope, Datafolha e Sensus. Os dois primeiros
colocavam Dilma à frente de Aécio com quatro pontos de diferença, enquanto o
instituto Sensus colocava Aécio na dianteira com cinco pontos.
Sem especulação, e adotando
critérios técnicos de análise da campanha, pude prever essa vitória de Dilma,
assim como previ que a morte do candidato Eduardo Campos, do Partido Socialista
Brasileiro - PSB-, em acidente de avião, causaria a polarização final da
disputa entre PT e PSDB, mesmo com o nome de Marina Silva despontando como
séria candidata na disputa do primeiro turno. Quase 40 anos de estudos e acompanhamentos me proporcionam formação e informação sobre a política como teoria, prática, ciência, doutrina, ideologia e filosofia.
Dilma foi mais votada nos bolsões
humildes do Norte e Nordeste, onde o assistencialismo governamental é
acentuado, mas também nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais (estado que
foi governado por Aécio Neves). Os estados mais ricos da federação votaram em
Aécio Neves.
Comenta-se que Dilma Rousseff
governará um Brasil dividido entre ricos e pobres, esquerdistas e centristas,
mas o fato é que ela já conclamou todos os brasileiros a se unirem para
salvaguarda da democracia brasileira, anunciando suas metas de promover a reforma
política, o combate à corrupção, o controle da inflação e a recuperação do
crescimento econômico.
Aécio cumprimentou-a pela vitória,
tão logo soube dos resultados, mas os milhões de votos que obteve o credenciam a
liderar a oposição brasileira. Dilma teve uma vitória apertada, mas isto não
significa que terá um Congresso Nacional adverso, se prevalecer a tradição
observada em diversos pleitos presidenciais, nas últimas décadas, quando o
Presidente eleito com dificuldades acaba recebendo maior apoio dos deputados e
senadores do que o presidente eleito com larga diferença de votos.
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