Vejo uma foto, publicada hoje no Uol,
em que aparecem os participantes de uma reunião, no Palácio do Jaburu, sede da
residência do vice-presidente da República Michel Temer: Os ex-presidentes José
Sarney e Luis Inácio Lula da Silva; o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, os ministros do
Turismo, Henrique Eduardo Alves, e das Minas e Energia, Eduardo Braga, e mais os
senadores Eunício de Oliveira e Romero
Jucá. Ausente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que não foi convidado, porque, "em festa de jacu, inhambu não entra".
Todos reunidos pertencem ao Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB-, à exceção de Lula, e ficou patente que
a agenda discutida por sugestão do PMDB não deixa de ser um pacto entre o PMDB
e o PT no sentido de preservar a Presidenta Dilma Rousseff do que possa
acontecer, em termos de ameaça de impeachment, e também poupá-la das manifestações previstas para o próximo dia 16
em todo o Brasil.
Um pacto que excluiu da reunião o
"inhambu"presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que assumiria a presidência
da República, pela cadeia sucessória, em caso de impedimento de Dilma Rousseff.
Nessa hipótese, Cunha bateria de frente com o Vice-Presidente Michel Temer,
nome preferido do comando do PMDB para ocupar a cadeira presidencial.
Está alí, naquela foto, pactuado
o apoio do PMDB e do PT a Michel Temer, assim como o isolamento do presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, acusado de tentar desestabilizar o governo com a
votação de matérias que aumentam as despesas do País e tornam cada vez mais
difícil o ajuste fiscal para recuperação da economia proposto por Dilma.
A foto é suficientemente loquaz a
respeito do pacto para manter a coalizão de governo e reflete a grave situação
política do País, agravada pelas denúncias de corrupção na principal empresa brasileira,
a Petrobrás. Mas pode ser que também sirva para mostrar ao país que o comando do PMDB aceitaria eventual indicação do ex-presidente Lula para a equipe ministerial (Ministério das Relações Exteriores ou Ministério da Defesa), conforme comentários que circulam em Brasília nesta semana.
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