Os órfãos de Dilma Rousseff podem
continuar chorando pelo resto da vida, porque ela não volta mais para governar.
O máximo que poderia acontecer, numa hipotética rejeição do impeachment no Senado, seria Dilma reassumir pelo tempo suficiente
para convocar eleições à Presidência da República, pois ela já não dispõe de
condições mínimas para governar. Mas, o impeachment é irreversível.
Mas, por que ainda se fala na volta de Dilma? Porque seria de interesse de um dos principais
grupos de investidores internacionais dispostos a conquistar e manter o poder do Brasil. A política é a
arte de conquista e manutenção do poder. O grupo de Dilma perdeu a chance de
permanecer, e agora quer tentar voltar ao poder. Vale tudo nessa empreitada,
desde a compra de simpatizantes até a luta armada.
O grupo que apoia Dilma e Lula
não é o mesmo que apoia Michel Temer. Um terceiro grupo, euro-americano, quer
eleições diretas para tentar colocar Marina Silva na Presidência. Está fazendo
dobradinha com o grupo que investe no senador Cristovam Buarque e outros
senadores que ameaçam votar contra o impeachment.
Não se trata de simpatia pela
volta de Dilma, mas sim para que ela viabilize, com breve retorno, a convocação
de eleições diretas, coisa que o grupo de Temer não deseja e não permitirá, em condições normais de temperatura e pressão. O senador Cristovam sofre ainda pressões para votar
contra o impeachment em sua zona
eleitoral, o Distrito Federal, por conta do governador do Partido Socialista
Brasileiro –PSB- em Brasília, Rodrigo Rollemberg, que é simpatizante de Marina
Silva.
Há um quarto grupo, fincado no
Oriente, que acompanha por fora o desfecho da disputa pelo poder político no
Brasil, disposto a lançar suas cartas tanto na permanência de Temer quanto na
volta de Dilma para convocação de eleições diretas. Esse grupo não estaria
ausente do leilão do impeachment no
Senado e poderia engrossar a lista dos contrários. Tem voto e tem força
política, mas não faria um presidente diretamente.
Fica assim definido o quadro do impeachment no Senado: Ele virou leilão
de votos pela permanência de Temer ou pela convocação de eleições diretas
viabilizadas por breve retorno de Dilma, que, voltando ou não, renunciará
no momento certo para poder voltar à política dentro de dois anos.
O busílis dessa disputa é a influência da “Operação Lava Jato”, que
já ceifou dois ministros do Governo Temer, o do Planejamento, senador Romero
Jucá, e o da Transparência, Fabiano Silveira... Certamente, não vai parar por
aí. Temer deve perder mais membros de sua equipe, mas não está preocupado com
isso. Ele os nomeou conscientemente, para ganhar base parlamentar para as
medidas que está implementando, sabendo que haveria riscos, em face da
contaminação geral do sistema político brasileiro atual. Mas, o “tecelão de
Tietê” vai aos poucos ganhando aprovação de medidas importantes para recuperação
da economia brasileira e continua sendo a pedra angular de todo esse processo.
No momento, essas delações da “Lava
Jato” vão sendo desdobradas contra todos os partidos, mas o Partido dos
Trabalhadores-PT-, com o ex-presidente Lula e a presidenta afastada Dilma, são
os alvos mais sensíveis e de maior impacto junto à opinião pública.
O juiz |Sérgio Moro, que comanda
a “Lava Jato”, está pronto para deflagrar as prisões mais contundentes, no
momento em que o grupo internacional que apoia Michel Temer entender que os
seus interesses de manutenção do poder estejam sobre forte ameaça. São cartas
na manga para serem lançadas, se preciso for, na hora certa. Lula, Dilma et caterva sabem disso; não vão
dispensar seus acólitos e militantes, em ano de eleições municipais, mas,
também , não vão cutucar a onça com vara curta... É uma questão de força, e contra
a força maior o jeito é mostrar resiliência. Michel Temer já avisou que vai
procurar Lula depois do impeachment.
Em suma: O ritmo da “Lava Jato”
não é independente do processo que levou Temer ao poder. Não foi golpe, pois
Dilma e Lula fracassaram deixando o País com dívidas, milhões de desempregados
e sob um mar de corrupção, consubstanciados no “Mensalão”, no “Petrolão”,
Eletrobrás e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico -BNDES-, Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal, etc.
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