sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Espionagem, Elites desnacionalizadas, Política Interna...


Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
 
 

Sobre a Espionagem

Já na década de 90, Alvin Toffler escreveu "Guerra e Antiguerra", no qual defendia a tese de que as guerras futuras serão ganhas não por generais em campo de batalha, mas pelos Serviços de Inteligência. Em eventual conflito, quem dispuser de mais informações prevalecerá.

Todos sempre espionarão o que lhe interessar. Querer regulamentar internacionalmente é inviável, pois todas as nações sempre negam que espionam e negarão sempre que possível. A única regulamentação possível seria normas de tratamento quando fossem aprisionados e assim mesmo não funcionaria.

As nossas normas internas apenas inibem o nosso Serviço. Não o dos outros, mas é inconcebível que nossas elites não apóiem a reação neste caso onde um Serviço estrangeiro foi desmascarado.
 

O perigo das elites brasileiras quando se internacionalizam

Desde o tempo de Ciro da Pérsia que os impérios controlam os povos dominados com o auxílio das elites semi-assimiladas. Assim foi nos reinos helenísticos, no Império Romano e, principalmente, no Império Britânico, onde centenas de milhões de habitantes da Índia puderam ser controladas por um serviço civil  que sempre contou com menos de mil funcionários. A chave do controle do império residia na cooperação das elites. O maior articulador , da mesma, Thomas Macaulay, preconizava: “Devemos fazer nosso maior esforço para formar uma classe que possa constituir-se em intérprete entre nós e os milhões de indianos que governamos; uma classe indiana em sangue e cor, porém inglesa em gostos, o opiniões, moral e intelecto”. Ao transformar em anglófila a casta dirigente da Índia, pôde garantir-se um efetivo domínio, somente abalado pela II Guerra Mundial.

Quanto a elite nacional, observemos o apoio dado aos EUA no caso Snowden. Cada um tire suas conclusões.

Nova traição?

Apesar de seu futuro promissor, depois de dezoito anos de gestão de esvaziamento a Petrobrás vai mal das pernas. Nos primeiros oito, pelo desmanche tucano, nos últimos dez, pela corrupção e pelo uso promocional que o PT fez dela.  A empresa continuou na mão de gestores internacionalistas da ANP, inclusive porque o PT não tem quadros técnicos qualificados para substituí-los, nem interesse para modificar a "agenda" de quem lhes financiou (e autorizou) a ascensão aos cargos de poder.

Agora a ANP decidiu leiloar a “cereja do bolo”, o campo de Libra. Quando nos libertaremos desses entreguistas?  A Graça Foster parece estar fazendo uma administração correta, mas enquanto vender mais barato do que compra sem poder corrigir o preço de venda não tem como aguentar muito.

Será mais uma maquinação para destruir a estatal e vendê-la ao estrangeiro, como queria o FHC?. Vejamos.

Serão as Forças Armadas a única coisa que funciona?

O Exército Brasileiro desenvolveu uma tecnologia de produção de fibra de carbono a partir do piche de petróleo que nos tornará o primeiro país a produzir comercialmente esse material, com aplicação na indústria automobilística. Os estudos foram realizados no Centro Tecnológico do Exército (CTEx), em parceria com um Centro de Pesquisas da Petrobras. As propriedades mecânicas das fibras de carbono que foram desenvolvidas excedem os requisitos da indústria automobilística. O CTEx pesquisa materiais de carbono há mais de 30 anos.  

A estimativa de custo é de entre US$ 10 a US$ 15 por quilo,  valor que se enquadra nos parâmetros de viabilidade econômica da indústria automobilística. Hoje, a fibra negociada internacionalmente custa entre US$ 50 a mais de US$ 1000 por quilo, dependendo do tipo e especificação.  De alguma forma você pode se orgulhar do seu Exército.



Situação na Política Interna

Ao invés de estadistas capazes de planejar o futuro, infelizmente encontramos, de um modo geral, políticos focados na manutenção de suas benesses com o fim de obtenção  do enriquecimento a qualquer preço. Apesar da desilusão com a rendição da Presidente Dilma aos corruptos em busca do apoio político, o aumento da aprovação de seu governo afasta o maior perigo que ronda o nosso País: uma eventual eleição da Marina do atraso.

Foi um erro da Presidente o procurar apoio na esquerda radical e nos corruptos. O mais influente dirigente do PT, José Dirceu já não esconde sua aversão à presidenta Dilma, a quem chamou de “incompetente” e “desastrada”, diante dos convidados para um almoço dia 20 em Brasília. O grupo de José Dirceu sonha com o retorno do ex-presidente Lula ao governo, mas prefere Eduardo Campos a apoiar a reeleição de Dilma.

Sobre a corrupção, no furto de  “400” milhões no eterno covil do Ministério do Trabalho, o gatuno a desafiou e a ameaçou que, se demitido, iria botar a “boca no trombone”!   Nada foi feito. Deu medinho? Isto só tira votos.

Mesmo com o aumento da aprovação do atual governo, não estamos livres de uma guerra civil. Aos desmandos da Funai já inicia uma reação armada em Goiás e a insatisfação geral já considera a insurreição é um recurso legítimo do um povo em face a falta de sintonia dos Três Poderes com as aspirações populares e uma expressiva parte da sociedade está pedindo a volta o Governo Militar, coisa que não acontecia antes. Entretanto, algo se corrige ainda que seja sob pressão, a Câmara e o Senado pretendem reduzir os supersalários e até mesmo ensaiam devolver o dinheiro. Será mesmo?

Que Deus Guarde a todos vocês!

 

 

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