segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Há perigo de piorar...


Tudo OK! Alea jacta est! Com elevados índices de aprovação popular, segundo as pesquisas, a Presidente Dilma Rousseff já garantiu a sua reeleição em outubro próximo. Nenhum outro candidato precisa perder tempo, dinheiro e saliva para enfrentá-la...

Tem mais: Não adianta nenhuma tentativa de articulação de uma oposição verdadeira no País para cortar esse ciclo danoso e entreguista dos neoliberais, iniciado com Fernando Henrique Cardoso. As manifestações legítimas que poderiam aflorar nas ruas, mobilizadas pelas redes sociais, serão devidamente sabotadas pela tropa de choque paragovernamental, os black-blocks, que são antidemocráticos.

Os grupos dominantes querem impedir a qualquer custo que haja agora um debate sobre os rumos do País, pois seria perigoso e poderia desestabilizar a reeleição de Dilma, para eles garantida, desde que a sociedade continue amordaçada...

É perigoso, segundo pensam, fazer conjecturas sobre o cenário brasileiro posterior a 2014. Pelo menos, assim afirmaram alguns consultores de empresas financeiras em vários comentários na televisão, conduzidos por jornalistas fiéis ao status quo.

Tenho visto, lido e ouvido (com a vênia do meu colega Ary Cunha) projeções de manutenção do poder, por mais duas décadas, pela coligação que aí está ,liderada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro –PMDB- e Partido dos Trabalhadores - PT-, com a cumplicidade disfarçada de oposição (uma oposição sem vida) do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB – e  outras agremiações caudatárias no Congresso Nacional.

Copa do Mundo, Olimpíadas, Pré-Sal, reservas minerais estratégicas do subsolo, etc. tudo isto faz parte das negociações pela manutenção do poder e do entreguismo, que transforma o Brasil numa das veias abertas da América Latina, como frequentemente ressalta, escrevendo neste blog, o professor Adriano Benayon.

A estratégia dos atuais detentores do poder é não permitir o debate político, pois, seguramente, esse debate abriria as comportas da oposição real, porque são muitos os pontos vulneráveis do governo Dilma Rousseff, hoje sustentado por uma política assistencialista cada vez mais onerosa para os brasileiros. E as projeções da economia brasileira para o próximo ano não são alvissareiras.

Essa estratégia, porém, tem altos riscos, por mais que os investidores na reeleição de Dilma queiram o silêncio, o pensamento único, e se recusem ao debate. Cada dia apresenta um fato novo, que pode alterar o panorama político. É como dizia Magalhães Pinto: “Política é como nuvem; você olha agora, é de um jeito; você olha depois, é de outro jeito.”.

Existe uma oposição latente, legítima, que pode ser percebida pelas redes sociais e que congrega a classe média brasileira. Basta uma faísca qualquer, para que ela se incendeie e abra espaço para o surgimento do Encoberto, ainda que venha de fora do escantilhão partidário, com um discurso repondo o Estado brasileiro nos trilhos, varrendo o neoliberalismo e restabelecendo o seu protagonismo no desenvolvimento brasileiro. Há perigo de piorar...

 

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