Com a renúncia, hoje, de José
Roberto Arruda à disputa do governo do Distrito Federal, diante das derrotas
que sofreu no Superior Tribunal de Justiça- STJ- e no Tribunal Superior Eleitoral
- TSE-, que impugnaram seu nome com base na “Lei da Ficha Limpa”, se evitou que
o populismo se transformasse num veículo de impunidade na capital política brasileira.
Arruda liderava as pesquisas no
Distrito Federal, mesmo sendo considerado como “ficha suja” pela Justiça,
depois de ter sido condenado e preso por participação no esquema conhecido como
“mensalão do DEM”, na Operação “Caixa de Pandora” da Polícia Federal. Ele confiava em legitimar seu nome pelas urnas e tornar sua eleição fato consumado diante da justiça eleitoral, mas os juízes não morderam sua isca.
Sua mulher, a jornalista Flávia
Peres, comporá a chapa como candidata a vice-governadora, e o anterior
candidato a vice, Jofran Frejat, ex-secretário da Saúde do Distrito Federal,
encabeçará a chapa, que conta com o apoio do ex-governador e cacique do “cerrado”
Joaquim Roriz.
Arruda tinha a dianteira nas
intenções de votos por conta da sua popularidade nas cidades-satélites e do
apoio recebido de Roriz, mas, no Plano Piloto, onde se encontra o eleitorado
mais politizado, o ex-governador sofria críticas impiedosas por tentar se
reeleger como se não tivesse culpa nenhuma no cartório.
A velha justificativa do “rouba, mas faz”, que
se aplica aos fenômenos eleitorais de alguns dos políticos populistas do Brasil,vinha lhe garantindo no primeiro lugar nas pesquisas no Distrito
Federal, para desespero daqueles cidadãos que defendem a moral e a ética na
política.
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