Com
71% de reprovação popular, segundo pesquisas divulgadas hoje pelo Datafolha, a Presidente Dilma Rousseff
entra na área de risco efetivo de impeachment,
pois esse índice é agravado pelo desmantelamento da base de apoio parlamentar
no Congresso Nacional e pela situação da economia. São índices piores do que os
registrados pelo ex-presidente Collor, às vésperas de seu impeachment, em 1992.
Quando
o equilibrador político-institucional, o processo legislativo, sofre curtos-circuitos,
o campo está preparado para manifestações como esta que as redes sociais vêm
articulando para o próximo dia 16, talvez a maior já registrada no País, em
protesto contra um governo democraticamente eleito. Mas, fica a pergunta: Quem
assumiria no lugar de Dilma?
O
vice-presidente Michel Temer, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro -PMDB-
estaria em condições de assumir a Presidência, a exemplo do que ocorreu com
Itamar Franco, vice de Collor? Os tempos são outros... Há uma desagregação
muito grande na base parlamentar do governo, cuja articulação foi entregue a
Michel Temer.
Os
presidentes da Câmara, deputado Eduardo Cunha, e do Senado, senador Renan
Calheiros, tem idéias e iniciativas próprias que não se coadunam com as de
Temer, embora pertençam ao mesmo partido, e podem perfeitamente patrocinar um
sistema parlamentarista de governo. Não aceitariam Aécio Neves ou Marina Silva
no governo.
O
ex-presidente Lula começa a enfrentar um astral retrógrado, ainda mais depois
da prisão de seu ministro forte José Dirceu, por atos de corrupção, segundo
apurações da “Operação Lava Jato”. A devassa tende a continuar, e isto
dificultará ao Partido dos Trabalhadores um posicionamento de protagonista
principal no governo, como vem tendo nos últimos anos.
Durante
a vigência do regime militar, quando havia alguma ameaça de crise e de ruptura
política-institucional, o então presidente João Figueiredo ameaçava chamar o
seu ministro do Exército, o durão Walter Pires, para acalmar a situação. E tudo
se aquietava... E agora, na situação confusa de hoje, chamar quem? No regime
democrático, as soluções vêm das ruas. Daí a importância dessas manifestações
que se realizam no próximo dia 16. Um dia regido pelos anjos Cassiel e Uriel.
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