domingo, 4 de dezembro de 2016

Manifestação gigantesca contra a corrupção no Brasil

Dois alvos principais dos milhares de manifestantes em 17 estados brasileiros hoje, em defesa da Lava Jato e a favor do pacote anticorrupção sugerido pelos juízes e procuradores e desfigurado pela Câmara dos Deputados, foram o presidente do Senado.Renan Calheiros, e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia.
Renan porque se tornou inimigo público número um dos que desejam acabar com a corrupção em apoio à "Operação Lava Jato", muito mais depois de ter tentado em vão votar de forma açodada o projeto que a Câmara, na calada da madrugada do dia 4, aproveitando o luto nacional pela Chapecoense, desfigurou transformando juízes em réus.
 
Rodrigo Maia, por ambição desmedida pela sua reeleição à Presidência da Câmara e pressionado pelos efeitos da divulgação da lista de nomes das delações premiadas da Odebrecht, aprovou o pacote contra os juízes e procuradores e proferiu uma blasfêmia que o Povo brasileiro jamais esquecerá: A Câmara não é um cartório para carimbar só aquilo que os outros querem.
 
Maia se esqueceu de que milhões de brasileiros aprovaram a proposta anticorrupção e que, ao contrário do Senado Federal, que representa os Estados Federativos-uma casa de semideuses- a Câmara dos Deputados representa o Povo.Assim é no bicameralismo.
 
Com esses dois aliados repudiados pelo Povo, o Presidente Michel Temer, timoneiro e tecelão de couro duro, vai implementando a duras penas a sua agenda prioritária para tirar o Brasil da crise econômica, em meio à tempestada política com os jatos rasantes da equipe de Moro, que tendem a varrer doravante outros nomes do cenário político.
 
Os Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados emitiram nota reconhecendo como legítimas as manifestações dos milhares de brasileiros dentro de um clima democrático. O Presidente Michel Temer também emitiu nota no mesmo sentido, mas anda preocupado com a possibilidade que tais manifestações criem um clima de dificuldades para aprovação das medidas de seu governo.
 
 
 
 

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