quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Pílulas do Vicente Limongi Netto


Lula no Senado

O PT começou a botar as manguinhas de fora. Errou feio quem leva fé na correção do petista Jorge Viana no lugar de Renan Calheiros. É a hora da vingança depois do impeachment de Dilma. Quem ocupa o lugar de Renan na presidência do senado não é Jorge Viana, é Luis Inácio Lula da Silva.

Valores invertidos?

 

É inquestionável que a delação premiada tem sido decisiva para o eficaz combate à corrupção.Porém, na moldura de seu quadro existem aspectos discutíveis que podem, até, influir na formação do caráter de uma pessoa.

Os militares , por exemplo, não vêem com bons olhos o delator.Na Convenção de GENEBRA, os prisioneiros de guerra estão garantidos pelo que podem declarar e a tortura é abominada. Na prática, não é o que se observa haja vista o radicalismo e o justiçamento feito pelo Estado Islâmico.

Durante os governos militares o “dedurismo” foi condenado, inclusive por civis, e artistas consagrados chegaram a ter suas promissoras carreiras precocemente encerradas, injustamente, por serem considerados “colaboradores”.

Marcello Odebrecht, com livre trânsito nos gabinetes de autoridades de todos os níveis, recusou-se, inicialmente, a denunciar pessoas que cometeram, inclusive, crime de maior gravidade. Chegou até a criticar os que aderiram  intempestivamente à delação premiada, razão pela qual permanece na prisão até hoje.

Ocorre que Alberto Youssef, condenado a 121anos e 11meses em somente 9 processos, teve sua pena drasticamente reduzida para 3anos com os últimos 4 meses em prisão domiciliar. Odebrecht e tantos outros em situação semelhante não tinham outra escolha senão aderir ao “denuncismo”.

Qual será a orientação dos mestres nas escolas quanto a esta nova problemática? E a educação dos pais no ambiente familiar? Qual a reação das crianças e adolescentes perante seus colegas e a sociedade? Delatar?

Outro assunto polêmico em discussão no Congresso Nacional diz respeito ao abuso de autoridade. Ninguém questiona a autonomia de juízes, do Ministério Público e da Polícia Federal. A independência da magistratura não está em jogo!

Porém, algo deve ser feito para coibir o abuso de juízes venais. Os holofotes da mídia têm atraído vedetes que extrapolam nos seus pronunciamentos e, principalmente, por ocasião de prisões cinematográficas de autoridades que poderiam ser efetuadas com maior discrição. Será necessário humilhá-los antes do julgamento final?

A principal medida anticorrupção, a nosso ver, seria a devolução, com as correções devidas, de tudo que os criminosos desviaram da população e que deveria ser aplicado na assistência médica, educacional e na segurança pública.

Outro fato, talvez inédito na vida política nacional, foi o de um Ministro de Estado recém nomeado gravar conversas telefônicas com seus pares  e , principalmente, com o Presidente da República que o acolheu. Não queremos entrar no mérito da questão já que o IPHAN de Salvador jamais poderia concordar com a construção de um prédio de altura superior à máxima  permitida em sítio histórico da cidade.

Já imaginaram se esta moda pega? Haverá necessidade de instalar detectores de metais nas salas de despachos ou de reuniões governamentais? Serão realizadas revistas nos Ministros e entrevistadores? Gravadores e câmeras instalados ostensiva ou sigilosamente? Qual o clima de confiança no relacionamento das autoridades? O que e com quem falar? A que ponto chegamos!

Esta inversão de valores é preocupante e pode extrapolar para outros setores, comprometendo, ainda mais, o flagrante desrespeito à autoridade que caracteriza o nosso ambiente e que tanto contribui para a insegurança generalizada.

Diante disto, novas medidas preventivas deverão ser tomadas principalmente na discussão de assuntos sigilosos que possam comprometer a segurança nacional.

O inimigo pode estar a seu lado!

O único consolo é o de nossas Forças Armadas ainda não terem sido contaminadas pelo vírus da delação, da traição, da gravação clandestina, da indisciplina, da desordem e da inobservância dos princípios hierárquicos, morais e éticos.

(Diógenes Dantas Filho- Coronel Forças Especiais/ Consultor de Segurança )

Topless

Malvino Salvador, por sinal meu conterrâneo, lidera causa machista que oferece chope de graça às mulheres que estejam na praia do Leblon sem a parte de cima do biquíni.

Será que a mulher do Malvino também vai participar da nobre causa para ganhar um chopinho geladinho?

Chilique nos juízes e procuradores

É de um ridículo atroz a reação intempestiva de juízes e procuradores melindrados porque também foram enquadrados no pacote anticorrupção, aprovado pelos deputados. O show de esperneios é delirante e patético.

Os argumentos contrários agridem o bom senso. O tema passou a ser tratado com paixão. O fígado conduz o raciocínio no lugar do cérebro.  Acredito que ninguém quer calar a justiça, como alega a ministra Carmen Lúcia. Muito menos será "impossível trabalhar", chora o procurador Deltan Dallagnol.

Juízes e procuradores se acham deuses. Mas não são. Acreditam piamente que são intocáveis. Também não são. E o mais grave: atropelam a definitiva e incontestável verdade: a lei é para todos. Ninguém, nem juízes e procuradores estão acima do bem e do mal.

O noticiário é farto e melancólico, envolvendo ações nada republicanas de juízes e procuradores. Cientistas ainda não descobriram nada comprovando, para o Brasil e para o mundo, que juízes e procuradores são intocáveis. Sábios e gênios impossíveis de cometer erros. Embora existam alguns deles que não dormem em cama. Mas em altar.

Suframa aborda violência contra as mulheres

Durante a Sessão Especial sobre os “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, realizada na Assembleia Legislativa do Amazonas, a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, chamou a atenção para todos os tipos de violência que atingem as mulheres e afirmou que esses atos devem ser combatidos diariamente.

Rebecca ressaltou que “não se quer combater apenas a violência física, que é a mais comentada por ser a mais evidente, mas devemos lembrar que há outros tipos de violência que impedem um grande número de mulheres de assumirem cargos de chefia, de receberem o mesmo salário que homens que exercem a mesma função. Todo tipo de violência faz parte do nosso combate”.

A superintendente disse, ainda, que “a SUFRAMA tem um papel fundamental no debate deste tema principalmente no que diz respeito às mulheres que estão trabalhando no Polo Industrial de Manaus, que representam grande parte da mão de obra das empresas incentivadas, sendo muitas vezes chefes de família que estão empregadas no Polo e são vitimadas pelo preconceito e pelo simples fato de serem mulheres”.

Origem

A campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” começou  em 1991, com mulheres de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL/EUA). No Brasil, a ação foi realizada pela primeira vez em 2003 e, neste ano, se estenderá até final de dezembro.

Açodamento contra Renan

O açodamento perturba o raciocínio, enfraquece o bom senso e mancha de ódio à inteligência. Nessa linha, o STF ainda não julgou Renan Calheiros, mas os vorazes patrulheiros já  decidiram  que o presidente do senado e do  congresso vira réu. É incrível. A estupidez e o ressentimento não têm limites. Ministros da Suprema Corte não são crianças. São magistrados estudiosos que analisam e julgam  baseados nos autos.

 Não se deixam seduzir pela truculência verbal, cretina e covarde dos éticos de meia pataca que emporcalham as redes sociais e algumas colunas da imprensa  arvorada de dona do monopólio da verdade.

Os ministros do STF também não trabalham monitorados pela gentalha da política refém dos holofotes fáceis. Muito menos se deixam levar por ruidosas manifestações de desocupados na frente do prédio do STF. Foi o próprio Renan Calheiros que solicitou oficialmente a investigação e, portanto, é o maior interessado nesse julgamento. Já que o Brasil comemora os 100 anos do samba, ritmo musical que ilumina a alma dos brasileiros, bom recordar versos do samba de Ataulfo Alves,"É preciso julgar, para depois condenar".

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