O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, é alvo de críticas por sua visão
panglossiana, tendo sido comparado com o personagem “Cândido”, de Voltaire, por
prever que o Brasil chegará à quinta potência econômica antes de 2015,quando o
País registra um PIB de 1,6%,bem aquém das expectativas para este ano, apesar
dos estímulos que o governo vem anunciando para a economia: 100 bilhões para o
PIS em 2013, desoneração da folha de pagamentos do setor de construção civil e
redução do custo de energia em 20%.
Na visão de alguns políticos,esse
fraco desempenho da economia derruba a idéia de uma competente gestão, que o
governo Dilma tenta projetar, e, certamente, será um dos pontos falhos a serem
explorados pela oposição nas eleições de 2014, juntamente com o caso da “Operação
Porto Seguro”, envolvendo corrupção no âmbito da representação da Presidência
da República em São Paulo.
A
candidatura de Aécio Neves já está decidida e acertada com o governador Geraldo
Alkmin, de São Paulo, segundo afirma o deputado e empresário mineiro Lael
Varella (DEM-MG),que não considera importante definir o vice da chapa neste
momento. O discurso de Aécio dará destaque às falhas apresentadas pelo atual
governo de coalizão.
O
deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB
na Bahia, considera que Aécio não tem um projeto de governo ,embora o senador
venha defendendo que o PSDB crie uma nova agenda para o Brasil:"Não se sabe até agora qual sua proposta de governo para o Brasil".
Continua
a incógnita sobre o vice a compor a chapa de Aécio Neves. Comenta-se a
possibilidade de que o governador de Pernambuco e atual presidente nacional do
Partido Socialista Brasileiro –PSB-, Eduardo Campos, venha ser o nome para vice, desde
que o PSB deixe a base aliada do governo, o que não parece tão inviável como
alguns analistas apontam,embora amigos mais íntimos de Campos vejam-no como nome presidenciável.
A
estratégia do PSB para 2014 não é permanecer incondicionalmente com a coalizão
governamental liderada pelo PT e PMDB. Enquanto o próprio PMDB procura se
livrar da imagem de partido caudatário e não protagonista principal das
decisões de governo e já se prepara para lançar candidato próprio à Presidência
em 2018, o PSB levanta a ponta do véu de sua estratégia nacional abandonando a
coligação que elegeu o governador Agnelo Queiroz, do Partido dos Trabalhadores,
no Distrito Federal.
A
figura principal do PSB no Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg,
apoiou a decisão da direção partidária, insatisfeita com a atuação do
governador Agnelo Queiroz e com os rumos da coalizão com o PT, o PMDB e o PDT.Não deixa de ser um indicativo regional para o
cenário nacional,pois,obviamente, a declaração de independência do PSB/DF teve
o beneplácito,ou até o estímulo, do governador Eduardo Campos.
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