Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
O ocaso das manifestações
Espionagem
Já era
mais que sabido. Todo mundo espiona todo mundo, usando a tecnologia disponível.
Muitas das ocorrências do caso Snowden já havíamos publicado no livro “Segredos
da Espionagem” (2ª edição) há mais de ano Os americanos tal como os demais,
usam e usarão seus serviços secretos para auxiliar sua economia e até suas
firmas, além da finalidade básica de defesa e segurança. Só o nosso País não
faz nada, o que é uma pena e se mostra indignado, o que é hipocrisia com uma
dosagem de ingenuidade surpreendente para uma nação do nosso porte e da nossa
História.
Entretanto.
é um episódio a ser aproveitado. A regra número um do espião é não ser pego em
ação, e os gringos foram apanhados. Estão em situação desvantajosa e terão que
se desculpar e fazerem concessões para não criarem mais hostilidade. Se agirem
com arrogância apenas complicará sua já desgastada antiga amizade
Lamentavelmente,
os nossos últimos governos acham que a Inteligência é coisa da ditadura, ou
melhor, espionagem e “porão” são conectados. Talvez tenham medo é que seus
podres venham à luz. Se não gostam dos EUA poderiam se, inspirar em Israel
quanto a segurança, na Bélgica e até mesmo da França no tema inteligência
econômica, mas não menosprezar a principal arma de qualquer grande potência - a
Inteligência.
A
espionagem sempre existirá. A regra número dois da espionagem é não mostrar
conhecimentos, desconhecimentos e intenções. Isto é um pecado mortal para quem
trabalha nas sombras. Reclamar e pedir explicações (tipo me engana que eu
gosto) ou mesmo exigir compensações é até razoável, mas ficar demonstrando
espanto e indignação, só demonstra o nosso despreparo. Nas vésperas do leilão
do pré sal, é bom pensar se o nosso petróleo não teria sido o alvo prioritário
da espionagem.
Se um
país for incapaz de prever e antecipar ameaças, estará em desvantagem no jogo
internacional e a espionagem é uma peça básica para essas previsões. Está na
hora de espionarmos também internamente. Centenas de ONGs atuam contra a
unidade nacional, e o Governo ainda as financia na mais absoluta ignorância
sobre o assunto.
O descaso
com a Inteligência e com a Contra Inteligência é consequência do descaso com a
segurança e defesa nacional, tal como permitir a obsolescência das nossas
forças de reação. Resultados: o crescimento no narcotráfico e do crime
organizado, a biopirataria solta na Amazônia, a tendência à divisão do País em
etnias hostis. A possibilidade de uma dessas etnias afastar-se da comunhão
nacional, a decadência da indústria nacional, a invasão econômica e cultural,
os alinhamentos inconvenientes na política internacional e outros tantos males.
A
situação pode ser revertida? Claro que sim. Na ABIN ainda existem alguns
profissionais bem preparados, mas o governo insiste em achar que espionagem é
coisa partidária. Inteligência se faz de outro jeito. O terror das esquerdas
pelos “porões” da ditadura é fruto mais
da propaganda do que da realidade, e porões nem existem mais. Brasil, desperta!
Use os instrumentos de que dispõe.
Na Síria
No
“Grande Jogo” podemos inferir que a finalidade da OTAN seria o domínio do
petróleo do Oriente Médio, no Iraque, Líbia, Síria e Irã. Já a Rússia pretende
impedir as ações da OTAN e evitar perder seu controle do fornecimento
energético, principalmente para a Europa. Os árabes, um tanto dispersos, sonham
em islamizar o mundo e impor a sua sharia.
Neste
“Grande Jogo”, naturalmente, cada país tem seus interesses particulares, sem
excluir interesses da alta cúpula financeira mundial, acusada até mesmo de
estar por trás de todas as jogadas, mas os citados são os “players” principais.
É dentro deste quadro que vemos o cenário da ameaça de bombardeio à Síria;
Certamente não é pelas armas químicas que causaram apenas 1% das baixas da
guerra civil, mas isto é um pretexto, e ao que parece, forjado.
Não há
ameaça à segurança dos EUA que justifique um ataque, mas acontece que esta
seria uma operação militar sem riscos de baixas estadunidenses. As forças
armadas sírias já estão esgotadas após dois anos de combate aos rebeldes por
todo o país. A Síria nem mesmo pôde retaliar contra repetidos ataques aéreos
israelenses. Em suma, a Síria não tem poder dissuasor, a não serem as armas
químicas, e tudo indica que vai entregá-las numa tentativa de evitar o
bombardeio, cedendo, tal como fez o Iraque antes de ser atacado. Aí mesmo que
não conseguirá evitá-lo.
Um freio
ao ataque é o receio dos EUA que a guerra se espalhe por todo o Oriente Médio,
pois o Irã sabe que será o próximo alvo e se não auxiliar a Síria terá que
lutar sozinho. Só poderá viver em paz se conseguir fabricar a tempo suas armas
nucleares e os meios de enviá-las, como fez a Coréia do Norte. Neste
ponto os ditadores coreanos demonstraram visão. Eles criaram um poder dissuasor
que faria até os EUA pensar antes de lançar um ataque militar contra eles
Quanto a
atitude da China, espera-se que seja somente protestos, como alguns mais,
inclusive o nosso País. E a Rússia? Perderá suas bases no Mediterrâneo sem
reagir? Provavelmente sim, não arriscará a uma guerra total só por isto. Terá
que amargar o prejuízo, mas talvez acabe sendo envolvida. Aí será o apocalipse.
Corrigindo
Circulou
na internet a notícia de um gasto de quatro milhões de reais por parte do
Ministério da Cultura para um certo Memorial do Funk, que teria no saguão, em
baixo relevo, funkeiras de bronze” exibindo suas nádegas. Erroneamente
divulgamos a notícia no comentário anterior, por parecer coerente com as
atitudes da ministra Suplicy
A
história apareceu na web no começo de julho de 2013 e se espalhou pelas redes
sociais e em diversos sites e blogs. De acordo com o texto, o Ministério da Cultura
teria liberado a verba de quatro milhões de reais para que fosse construído o
tal Memorial do Funk, “com o objetivo de divulgar e promover a cultura da
periferia, vítima de tanto preconceito no Brasil afora”,
mas a notícia não é verdadeira. Não houve tal gasto e o painel de bronze com as
nádegas de funkeiras existe sim, mas numa boate dos Estados Unidos. Mentiras
são comuns na política partidária
Que Deus
proteja o nosso País
ADENDO
Os financiadores das organizações que defendem os
índios são de países que cobiçam nossas riquezas
Senadora
Kátia Abreu
“É improvável que, na
agenda social brasileira, haja causa mais santificada que a indígena. São mais
de 100 mil ONGs, a maioria estrangeira, associadas a dois organismos ligados à
Igreja Católica: o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e a CPT (Comissão Pastoral
da Terra).
Sua ação e objetivos não
têm nada a ver com religião. Exercem notória militância política, de cunho
ideológico, sob a inspiração da Teologia da Libertação, de fundo marxista.
Agem associados à FUNAI
(Fundação Nacional do Índio), por sua vez aparelhada por antropólogos que
compartilham a mesma ideologia.
Há um forte paradoxo
nesse cenário: com tantos e tão poderosos defensores, os índios deveriam ser os
cidadãos mais bem cuidados do país. E, infelizmente, não são.
O que se vê, no
noticiário propagado pelas próprias ONGs, são índios com problemas de nutrição,
alcoolismo, gravidez na adolescência, sem escola ou em isolamento. Questões que
são verdadeiras, mas que não dependem de terra, e sim de assistência social.
Além das ONGs e de
instituições como o CIMI e a CPT, há dois órgãos estatais voltados para a
defesa dos índios: a já citada FUNAI e a Funasa, incumbida da saúde e da ação
sanitária nas tribos. Nenhum cidadão dispõe de tal aparato - que, no entanto,
não funciona. E é de se estranhar por
que Cimi, CPT e ONGs são regiamente financiados por organizações
internacionais.
Como esses financiamentos
se destinam a melhorar a vida dos índios --e esta não melhora--, é espantoso
que os financiadores não promovam auditorias para averiguar o que ocorre. A
menos, claro, que as benfeitorias se meçam pelo número de hectares invadidos,
pondo em risco uma das agriculturas mais competitivas do mundo, sustentáculo há
décadas da economia brasileira.
Se assim for, como parece
ser, o serviço está magnificamente prestado. Só nos sete primeiros meses deste
ano, houve 105 invasões de propriedades produtivas, devidamente tituladas,
algumas há mais de um século. Há 190 conflitos instalados, e, somente em Mato
Grosso do Sul e na Bahia, há 147 propriedades já ocupadas pelos índios. FUNAI e
Advocacia-Geral da União, segundo os jornais, recusam-se a obedecer a decisões
judiciais de reintegração de posse.
Os benfeitores dos
índios, regiamente financiados, elegeram há anos o bode expiatório ideal para
as mazelas daqueles brasileiros: os produtores rurais, a maioria de pequeno
porte. Seriam as terras destinadas à agricultura a causa do sofrimento dos
índios? Quem quiser que tire suas conclusões: os índios brasileiros dispõem de
extensão de terra de dar inveja a muitos países.
As áreas indígenas, com
pouco mais de 500 mil habitantes, ocupam 109,6 milhões de hectares (13% do
país).
Nos EUA, esse índice é de
5,72%; na Austrália, é de 4,72%; no Canadá, de 0,26%. O problema, portanto, não
é de terras: é de gestão --e de má-fé.
Nos últimos 18 anos, a
média de demarcação de terras para os índios --grande parte produtiva e, na
maioria, de pequenos produtores-- foi de 3,2 milhões de hectares/ano. Mantido
esse ritmo, a área de produção agrícola estaria fortemente comprometida
em alguns anos.
Para reagir ao avanço
dessas invasões, apresentei ao Senado projeto de lei que suspende processos
demarcatórios de terras indígenas sobre propriedades invadidas pelos dois anos
seguintes à sua desocupação.
O que se esconde por trás
de tudo isso é algo simples: guerra comercial. Os financiadores são de países
que competem com a agricultura brasileira e que cobiçam nossas riquezas
minerais e vegetais. São os mesmos que, reiteradamente, defendem que essa parte
do território nacional deve ser cedida, e os brasileiros índios, transformados
em nações independentes na ONU.
Consideram, assim, mais
fácil se apossarem de nossas riquezas, dando às lideranças indígenas não os
espelhinhos com que os conquistadores portugueses os encantavam, mas jatinhos,
laptops e automóveis, fazendo da miséria dos demais estandarte de um lobby
ultrajante, que denigre a imagem externa do Brasil.
É do mais alto interesse
nacional --sobretudo do interesse dos próprios índios-- saber quanto, de onde
vêm e como são gastos os milhões de dólares que sustentam a ação deletéria
dessas organizações, que fazem dos índios escudos humanos de uma causa
inconfessável.”
Observação:
O exposto pela Senadora Kátia Abreu é verdadeiro, mas se refere às partes
Centro-Oeste, Leste, Sudeste e Sul do País.
Ao
norte do rio Amazonas, nas grandes serras que fazem fronteira coma Venezuela e
Guianas o motivo da criação das reservas indígenas são as ambicionadas jazidas
minerais (ouro, urânio, nióbio, terras raras, tório, estanho, cassiterita
tantalita, bauxita, creolita e outros), alguns quase inexistentes no
resto do mundo.
Naquela
fronteira quase não se invadem fazendas, mesmo porque quase não as tem. Lá
as ONGs pagam antropólogos da Funai para fazerem laudos viciosos e
políticos para as homologarem, e a intenção é criar uma nova nação, separada do
Brasil .
É
ainda mais perigoso.
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