Gélio Fregapani (Membro da Academia Brasileira de Defesa)
Visita de
Estado
Um
convite de uma visita de Estado aos EUA é uma honra reservada a poucos
governantes e uma deferência especial ao País. É também um jogo diplomático
para conquistar aliados mais pela emoção e lisonja do que, muitas vezes, pela
real parceria de interesses, entretanto, é um jogo diplomático válido e a
recusa uma ofensa, quando não um rompimento.
Por falta
de explicações ou desculpas a nossa Presidente adiou a visita, que
possivelmente não mais se realizará, causando polêmica interna e externa. Não
podemos saber quais as motivações mais fortes que a impeliram a tal gesto. Pode
ter sido tanto uma expressão de independência e de orgulho nacional como de sua
ideologia esquerdista e de aversão à Potência hegemônica. Deve ter influído na
decisão a oportunidade de juntar o País atrás de si pelo desafio ao
estrangeiro.
Mesmo os
que desconfiavam dos EUA ficaram quietos (talvez tenha dado medinho). Os mais
ligados ao way of life americano uivaram de indignação. O fato é que não houve
unanimidade nem a favor nem contra, mas alguma indiferença. O País não uniu nem
dividiu, entretanto neste caso a Presidente fez a coisa certa.
A
despeito de alguns comentaristas domésticos terem criticado o gesto de Dilma,
atribuindo-o a motivações políticas internas e a um ranço ideológico
"bolivariano", analistas estadunidenses ligados ao Establishment
sugerem que a decisão não terá um impacto meramente retórico e se mostram mais
preocupados. O presidente do Diálogo Interamericano, Michael Shifter, foi
direto: "A inação diante de um tal excesso se revelou custosa. Washington
faria bem em refletir sobre o que isto significa para os seus esforços
diplomáticos mais cruciais neste hemisfério (New York Times,
18/09/2013)."
Somente
com atitudes desassombradas que se cria respeito. Chega de ceder. A alma de um
povo é sua auto estima e estávamos acostumados a ceder em tudo. Exemplos
emblemáticos foram o Collor entregar a área Ianomâmi e o Lula a área da Raposa
Terra do Sol às ONGs, por exigência do senado dos EUA.
Até agora
cedíamos tudo e tremíamos ante qualquer ameaça, até mesmo em face da miserável
Bolívia. Agora quem sabe o Gigante se levante do seu berço esplêndido – informe
aos vizinhos que a era de ceder acabou. Informe aos índios que terão que se
integrar ou serão tratados como estrangeiros. Às ONGs que se retirem do Pais
pois serão punidas quando suas ações travarem o progresso, às
multinacionais que deverão se associarem a firmas nacionais de capital nacional
e que essas devem ser majoritárias, como na China. À ONU que serão denunciados
os tratados lesivos, inclusive o de proibição de armas nucleares, a menos que a
proibição seja para todos, a assim por diante.
Claro,
isto é apenas um sonho, mas os que sonham de olhos abertos costumam tentar
realizá-los.Quem sabe
estamos abrindo os olhos.
Forças
Armadas
Foram
recusadas todas as alternativas de um decente reajuste salarial, a curto prazo,
para os militares e propostos humilhantes valores e prazos, os quais
foram veementemente rejeitados pelos comandantes das forças.
Dá a impressão de uma intenção de levar a tropa ao desespero,
por parte da ala mais corrupta do Governo.
O
Ten-Brig Ivan Frota alerta para que, apesar do desespero, não sejam adotadas
medidas isoladas extremas que nos possam desunir. É exatamente isso que eles
querem e nossos chefes só terão força se estiverem unidos.
Entretanto,
numa área avançamos - É com satisfação que retransmitimos o lançamento da Pedra
Fundamental do Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba. Sonho
antigo, que agora parece deslanchar. Até o Min. da Educação está repassando os
recursos para o projeto básico. Neste polo além do novo IME estará o
Instituto Militar de Tecnologia e a destacar, a recriação do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas Avançadas.
Haverá ainda, área para Empresas Civis que trabalharão em proveito do Polo, fechando o sistema Pesquisa, Ensino e Indústria. Convênios estão sendo formados e já formados com outras universidades entre as quais a de Campo Grande.
Haverá ainda, área para Empresas Civis que trabalharão em proveito do Polo, fechando o sistema Pesquisa, Ensino e Indústria. Convênios estão sendo formados e já formados com outras universidades entre as quais a de Campo Grande.
Chamem os bandidos
O -
P.C.C. condenou à morte os assaltantes que mataram Bryan, a criança boliviana,
porque estava chorando, no colo da mãe. Quatro deles já foram executados e
ainda falta um. A justiça oficial os teria liberado para novos crimes
hediondos.
Outros
bandidos recentemente atiraram no carro (blindado, naturalmente) de um figurão
de “direitos humanos” no Rio. Há alguns anos bandidos assaltaram, no rio
Amazonas o iate de um desses ambientalistas que pregam a divisão do nosso País,
matando o maldito ongueiro.
Há males
que vem para o bem. O fundamento da "justiça" do P.C.C. não
tolera a morte de crianças. (Estadão, A3, 14/9/2013). Está próximo o dia
em que concluirá, acertadamente, que os políticos corruptos roubam mamadeiras
das bocas de crianças famintas ao desviar, para seus bolsos, parte do valor dos
tributos, os quais poderiam ser aplicados em infraestrutura para tratamento de
água e instalação de redes de esgoto, na saúde pública, na educação, na
segurança e no desenvolvimento. Em outras palavras, os políticos corruptos
matam nossas crianças marginalizadas, aos poucos. Mortes resultantes de
prolongada tortura, causada pelas doenças que poderiam ser evitadas se a
arrecadação tributária fosse aplicada de maneira honesta. A todos os
brasileiros de boa fé, idôneos, igualmente repugna essa covardia.
Já
sentimos que a Justiça não punirá os corruptos. Que se chamem os bandidos. Ou
que as pessoas do bem passem a usar os métodos deles. Tornar-se-ão benfeitores.
Ainda
importante
Tudo o que estudamos sobre o leilão do campo de Libra, no pré-sal nos leva a
conclusão que se trata de um grave erro. A Petrobrás tem condições técnicas de
tocá-lo sozinha, o que falta é dinheiro e trazer dinheiro de fora tem o mesmo
efeito sobre a inflação, além da perda de parcela da soberania. Nos sentiremos
decepcionados se a Presidente insistir no leilão, seguindo os passos do traidor
entreguista FHC. Sabemos que a palavra final é dela. Nessa hora se diferenciam
os estadistas dos corruptos, dos demagogos e até dos traidores.
Reflexões
Aumenta,
dia a dia, em considerável parte de nossa população o sentimento de
inconformidade e rejeição ante as atitudes e decisões dos Três Poderes da
República. O Legislativo – verdadeiro balcão de negociatas, já tinha o desprezo
de toda a população por ser um poço sem fundo de corrupção e sorvedouro de
imensa despesa inútil. O Executivo, enfraquecido pelas passeatas, agarrou-se a
ala mais corrupta em busca de apoio político, sepultando definitivamente a
esperança de faxina que, nos primeiros tempos, alavancara sua popularidade.
Finalmente, o Judiciário, já desmoralizado pelo julgamento antinacional da
questão da Raposa-Serra do Sol, acabou de perder a legitimidade ao contrariar a
unânime aspiração nacional por justiça ao garantir a impunidade de centenas de
corruptos, que se aproveitarão de mais um recurso protelatório. A credibilidade
do STF exalou seu último suspiro ao ferir as sadias expectativas nacionais.
Em
consequência, avultam preocupações: A Democracia responde satisfatoriamente as necessidades
do nosso povo e da nossa nação no quadro atual? – Certamente que não, mas o que
poderia substituí-la, vantajosamente? – Não sabemos e nem sabemos se haveria
algo realmente melhor, o que sabemos é que não está bom e a tendência é piorar
quando o Levandowsky for presidente do STF, se a Marina for presidente da
República e quando os parlamentares, tentando obter ainda mais vantagens,
aumentarem seus salários e o número de assessores.
Estamos
numa encruzilhada. A Presidente ainda poderia reverter o rumo. Uma boa faxina
mudaria o destino do nosso povo. Não se trata apenas de uma questão econômica.
É algo que faz a diferença na hora de torcer pelo time, lutar por direitos, ter
orgulho de si mesmo, da terra, da cidade, do país. A corrupção pode aplicar um
golpe de morte na nossa brasilidade e na nossa incipiente autoestima. Uma
faxina poderia ainda elevá-la, mas no rumo em que estamos serão necessárias
mudanças e sendo necessárias, elas acontecerão.
Mudanças
pacíficas e civilizadas? Talvez. Mudanças violentas ou até sangrentas? Quem
sabe, tomara que não. Acontecerão num momento em que o País, desunido, não
consiga resistir as pressões estrangeiras? – Este é o perigo maior.
O fato é
que a tempestade se aproxima e temos que nos preparar para ela. Ou a enfrentaremos
com decisão e sabedoria ou teremos ainda mais problemas dos que vislumbramos
aqui.
Que Deus
guarde o nosso País!
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